DETENÇÃO

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CAPÍTULO 4

As caixas de som , emanam um som meio robotizado .— a diretora—.
"Senhorita Malorie Hoffman, por favor compareça a minha sala, imediatamente."

Minhas lágrimas ,como num passe de mágica evaporam do meu rosto, e me levanto indo direto a diretoria. Sabendo que Stace já informara a sua mãe a "diretora"... Que quebrara o espelho.

Ando pela escola, e como se as paredes tivessem olhos , me sentia sendo vijiada , não que aquilo me surpreendia ,pois por onde eu passava os olhos dos outros alunos grudavam em mim, e quase como algo sobrenatural conseguia ouvir seus pensamentos.

"É ela? ... Sim é ela .. A menina estranha"

"Nossa , ela não é tão estranha, como os outros falam"

"Coitadinha... Se eu fosse ela, eu estudaria pela internet"

" Se eu fosse ela , eu já tinha batido em todos eles, ela é toda idiota de estar sofrendo, sem fazer nada".

Pois ... Nada disso não passava de minha imaginação fértil... Nenhum dos outros alunos sabiam o que eu estava passando, pois ninguém se importava com a vida de ninguém, e nem do próximo. Só a de si próprio.

Abaixo minha cabeça cruzando meus braços , como se nessa posição ficaria invisível para o mundo ,e para todos.

Com um baque em meus estômago, a visto o nome que todo o detido escolar já avistou ... "diretoria". Abro a porta, adentrando.

A diretora , mãe de Stace... a senhora Ane Claflin, levanta os olhos, com os óculos na ponta do seu nariz, tirando-o ... E colocando em cima da mesa. E logo em seguida abre a boca para falar:

— Minha filha me informou, que você quebrou o espelho do banheiro feminino... Posso saber qual foi o motivo de sua rebeldia?.

"Pode sim ... Foi culpa da vaca anoréxica da sua filha!".—penso.

Olho para os lados, tentando formar uma resposta plausível, avistando um adolescente sentado no canto da sala , me enchendo ainda mais de vergonha." Ainda bem, que ninguém ouve o pensamento de ninguém"

Abro a boca, mas as palavras não saiem e como qualquer um, afirmo .

— Eu não sei.

— Senhorita Hoffman , admiro você em todos os aspectos , por ser uma garota educada, e sempre pensar no que fala, mais... Eu sou a diretora desse colégio...

" sério? Ainda não sabia"

—... E todas as coisas que acontece aqui eu sei...

" Não sabe não"

—... Então , te peço que não minta para mim. Você sabe quais são as normas da escola, e também sabe quais são as regras. Então , pelas próximas horas ficará fazendo companhia com senhor Watson na detenção. —Ela fala apontando para o adolescente, sentado no canto da sala.

Ele abaixa a cabeça como se estivesse envergonhado , e também na minha concepção , ele não tinha poste para ser um deliquente comum.

— Sigam-me por favor. Ela fala novamente com um tom doce, diferente da Claflin que ela infelizmente teve que dá a luz.

Ambos , a seguimos em direção a detenção ,uma sala pequena no fim do corredor, que eu nem sabia que existia.

—... Fico muito triste ,em dizer tais palavras ,mais estou totalmente decepcionada com ambos , e tenho que informá-los que estou totalmente estupefata com os a fazeres escolares , e não poderei vigiá-los ... Então peço a compreensão de vocês dois... Deixarei a porta trancada , está bem?!. — Ela informa perguntando, no qual, não era totalmente uma pergunta.

Olhamos um para o outro, como se nossos olhares respondessem uma pergunta , oculta. E por fim entramos.

A sala está vazia.

Sento na terceira cadeira da última fileira, e ele na terceira cadeira da primeira . Vários minutos se passam em silêncio, a não ser o zumbido do ar-condicionado, quebrando o gelo entre ambos, ele pergunta meu nome. Abrindo a boca e fechando logo em seguida ,como se temesse falar algo de errado, ou tentando de alguma forma formar uma pergunta plausível.

— Há.. É... Me-me des-culpe, mas posso perguntar seu nome?.

O olho de relance , abrindo minha boca para falar .. E ao mesmo tempo surpresa por ter alguém com quem conversar, mesmo sendo uma pessoa que eu não conheça, e minutos atrás nem sabera que existira.

—Há... —suspiro , limpando a garganta — ... É, meu nome é Malorie ... É Malorie Hoffman. E o seu?

— Nicholas Watson.

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