Capítulo dezesseis

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Harry:

Eu estava cansado, minha cabeça se recusava a parar de trabalhar. E meu serviço hoje não estava rendendo nada, já levei tantas puxadas de orelha de Charles que tenho, quase certeza, que foi mais que em todo o período que estou trabalhando aqui.

O fato é que eu não consigo parar de pensar nele, não consigo não me preocupar. Poxa ele estava ferido e algo dentro de mim gritava falando que eu deveria fazer algo a respeito. Entretanto ignorei isso, Louis William era apenas um idiota briguento. Patrick havia me ligado mais cedo e pediu para que saíssemos para algum lugar.

— Amor! Cheguei, esperou muito? — Patrick perguntou chegando por trás de mim e me abraçando.

— Não, acabou meu expediente a alguns minutos atrás, não esperei muito. — Me virei e dei um selinho em seus lábios.

Patrick quando estava comigo, era uma pessoa totalmente diferente de quando estava com seus amigos. Porém, uma coisa que sempre adorei, foi o fato que mesmo dando um de superior, ele sempre era educado. A rudes dele acariciava qualquer um, quanto presenciei uma pessoa sendo praticamente humilhada por ele, e nem ao menos se dar conta, me fez perceber que ele era um grande manipulador. E me questionei: “Sou apenas mais uma marionete?”

Aliás, qual era seu objetivo comigo? Será que é quer apenas me capturar, para me jogar fora quando sentir vontade? Isso me perturbava tanto.

Todas essas questões giravam em minha cabeça, contra partida. Eu jamais poderia desconsiderar seu olhar, que me transmitia segurança, carinho e afeto. Olhos felinos sim, de predador. Patrick Tomlinson tinha olhos deliciosamente perigosos, e isso atraiu minha curiosidade. Queria saber o motivo de mesmo sendo tão predador, o que ele queria comigo? Por que havia tanto carinho direcionado a mim quando olhava em seus belos olhos azuis?  

Ele me capturava de uma forma maravilhosa, eu me sentia amado perto dele. Verdadeiramente bem.

— O que tanto pensa? Estes seus belos olhos verdes estão me analisado muito. — Sussurrou em meu ouvido que arrepiou todos os pelos do meu corpo.— E isso me deixa excitado demais.— O empurrei rindo.

—Pare de ser tão safado. Vamos andando, o senhor me prometeu ir no cinema. Eu não esqueci!

— Oh, se eu prometi tenho que cumprir, certo? — Balancei a cabeça animado concordando.— Então vamos, o que meu namorado charmoso quer assistir?

— Não pensei muito sobre. Só vamos chegar lá e decidir.

— Ok, então.— E senti seus lábios contra os meus.— Vamos?

— O que estamos esperando mesmo?

[…]

E fomos expulsos da sala de cinema, por culpa minha admito. Escolhemos um filme de drama, muito sem graça e com sentido nenhum, mas por alguma razão eu estava rindo muito, e em uma altura muito, muito elevada e com isso Patrick começou a rir igual a mim. Ou seja, enquanto todos estavam chorando eu e ele caímos na gargalhada. Resultado? Incomodamos tanto que fomos expulsos.

Meu namorado e eu estávamos em frente ao cinema olhando na cara um do outro não conseguindo parar de rir.

— Oh, me desculpe por isso, Patrick. De verdade.— Ele apenas me encarou e voltou a rir.

— Por que você estava rindo tanto? Aquele filme estava muito ruim.— Não consegui respondê-lo, pois voltei a rir.

— Eu realmente não sei, apenas me deu vontade de rir.

Quando finalmente paramos de rir ele veio em minha direção e me deu um beijo, mas não qualquer beijo. Foi um dos melhores que eu já demos. Era envolvente, e sensual e um tanto quanto intenso. Pois é, fiquei quase sem ar e com um problema entre as pernas, porém foi quase.

— Já que fomos expulsos, que tal irmos em um lugar perto daqui?— Falou ele com a testa encostada com a minha enquanto acariciava meu rosto ofegante.

— Ok.

Ele sorriu, e pegando a minha mão começou a guiar até o local que me levaria, seus olhos azuis estavam com aquele brilho que eu nunca tinha visto, nada de malícia e nem arrogância, apenas de alegria. Isso me deixava tão feliz.

Tomlinson ia me guiando com as mãos entrelaçadas as minhas, em um aperto forte. Paramos quando chegamos em frente ao um parque, muito lindo.

— Chegamos, espero que goste, já que é a primeira pessoa que trago aqui.— O olhei surpreso.— Anda, vamos nos sentar. Estou exausto.

— Que molenga! — Ri e o acompanhei até o banco e nos sentamos.— Pode me contar por que esse lugar é especial para você?

— Eu nunca disse que era especial, mas não deixa de ser importante pra mim.

— Me conta! Me deixou curioso!— Ele riu divertido.

— Eu vinha aqui com meus irmãos. Meus pais sempre foram muito ocupados então babás cuidavam  de nós na ausência deles. — Com um.suspiro e um sorriso triste ele continuou.— Foi aqui que aprendi a gostar tanto de futebol, acho que por isso jogo. Me traz boas recordações.

— Se te traz boas recordações, é um lugar muito importante sim.

O puxei para um beijo, e com um sorriso arteiro nos lábios disse:

— Que tal lembrarmos da infância? — E sobre o olhar confuso dele continuei. — Vê se me alcança, está com você! — Me levantei do banco e sai correndo.

Patrick ficou espantado por uns momentos e quando se deu conta do que tava acontecendo deu um sorriso malicioso se levantou do banco correndo e gritando “HARRY, ESPERO QUE TENHA FORÇA NESSAS PERNAS MAGRELAS! POIS QUANDO EU TE ALCANÇAR VOU TE MATAR DE CÓCEGAS!”

Naturalmente ele me alcançou, pulou encima de mim e me fez muitas cócegas. É aquela noite foi assim, regrada de risos, beijos, carinhos e sussurros ao pé do ouvido.

Mas é claro, com uma noite tão feliz como aquela como eu, Harry Styles,  iria imaginar que no dia seguinte, após.receber uma mensagem. O iria ver meu suposto namorado aos beijos com uma menina no vestiário masculino após as aulas?

[...]

Narrador

Patrick estava em seu quarto deitado com a cabeça no colo do JH aparentemente sem reação, porém seu irmão sabia que ele se importava muito e que estava doendo muito em si.

— Por acaso, se arrependeu do que fez? Ainda pode voltar atrás, Patrick. Esqueça isso e seja feliz.

Com um sorriso triste nos lábios ele o respondeu.

— O que fiz, já está feito meu irmão, não irei voltar atrás em minha decisão. Isso que estou sentindo é apenas uma besteira adolescente. — Deu uma pausa para recuperar o fôlego e tentar.controlar as batidas de seu coração.— Apenas fique comigo, eu preciso muito de você aqui comigo.

— Sempre estarei aqui contigo. Sabe que isso está longe de acabar, certo?

— Sim, eu sei.






O terceiro (L.s. AU)Onde histórias criam vida. Descubra agora