O gosto do sangue

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17 de janeiro de 2016

Já passava de meia-noite, Dr. Moore e os gêmeos Simon estavam acorrentados. Os gêmeos estavam desacordados no chão e o Dr. Moore estava na cadeira de rodas.

- Violet? O que? Como? Como eu vim parar nessa cadeira de rodas? - Dr. Moore perguntou enquanto tentava sair.

Ignorei sua pergunta e fui com Giulia olhar as ferramentas que estavam na mesa, ela balançava o machado e sorria. Senti uma grande energia envolver meu corpo e sabia que não tinha mais o controle dos meus movimentos, era como se eu fosse tomada por uma força sobrenatural, uma força maligna e sedenta por sangue. Giulia.

-Olha Violet, se você me soltar nada de ruim lhe acontecerá, eu juro. - a voz do Dr. Moore era distante. - Tente fazer a coisa certa.

- Fazer a coisa certa? Ta de gozação com a minha cara? - me virei o encarando. - Quer que eu acredite que me trouxe para essa area isolada para fazer a coisa certa? - arqueei uma sobrancelha.

Dr. Moore abriu a boca, mas não disse nada.

- Eu sei muito bem o que faria comigo. - dei a volta na cadeira passando o machado rente ao rosto do Dr. Moore. - Está com medo? Eu posso sentir seu medo, seu coração pulsando aceleradamente, suas mãos tremulas e o suor em sua testa. Não se preocupe, eu só quero brincar você.

Ele se virou com um olhar assustado, fiquei na sua frente e coloquei o machado no chão, passei meus dedos pelos seus lábios. Uma gargalhada infantil invadiu o quarto e o Dr. Moore tentava manter o foco em mim.

- Não se preocupe, temos a noite toda para brincar.

Voltei a mesa e peguei a tesoura, me sentei no colo do grisalho e passei a tesoura pelo seu rosto fazendo um fio de sangue escorrer pela sua bochecha esquerda, ele se contorcia e tentava escapar, passei a tesoura por seu pescoço fazendo um fino corte onde mais sangue começou a sair.

- Por favor, me solta. Eu juro que ninguém saberá do que aconteceu aqui. - ele me olhava aflito.

- Shh. - coloquei a tesoura em sua boca. - Não quero ouvir sua voz, quer que eu corte sua língua?

Ele arregalou os olhos e balançou a cabeça negativamente.

- Foi o que eu pensei. - passei a tesoura novamente no seu rosto. - Vamos brincar Dr. Moore.

Me levantei do seu colo e enfiei a tesoura na sua perna direita, fazendo-o gritar de dor.

- Shh, que especie de homem você é? Não aguenta a dor?

Ele abafou o grito e eu peguei as facas na mesa, sete ao total.

- Me explica por que tem tanta ferramenta aqui? Pretendia me torturar? Ou me matar? - me virei para ele que apenas olhava para a tesoura na perna.

Fui em sua direção e retirei a tesoura lentamente arrancando outro grito abafado, enfiei a tesoura novamente várias vezes, ele se mexia e tentava abafar o grito, peguei uma faca e enfiei na sua perna esquerda e outra na barriga.

- Sabe, minha unhas eram enormes e se elas ainda fossem grandes eu teria arrancado muita pele sua com elas. - sorri e passei minhas pequenas unhas pelo seu rosto. - É uma pena para você eu estar adorando fazer isso.

- Violet, você não é violenta, você ainda pod...

- CALA A BOCA, você não me conhece seu velho nojento.

Me levantei e peguei o machado acertando na perna do grisalho que urrou de dor, eu gostei da sensação, comecei a gargalhar e a acertar mais golpes pelo seu corpo enquanto o sangue jorrava e ele gritava enlouquecidamente.

- Você não me conhece Dr. Moore, acha que estou passando as férias nesse lugar? Eu não estaria aqui se fosse uma pessoa normal, mas eu nunca serei normal. - passei as mãos pelo meu cabelo.

Olhei para minhas mãos cheias de sangue e para minhas roupas brancas também encharcadas de sangue.

- Eu gosto de vermelho, fica muito bem em mim não acha?

Dr. Moore estava com a cabeça inclinada para trás com os olhos abertos já sem vida.

- Poxa, agora que a brincadeira tava ficando boa.

Cheguei perto dele e segurei o machado acima da cabeça e comecei a golpea-lo diversas vezes enquanto gargalhava, o rosto dele ficou irreconhecível, então eu parei e coloquei o machado no chão.

Virei o rosto lentamente para a parede onde os gêmeos estavam e eles me olhavam com pavor, inclinei minha cabeça para a direita e sorri, fui caminhando lentamente na direção deles arrastando o machado.

- Então, com quem eu vou brincar agora?

- P-por favor, não mata a gente, p-por favor. - eles falavam quase juntos.

- Vocês me acham bonita?

- O que? - Jhonatan perguntou arregalando os olhos.

- Perguntei se me acham bonita.

Eles se olharam confusos e balaçaram a cabeça afirmativamente.

- Sim, você é muito bonita. - Jhonatan respondeu.

- Mentiroso. - ergui o machado e sorri. - Hora de ver o Dr. Moore no inferno.

Golpeei diversas vezes a cabeça de Jhonatan, quase não ouve gritos, o outro chorava e pedia para que eu parasse.

- Para por favor, deixa a gente em paz.

- Parar? Deixar vocês em paz? - comecei a gargalhar. - Aposto que você não iria parar se estivesse no meu lugar. - ele não respondeu.

Joguei o machado no chão e peguei as outras facas restantes, cinco. Comecei a esfaquear a barriga de Vincent que urrava de dor, ele cuspiu sangue e eu enfiei uma faca no seu olho, ele inclinou a cabeça para frente já sem vida.

- Poxa eu deveria ter brincado mais com ele.

Agora eu estava sozinha com três cadáveres naquela sala ensanguentada.

Sai da sala procurando um banheiro para eu me limpar, encontrei um de funcionarios não muito longe, era incrível como aquela parte do manicômio não havia ninguém, retirei a roupa ensanguentada e joguei no chão, liguei o chuveiro sentindo aquela água gelada tocar meu corpo e retirar todo o sangue da minha pele.

- Foi uma brincadeira divertida, eu sei que você adorou. - Guilia estava gargalhando e eu só queria paz, não a respondi.

Agora virei uma assassina? Os pensamentos sobre o que ocorreu nessa noite invadiram minha mente com um turbilhão de imagens, o sangue, os gritos, a agonia e dor nos seus rostos, tudo aquilo não era grande novidade para mim. Mas tenho que admitir, eu realmente gostei da brincadeira.

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