chapter thirteen

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Nos últimos dias Louis ficou muito doente. Ele vomitava toda vez que comia, permanecia com febre e consequentemente estava muito fraco. Harry cuidou dele na maioria das vezes, mas de vez em quando, alguns dos amigos de Louis apareciam para ajudar.

Nessa longa semana Harry aprendeu a cozinhar, o ajudou a andar, às vezes a dar-lhe banho e mais algumas coisas. Sacrifícios que ele fez para Louis e que provavelmente só havia feito para sua mãe. Mas que no final valeram a pena.

– Como você se sente? – O mais alto perguntou assim que Louis acordou.

– Styles, para. – Respondeu calmo e sonolento, se virando para o garoto que estava deitado na sua cama.

– Como? – Franziu o cenho, apoiando sua cabeça com a mão direita.

– Você tem que parar de ser gentil comigo e fingir que nada acontece com você. – Repetiu a posição do garoto – Mas antes de você parar, tem como me trazer um pouco de comida?

Harry riu alto e assentiu, levantando e indo para a cozinha, pegando algumas fatias de pão italiano com azeite e duas taças de vinho. Levou para a Louis e os dois brindaram, comendo juntos.

– Ok, eu não finjo nada! Você está me chamando de mentiroso e isso não é justo. Eu estou feliz agora... E preocupado, porque você não me disse se está bem ou não. – Se defendeu, enquanto mastigava um pedaço de massa.

– Não é questão de como estar se sentindo no momento, Harry. Eu acredito que você está feliz agora, mas eu sei que você ainda está sendo esmagado pelo o que aconteceu entre você e a sua mãe e está me irritando profundamente você fingir que nada aconteceu! Você sempre finge assim?

Harry engoliu seco e cravou o maxilar, bebeu um gole do vinho e levantou uma sobrancelha, sério, olhando para baixo enquanto pensava em alguma resposta.

– O que você quer que eu faça? Que eu vá atrás da minha mãe e ser cara de pau o suficiente para pedir um lugar para morar? Ou que fique de joelhos pedindo desculpas? Por favor, Louis, não me faça sentir mais humilhação. Eu estou satisfeito assim, querido, e eu realmente estou tentando.

– Está coberto de razão... Quer que eu beije seus pés? – Ironizou e Harry revirou os olhos. – Não estou dizendo isso. Você só coloca a poeira pra baixo do tapete! Você é todo charmoso com esse seu mistério complexo, mas as vezes isso pode fazer mal a você e vai acabar a vida num quarto fedendo a cigarro e a bebida, completamente fora de si... Aliás, vamos sair essa noite. Temos muita coisa para conversar. – Relaxou e encostou suas costas na cama.

– Não podemos conversar em casa? – Franziu o cenho, tomando outro gole de vinho.

– Sim, mas eu quero te ver de terno.

****

Depois de convencer Harry sem muitas informações, ambos se arrumaram mais tarde naquela noite – depois de muita preguiça e vinho – e o mais elegante possível. Louis e Harry saíram pela sete e meia e até poderiam escolher ir de táxi nesta ocasião, mas definitivamente teriam que pagar mais do que tem. Então foram de metrô, obviamente.

Pessoas os encaravam na rua e isso era constrangedor para Louis, já que o outro garoto simplesmente parara de se importar. Dentro do vagão, Harry estava em pé na frente do menor, sentado, enquanto ambos permaneciam em silêncio, se encarando eventualmente.

Styles permanecia preocupado com a saúde do outro, mas Louis estava concentrado em outra coisa. Então o mais alto olhou para trás e encontrou o problema: uma mulher jovem, que aparentava ter um pouco mais de idade que eles, olhando com todas feições negativas possíveis.

subway | larryOnde histórias criam vida. Descubra agora