chapter fifteen

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 Não passava das oito horas da manhã quando Louis acordou. O céu estava cinzento e o tempo frio e chuvoso, um clássico londrino. Ele espreguiçou-se e passou as mãos no rosto, as levando para o cabelo e bagunçando-o. Olhou ao redor e viu que Harry não se encontrava na cama e nem dentro do micro apartamento. Levantou e calçou um par de meias que estava jogado perto de sua cama, aparentemente limpo.

Caminhou até o fogão e colocou um pouco de água pra esquentar e logo após andou até a janela. Olhou para baixo e pôde ver Harry no térreo, sentado em um banco com seu cigarro entre os dentes. Louis sorriu e então ouviu a chaleira apitar, indo até ela. Jogou um saquinho de chá entro de sua xícara e preparou café para Styles.

Com as duas xícaras em suas mãos e um cobertor felpudo nos ombros, desceu as poucas escadas até o térreo. Abriu as portas, empurrando-as com o quadril e a primeira coisa que viu foi aquele garoto. Sorriu para ele e o mesmo sorriu de volta.

– Hey – disse baixo, sentando-se ao lado dele – Bom dia. Trouxe um cobertor e café para você.

– Bom dia, Lou. Obrigado. – Harry pegou sua xícara e cobriu ambos – Quer um cigarro?

– Não, estou bem... Muito tempo aí acordado?

– Duas horas – deu os ombros – Tive um pouco de insônia. Pensando em algumas coisas... O que nós conversamos ontem?

Louis pensou um pouco antes de dizer, murmurando "hum".

– Conversamos sobre sua família, principalmente de Gemma. – hesitou.

O mais alto apertou os lábios e os olhos, depois inalando intensamente o cigarro.

– Porra. – sussurrou – Okay... É... Desculpe, eu só... Não achei que... – pausou – Baseado nisso, você acha que eu sou um perdedor?

Louis ficou o observando por um tempo. Mordeu os lábios, sorriu e então soltou uma pequena risada.

– Claro que não, seu tolo.

– Está dizendo isso pra me agradar – balançou a cabeça negativamente e terminou seu cigarro, nervoso.

– Não sei porque está tão nervoso... – riu fraco – Estou dizendo toda a verdade do mundo. Não vejo você diferente, se esse é seu medo. Você ainda é o Harry que eu amo.

Harry parou, arregalou os olhos e franziu o cenho.

– Você... O que-

– Sabe o que eu acho, Styles? – Louis começou, bebendo antes um longo gole de seu chá – Acho que você precisa esclarecer as coisas pra sua mãe e pra aquele senhor que você gosta tanto – tentou forçar a memória para lembrar o nome do sr. D – Eu não os conheço devidamente, mas eles se importam e amam você tanto quanto eu.

– Você disse duas vezes... Louis você me ama? – gaguejou, ignorando o resto.

– Foco, Styles. – deu um tapa leve no rosto do garoto antes de terminar sua xícara de chá – Isso... Não é importante. – estendeu o celular de Harry – Vá falar com eles.

****

Harry estava sozinho em frente ao Hampstead Heath, andando de um lado para o outro, nervoso, aflito e ansioso. Já havia fumado três cigarros e estava tentando controlar sua vontade, e sinceramente era terrivelmente difícil.

Mandou algumas mensagens a Louis dizendo que estava sendo tudo um fracasso e sequer via uma alma familiar e que provavelmente iria embora em cinco minutos. O garoto estava apavorado, com um aperto no peito que não havia tamanho – um sentimento que não sentia a anos.

subway | larryOnde histórias criam vida. Descubra agora