S01E02

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 Louis acordou disposto na manhã seguinte. Passava das sete horas da manhã quando ele saía do banho com uma toalha azul na cintura e, com uma branca um pouco menor, ele secava um pouco os cabelos molhados. Na frente do espelho, fez a barba e arrumou os fios bem cortados e comportados num topete elegante.

Voltou ao quarto para vestir-se e, ao olhar no celular pra ver quanto tempo ainda tinha restante, viu no visor a notificação de uma mensagem recebida de Harry.

Harry:
Bom dia! :)

Louis sorriu involuntariamente, mas não respondeu de imediato. Soltou o celular na cama e abriu a gaveta de roupas, escolhendo o que vestir. Não tinha nem terminado de abotoar a camisa branca e um bipe baixo soou novamente, com uma nova mensagem.

Harry:
Encontrou quem estava procurando?

Novamente Louis não respondeu na hora. Iria terminar de se arrumar. Era estranha a forma como aquele homem se comportava, ainda mandando mensagens. Não que aquilo o incomodasse, mas era de fato um pouco estranho.

Harry:
Louis?

E novamente uma mensagem — aparentemente Harry era um pouco impaciente. Louis largou a gravata e rendeu-se ao celular. Pegou o aparelho em mãos e começou a digitar com um pouco de pressa.

Louis:
Bom dia!
Não, não encontrei ainda.
Estou me arrumando para trabalhar, espero que hoje eu resolva isso.
Obrigado por perguntar.

Ele enviou e jogou novamente o celular na cama. Voltou sua atenção para o nó da gravata — no qual já era praticamente expert —, e arrumou o restante de suas coisas que haviam ficado na mesa da sala: laptop, jornal daquela manhã e uma maçã verde que enfiou de qualquer jeito dentro da pasta, pro caso de ter alguma emergência de fome e não poder sair do escritório.

Antes de colocar o celular no bolso para sair, checou se havia mais alguma mensagem de Harry, mas não havia nada. Viu a notificação embaixo da caixa de sua própria mensagem de que ele havia visualizado já. Colocou o celular no bolso da calça e saiu de casa um pouco ansioso.

x.x.x

Louis finalmente achou seu colega de trabalho naquela manhã. Não foi muito complicado, ele já havia deixado recado com a recepcionista sobre onde Louis deveria encontrá-lo. Finalmente conseguiu o número de telefone correto de Max — era mesmo um nove naquele final — e agora apreciava sua nova sala. Não era muito luxuosa e nem muito grande, mas ele achou perfeita para ser seu ambiente de trabalho. Ele era analista de dados do Bank of San Francisco e, vez ou outra, fazia também algumas auditorias financeiras como freelancer, para empresas por fora do ramo — quando tivesse experiência o suficiente, ficaria apenas na área de auditoria pois o dinheiro fazia realmente o trabalho valer a pena.

Olhou no celular a manhã inteira esperando para ver se Harry havia respondido sua mensagem. Era até estranho que ele realmente estivesse preocupado e querendo ver alguma mensagem de Harry, e nem sabia direito porque aquilo importava tanto — ele nem conhecia a pessoa.

Louis:
Oi, como está sendo seu dia?

Ele enviou despretensiosamente e depois se arrependeu. Talvez Harry o achasse estranho, ou um pouco maluco obcecado. Certo, agora ele estava preocupado com o que um desconhecido achava dele. "Louis, você está sendo patético, pare com isso", pensou.

Olhou para a tela do celular por alguns segundos esperando resposta. Viu que o status de entregue havia mudado para "visualizado" e achou que aquele era o momento que talvez o outro começasse a responder.

Catfish (Larry!Texting)Onde histórias criam vida. Descubra agora