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Perco a conta às vezes que pisco os olhos por segundo. As parecenças são notórias mas parece ninguém reparar. O meu olhar é intercalado entre a rapariga que contem o meu coração e a senhora que ainda há pouco foi extremamente parva para comigo.

A Mah continua a falar com a mãe do kasha e eu seguro a sua mao. Não sei como mas tenho de puxar o assunto para que elas falem mas certo devia deixar que a senhora até gostasse um pouco dela para já.

O assunto continua sobre roupas e shoppings, mulheres... Da minha mente não sai o medo e desconfiança sobre qual a reacao da Anabela. Será que ela vai ir embora? Será que vão falar e entender-se? Será que a vai insultar e ser otaria? Não faço a mínima mas gostava de saber.

Gostava de conseguir protege-la de tudo mas infelizmente não consigo. Certo não dizer nada agora era protege-la mas um dia que ela descobrisse matava-me.

O assunto acaba e fica um clima estranho com o silêncio. Olho a senhora e decido que é o momento.

Eu-dona anabela, eu sou o Miguel que lhe ligou à poucas horas por causa da sua sobrinha. Ela está aqui ao meu lado mas já percebi que vocês não perceberam as igualdades entre vós.

A mulher e a minha namorada olham para mim e olham uma para a outra. O seu olhar encontrasse concentrado em encontrar semelhanças e cada vez que o fazem surge mais um sorriso.

Seguro a mão da minha namorada quando a senhora da sinais de que vai falar e beijo-lhe a testa, sempre muito protetor Miguel!

Anabela-mafalda, eu gostava de falar contigo a sos porque acho que temos muito que falar, à muita coisa para exlicar e resolver entre nós.

Mah-claro que sim. Vamos ali aquele banco?

As duas começam a caminhar para lá e eu dou um sorriso. Que tudo corra bem, é só o que peço!

#mahP.O.V#

o assunto acaba e um silêncio incomadativo instalasse. Entre olhares com o Miguel ele acaba por falar e puxar assunto. A sua boca abre-se e conforme a informação entra nos meus ouvidos eu fico escandalizada.

A resposta da senhora com demasiadas parecenças comigo acaba por me surpreender na positiva e começamos a andar até ao banco de jardim que ela havia referido.

Acabo por me sentar e ela faz o mesmo. Começa por revirar a sua mala em busca de algo e o pequeno sorriso agora formado diz-me que ela encontrou.

Um pequeno papel embate com a minha mão esquerda e o meu olhar recusa-se a direcionar-se ao papel.

Anabela-antes de mais, isso é uma foto da tua mãe contigo antes do acidente. Como vês as semelhanças entre vocês são mais que óbvias.

Os meus olhos correm à velocidade da luz até à fotografia e a minha mente inunda-se de recordações distantes. Tudo é tao vago e cinzento no meu cérebro. As poucas memorias que tenho são distantes e reduzidas, mas do pouco que me lembro coincide com a fotografia completamente.

Anabela-queria que soubesses que nada foi como eu quis! Infelizmente eu nunca pude ficar contigo por problemas económicos, ausentei-me do pais mas fui mantendo contacto contigo sem que soubesses da minha existência, voltei à quatro meses mas disseram-me que tinhas sido adotada e nada podia fazer para te reaver.

Toda a informação e despejada em cima de mim. Tento assimilar tudo mas é demasiado.

Eu-sou apenas uma miúda de dezasseis anos à procura de uma família e de alguém que me dê respostas! No fim de tudo até pode sair da minha vida de novo e deixar-me com a minha nova família mas peço-lhe por tudo, explique-me o que aconteceu.

Anabela-o relatório policial diz que nada foi provado mas o investigador do caso dizia estar convicto que tudo foi feito, não foi um acidente foi um assassinato.

Eu-como? Porque? Quem fez isso? Não pode ser verdade! Eu não posso ter tido esta vida de merda sem pais porque alguém o decidiu fazer. Não posso!

As lágrimas formam um novo oceano e sinto o meu mundo a cair mais uma vez, só mais uma... Já estou tão habituada também!

Anabela-eu gostava que com o tempo fossemos descobrindo as coisas. Não é bom explicar já tudo! Vamos conhecendo-nos, vamos ser a família uma da outra! Vamos ser tia e sobrinha, vamos compensar estes treze anos que fomos afastadas à força.

Não tenho forcas para dizer nada apenas me inclino para a frente e abraço a minha tia. Aquela que tem muito para me contar mas também alguém que quero conhecer bem!

Tudo isto demonstra que se lutarmos até ao fim chegamos onde queremos! Temos de lutar pelos nossos sonhos e nunca desistir por medos, sempre haverá algo ou alguém a tentar travar-nos mas temos de ser superiores e chegar à meta! A vida põem-nos muitas vezes à prova mas confiem na vida ela premeia sempre os corajosos.

Poderia dizer que fui a corajosa porque a fui premiada com uma família espetacular, um namorado único, e o aparecimento de uma tia.

#diasdepois#

Acabamos por vencer de novo e o Cris acaba por amoar mais uma vez.

Coimbra-eu e a Mah somos uma dupla imbatível.

Eu-completamente.

Kasha-vamos comer estou esfomeado!

Todos-quando não estás?

Sinto empurrarem-me e caio no sofá, uma camada de gordos em cima de mim e começamos uma mini luta de mordidas e murros.

Melhor família e melhores amigos que podia pedir! Secretamente foi um dos meus pedidos na carta ao pai natal, ele curiosamente surprendeu-me na positiva!

Eu-que o nosso fim seja quando já nenhum falar e não pudermos beber ate lá vamos viver a vida e continuar os mesmos, todos juntos! Porque quando alguém assume ser amigo de outro, faz uma promessa que não haverá fim ate que a vida os separe!

Se não tens medo dos teus sonhos é porque eles não são suficientemente bons!

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OBRIGADO POR TUDO A TODOS VOCES! FORAM INCANSÁVEIS!

espero que todos vocês tenham gostado desta fic que tanto gosto nos deu escrever! É um orgulho ver tanta gente a ler e votar e comentar. E um orgulho receber os vossos comentários extra fofos a dizer que gostam!

Sim, chegou ao fim mas não é um adeus, venham todos ler a "prison||Miguel Coimbra" serão muito bem vindos!

Todos vocês e esta fic ficaram para sempre nos nossos corações! E de novo, MUITO OBRIGADO POR TEREM ESTADO DESSE LADO!

Da-me um segundo ainda não te disse adeus! Ate sempre adopters

Adopted || M.COnde histórias criam vida. Descubra agora