Capitulo 2

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Entrei no meu apartamento apressada trancando a porta. Minha cabeça estava cheia, minhas pernas tremiam e eu estava com um nó estrondoso na garganta. Caminhei de um lado para outro, roendo minhas unhas. Aquilo não deveria está acontecendo. Ainda estava confusa com o que havia acontecido lá em baixo.

A visão de Caleb em minha porta me deixou desnorteada. Aquele homem ainda mexia comigo. Com ele eu conheci o paraíso ao inferno. Sofri muito quando ele me abandonou no altar, para fugir com minha melhor amiga. Levei anos para superar o trauma que sofri, mas pouco a pouco o conseguir, graças à amizade e ajuda de Scott.

E agora ele voltou das profudezas do inferno para me pertubar novamente. Como podia uma pessoa que era tão amável e gentil se tornar fria e grosseira?

Tentei acalmar a respiração e o nervosismo. Se a intenção de Caleb em me procurar novamente, seria bagunçar minha vida. Estava muito enganado, ele não iria conseguir fazer isso. Não mesmo!

Corri ate a cozinha, abri a geladeira e peguei a garrafa de água, servi um copo e tomei em um só gole.

Não, não pode ser! Eu só posso está ficando louca.

Como depois de cinco anos Caleb se atreveu a me procurar? E ainda me propor algo tão estúpido?

O telefone tocou e dei graças a Deus, precisava de algo para me distraí senão ficaria louca.

— Alô.

— Soph! — A voz de Giovanni estava apreensiva do outro lado.

— Diga Giovanny, aconteceu alguma coisa?

— É papai Soph.

Meu Deus! Com toda essa confusão com Caleb, acabei me esquecendo de buscar papai no aeroporto.

— Já estou indo pegar papai Giovanny, não precisa se preocupar.

— Não Sophia. Preciso que venha agora ate o hospital St. Mary.

Fiquei paralisada por alguns segundos, tentando criar coragem para perguntar sobre o que havia acontecido.

— O que houve com papai Giovanny? — perguntei com a voz entrecortada.

— Me ligaram a pouco do aeroporto, parece que papai passou mal. — ouvi um longo suspiro. — Por sorte o avião já estava pousando. Então, o socorreram e o levaram para o hospital St. Mary.

Antes mesmo dele terminar a frase desliguei. Peguei minha bolsa e sair correndo. Por sorte encontrei um táxi disponível, no estado em que me encontrava não me atreveria dirigir.

— Qual o destino srta?

— Para o hospital St. Mary, por favor.

Quando finalmente cheguei ao hospital St. Mary, sair correndo tentando encontrar meus irmãos. Eu era a filha caçula de três irmãos, Giovanny o filho primogênito, Antonny o do meio, e eu a filha única. Por esse motivo, meus irmãos sempre foram muito protetores comigo, ate mais que meu pai.

Por sorte, aquele era o hospital onde Antonny trabalhava. Peguei o meu celular e enviei uma mensagem a Antonny, informando que estava na recepção do hospital. Passaram se alguns minutos ate ele aparecer na recepção a minha procura.

— Antonny o que houve? — o abracei apertado.

— Papai teve um infarto Sophia. — ele me respondeu com a voz embargada.

— O meu Deus Antonny! Onde ele está? Quero ver-lo. — falei aos prantos.

— Calma Soph, nesse momento ele está sendo operado pelo Dr. Smith, um dos melhores cardiologistas da Inglaterra. — Mesmo falando com confiança, notei que seus olhos azuis estavam marejados, o que me fez o abraçar mais forte.

Quando Novembro AcabarOnde histórias criam vida. Descubra agora