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Um sobretudo, uma calça social e um sapato. Era assim que Castiel se preparava todos os dias para o trabalho. Um trabalho que, ele tinha de admitir, era muito... Muito... Bizarro? Sim, bizarro. Castiel ainda não tinha se acostumado com tantas maldades, tantas torturas, tantos corpos em sua frente, e desde que se tornara tenente as coisas vêm piorando.

- Por que me acordaram tão cedo? - Perguntou chegando ao local de um novo crime.

- Tenente, você tem que ver isso. - Gabriel, um dos melhores detetives da equipe chamou Cass.

Castiel caminhou até o corpo, vendo os membros espalhados por vários lugares no parque principal da cidade.

- Que porr...

- Nem me diga... - Sam, o analista forense, especialista em padrões de dispersão de sangue disse tirando fotos do crime.

- O que me diz? - Cass perguntou.

- Olhando pelos cortes, posso dizer que os membros foram cortados antes da morte da vítima, com um machado. - se aproximou mais do braço esquerdo, tirando várias fotos. - E se olharmos bem, tem um pequeno furo de agulha no braço direito, então provavelmente a vítima foi dopada. - caminhou até o outro braço, tirando mais fotos. - E nesse braço aqui, vemos outro furo, porém, maior que o outro, provavelmente o sangue foi drenado, não todo o sangue, mas grande parte. - caminhou até o sangue espalhado - Então, esse sangue espalhado junto com o corpo não foi por um serviço mal feito, na verdade, só profissionais conseguem fazer isso. 

- Então estamos lidando com um profissional... - Gabriel concluiu.

- Bradbury? - Castiel chamou, mas não obteve resposta alguma. - Bradbury? - Bufou. - Charlie!

- Ah, sim, sim. Me desculpe, tenente. - Charlie respondeu assustada. - Esse não vai ser a única vítima desse assassino. Quando vemos um profissional desses... estamos falando de um Serial Killer. - Cass assentiu.

- Terminei com as fotos. - Sam afirmou.

- Tudo bem, podem levar o corpo para a análise. Quero os resultados do DNA na minha mesa, amanhã bem cedo.

Castiel saiu do parque, indo em direção a seu carro. Ele precisava de cafeína em seu corpo, URGENTE!

Ele dirigiu até a cafeteria mais próxima, pediu um café e saiu pela porta.

Dentro da pequena mala que carregava consigo, tinham vários relatórios que Castiel precisava dar uma conferida, e com a brilhante ideia, decidiu tirar todos aqueles papéis de dentro da mala. Ele lia enquanto corria, para não se atrasar para uma reunião que teria com o Capitão Crowley, em menos de quinze minutos. Castiel estava ferrado.

Até que alguém, -na hora cass não identificou como homem ou mulher- esbarrou no moreno, fazendo com que os papéis e o café do mesmo caíssem no chão e em seu sobretudo.

- Oh, deus! Me desculpe, me desculpe mesmo. - Cass ouviu uma voz masculina.

- Sem problemas... Meu dia já está uma merda mesmo, isso não é nada. - Se agachou para ajudar o outro a pegar todas as coisas. - Obrigado. - Se levantou, encarando os olhos verdes do homem loiro.

- Hey, você é o Tenente, certo? - perguntou sorrindo - Eu precisava saber de algumas coisas e...

Castiel assentiu, terminando de guardar suas coisas.

- Se não se importa eu preciso ir, estou muito atrasado. - abriu sua mala - Mas, você pode me ligar mais tarde. - sorriu, entregando um cartão com seu número de telefone.

- Oh, obrigado. - assentiu sorrindo e foi embora.

Castiel pegou-se olhando para as costas do homem, os ombros eram largos, o loiro aparentava ser muscoloso. De repente lembrou-se da reunião que tinha com o capitão Crowley, então começou a correr em direção ao seu carro.

Sua cabeça ainda estava no corpo que encontrara mais cedo, Castiel não conseguia se conformar com tamanha crueldade na hora de assassinar uma pessoa. O que leva um ser humano a matar outro?


killer ; destielOnde histórias criam vida. Descubra agora