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SAIU UM POUQUINHO ATRASADO MAS SAIU!!¡¡¡

Boa leitura!

Dean estava terminando de limpar a bagunça que ele e Castiel acabaram fazendo, - ainda com raiva do moreno, mas feliz porque seu plano estava dando certo - quando escutou a campainha tocando, logo pensou que era Castiel que havia mudado de ideia, mas ao olhar no olho mágico da porta, ficou decepcionado, porém surpreso.

Era Lúcifer. Sim, Lúcifer.

Merda. Dean pensou. Que porra ele tá fazendo aqui?

Vestiu sua roupa rapidamente, abrindo a porta em seguida, vendo o loiro em sua frente, que o encarava com um sorriso.

- Olá, Deanno, sentiu saudades?

- Não. Nem um pouco. - fechou a porta atrás de si - Você tem algum tipo de problema, Lúcifer? Por que está fazendo isso?

- Nossa, que bagunça. Transou ou explodiu uma bomba aqui? - riu, ignorando totalmente a pergunta que Dean havia feito.

- Eu não estava transando.

- Dean, me poupe, você é um psicopata, por favor, pode fazer melhor que isso. - revirou os olhos.

- Ainda não respondeu a minha pergunta.

- E qual seria?

- Não se faça de idiota. - revirou os olhos - Por que está matando pessoas inocentes? Por que está matando pessoas boas?

- Deeeeeus, me poupe! - respondeu se jogando no sofá - Você sabe que não é exatamente um herói, não sabe? Quer dizer, toda aquela merda de "tirar o lixo do planeta" - gesticulou com a mão - Por favor, Dean, isso já cansou todo mundo. Eu e você sabemos que essa histórinha é apenas para esconder a porra do seu vício de ver sangue, sentir o prazer de matar, sentir o prazer nos gritos deles...

Dean engoliu em seco, ignorando o que Lúcifer estava falando.

- Não finja que não ouviu. A verdade é que, - se aproximou de Dean - Não importa quem seja a vítima, desde que esse seu desejo insano seja alimentado. - sussurou.

- Eu não ligo para o que você diz, Lúcifer. - saiu de perto do mais alto - Mesmo que fosse verdade, pelo menos eu contribuo de alguma forma para o mundo, pelo menos menos mulheres serão violentadas ou crianças molestadas. É isso que importa.

- Claro, Dean Winchester, o heroizinho de sempre, e Lúcifer, o esquisito que sempre leva a culpa por tudo. - revirou os olhos.

- Está fazendo isso por causa de ciúmes?

- Não, Dean. Estou fazendo isso porque estou com tédio. Apenas quero me divertir. - sorriu - E eu só posso fazer isso irritando o meu maninho.

- Não sou seu maninho. Não tenho culpa se meu pai transou com uma prostituta e a engravidou. - tomou um pouco de seu whisky.

- Tanto faz. - se aproximou da porta, abrindo-a - De qualquer forma não vai demorar muito para nos reencontrarmos.

- O que vai fazer, Lúcifer? - prendeu a porta com seu pé, fazendo-o parar.

- Descubra. - sussurrou, sorrindo.

(...)

Finalmente Castiel chegou em sua casa, Deus, estava exausto, mas seu trabalho ainda não tinha acabado. Mais uma pista para seu quadro.

Adicionou uma foto do assassino, porém a foto era apenas de um homem todo coberto de preto e com o rosto escondido em um capuz.

Certo. Pensou, encarando o quadro. Lá estava tudo o que tinha sobre o caso, e era extremamente pouco, já fazia quase um mês que estava trabalhando neste caso e não tinha nada mais que uma provavel característica do Serial Killer e a altura do assassino. O que Castiel faria? Existia uma população inteira colocando fé no jovem tenente e a única coisa que Castiel conseguia fazer era se distrair.

Havia sido um dia longo e cansativo, precisava dormir, esclarecer as ideias, e como no dia seguinte não iria trabalhar, poderia continuar focado no quadro.

- Dean, querido, venha aqui. - o garotinho escutou sua mãe o chamando.

Chegou no quintal de sua enorme casa, vendo Mary com uma pá em sua mão, e um pouco de terra ao seu lado, havia um enorme buraco ao lado da pequena horta da mulher. Droga, Mary havia descoberto.

- Pode me explicar o que é isso? - a mulher perguntou encarando o filho com decepção no olhar.

- Mãe, você estava doente! O cachorro não parava de latir, isso te deixava pior... - suspirou gesticulando com as mãos.

A mulher se aproximou dele, agachando-se em sua frente e passando as mãos no rosto do garoto de apenas sete anos. havia passado por isso com John, não queria o mesmo futuro para seu filho.

- Dean aqui tem mais que um cachorro morto. São muitos ossos.

- Desculpe mamãe. Eu só queria que você melhorasse... - Mary sorriu para o pequeno Dean.

- Apenas não conte ao seu pai, tudo bem? - assentiu - Quero que me avise quando... - suspirou - quando você sentir tanta raiva desse jeito, certo?

- Certo, mamãe.

Dean lembrava-se de poucas coisas da sua infância, acabou apagando tudo quando sua mãe morreu - não, ele não a matou - A verdade era que ele nunca havia sentido uma emoção, apenas fingia para poder entrar na sociedade, o que era errado, porém não podia simplesmente isolar-se para sempre, alguém acabaria descobrindo sobre seus problemas, e Dean não queria isso, tinha que agir o mais normal possível, foi o que sua mãe sempre o ensinou.

O loiro nunca amara alguém, não porquê ele queria, apenas porque não conseguia, porém se tivesse amado, seria sua mãe.

Mary havia enfrentado muitas dificuldades na vida, mas nunca deixou de fazer o bem para os outros, estava sempre sorrindo e dando um jeito para tudo, ensinou a Dean como controlar seu vício sem machucar aqueles que não mereciam, ensinou até como esconder as pistas e os corpos, era assustador, porém de grande utilidade. E com seu jeito doce, ninguém nunca desconfiara de Mary ou de alguém daquela suposta "família perfeita"

Já John era totalmente o contrário de Mary, era agressivo e sempre estava bebendo, por sorte quase nunca ficava em casa, estava sempre viajando para abrir sua famosa empresa em todo o EUA, e com isso saia com várias mulheres, na maior parte das vezes prostitutas, até o dia em que ele acabou sofrendo um acidente - causado por Dean, então, não sei se podemos chamar de "acidente" - logo quando sua mãe adoeceu de câncer e quando sua vida começou a virar um inferno.

Nessa época Dean tinha apenas dezenove anos, estava cursando a faculdade de administração para poder trabalhar com seu pai - não que ele quisesse, mas já que John estava morto, as empresas ficariam para Dean. - porém, ainda não estava ganhando muito dinheiro, as empresas estavam falindo e a químico de Mary era muito cara, ele não sabia mais o que fazer, o estresse estava tomando conta de si, Dean estava enlouquecendo.

Foi então que começou a matar - já havia matado antes, mas não era muito frequente, porém sentia-se sendo corrompido pelo desejo de ver sangue, de ver corpos. - Matava, em média, uma pessoa por semana, mas é claro que eram pessoas que mereciam, assim como sua mãe o ensinara.

Depois de certo tempo conseguiu aumentar o desempenho de todas as empresas que seu pai estava falindo, mas Mary acabou falecendo, e o mundo de Dean voltou a ser preto novamente.


killer ; destielOnde histórias criam vida. Descubra agora