t e n

1.4K 217 168
                                    

Castiel acordou cedo na manhã seguinte, estava disposto a ficar focado o dia todo no caso.

Tomou um banho rápido, fazendo suas higienes matinais de sempre, apenas colocou o pijama novamente e foi para seu quarto, vendo o quadro ali.

Primeira vítima: Thomas Clauell, corpo mutilado, sangue espalhado, abusava de mulheres, já havia sido preso.
Suspeitos: Christopher Lloyd, Henry Kissinger. Eram amigos de Thomas.

Segunda vítima: Richard Wellynto, matou sua esposa, depois praticou necrofilia com seu corpo.
Suspeitos: Anne Wellynto, Beck Johnson, Aline Johnson. Anne era sua mãe, e no depoimento Castiel percebeu que a mulher estava com raiva do filho, não o bastante para mata-lo, afinal ela parecia inofensiva. Já Beck e Aline eram irmãs da esposa de Richard, e como ele a havia matado, Castiel não duvidava que a família poderia querer vingança.

Terceira vítima: Kyle Williams, também foi mutilada, vendia drogas e preocupada em receber seu dinheiro, matou uma família.
Suspeitos: Talvez algum rival? Ou os parentes da família que Kyle tinha matado. Castiel duvidava muito disso, era uma família religiosa, não seriam capazes disso.

Deus, nada disso se encaixava, eram pessoas super diferentes, com apenas uma coisa em comum; já haviam matado.

Foi então que Castiel teve uma ideia qu não havia pensado antes. E se o Serial Killer conversou com alguma das vítimas por mensagem? Provavelmente não, mas...

Seus pensamentos foram interrompidos por alguém batendo em sua porta, caminhou rapidamente, olhando pelo olho mágico, e então vendo a imagem de Dean, segurando dois cafés em suas mãos, abriu a porta franzindo a sobrancelha, se perguntando mentalmente o que diabos Dean estava fazendo em sua casa num domingo de manhã.

- Surpreso? - se inclinou para beijar Castiel, que recuou.

- Dean, o que está fazendo aqui? Como sabe onde moro?

- Você não é o único que descobre coisas, Tenente. - riu, entrando - Isso está uma bagunça! Você precisa de uma faxineira.

- Eu estava meio... ocupado... - coçou a nuca, pegando o café que Dean havia o entregado.

- Assistindo pornô?

- O quê? Não! - respondeu rápido sentindo suas bochechas pegarem fogo.

- Eu estava brincando. - o loiro riu, se aproximando de Castiel - Pensei em vir aqui para... terminar o que começamos ontem. - sussurrou em seu ouvido, mas Castiel se afastou.

- Eu estava trabalhando nos casos, Dean. Preciso solucionar isso.

- O que aconteceu com o Castiel de ontem? - revirou os olhos - Eu prefiro aquele.

- Só acho que... eu não sei, acho que fomos rápido demais. Quer dizer, quem transa no primeiro encontro?

- Na verdade foi o segundo encontro - coçou a nuca. - Mas tudo bem, se você quer ir mais devagar...

Castiel sorriu, se aproximando de Dean e o beijando devagar.

- Então, acho que posso te ajudar com o caso. Uh? - Perguntou

- É confidencial - foi até a gladeira, abrindo-a para pegar algo para comer.

- Ah qual é? Você não tem praticamente nada, uma ajuda seria bom certo? - sorriu.

- Tudo bem. - Castiel bufou. - Mas só porque eu estou desesperado.

Dean riu da expressão do moreno, seguindo-o até o quarto e sentando-se ao seu lado na cama, encarando o grande quadro.

Via todas as suas vítimas lá, e também viu a vítima de Lúcifer. Seus olhos correram por todo quadro, chegando até uma foto com uma silhueta de um homem e um ponto de interrogação.

- Esse é o Serial Killer? - perguntou se aproximando da foto.

- Sim. - suspirou - Eu não tenho muita certeza ainda para falar a verdade.

- Para um tenente você está bem perdido. - riu, recebendo um olhar de desaprovação de Castiel.

- Não me culpe. Esse Serial Killer é dos bons, há tempos eu não lidava com um desse jeito. - cruzou os braços, chegando perto de Dean.

- Se quer a minha opinião, eu acho que deveria mudar totalmente o seu jeito de pensar.

- O que quer dizer?

- Ah, você sabe... procurar onde não procurou. Não sei por que tem suspeitos diferentes em cada vítimas, Cass, está óbvio que foi a mesma pessoa que fez isso.

- Eu precisava de suspeitos, e encontrei. Não sei mais o que fazer, não sei quem é o Serial Killer, não sei quem é o outro assassino e não tenho a mínima ideia do porquê estão fazendo isso. - bufou frustrado.

- Já parou para imaginar que pode ser mais simples do que pensa? Alguém está brincando com você. Fingindo ser duas pessoas, uma má e uma "boa".

- Acha que todos os assassinatos vem do mesmo assassino? - assentiu - Não faz sentido, Dean...

- Como não? Ele matou pessoas "más" e uma pessoa boa para te confundir. E vai matar mais, escute o que eu digo.

- Mas porque alguém faria isso?

- Por atenção, por sentir o poder de brincar com as pessoas. Se sentir o rei, centro das atenções, que as pessoas fazem de tudo para encontra-lo.

- Continua não fazendo sentido para mim. Quem matou os assassinos não fez isso para chamar atenção, fez porque é um princípio, algo que ele faz para sei lá, sustentar o seu vício da melhor forma possível, talvez.

- Você é mesmo cabeça dura - riu - Se quiser continuar a investigação assim fique a vontade, mas acho que deveria dar espaço para o que eu falei.

Dean estava admirado o jeito de Castiel pensar, nunca havia conhecido alguém desse jeito. Cass sabia o que estava acontecendo, ele sabia do que se tratava e com um empurrãozinho descobria fácil que Dean era o Serial Killer, por isso o loiro tinha que voltar a atenção de Cass em Lúcifer, a começar por mudar seu jeito de pensar. Não seria fácil, mas ele iria conseguir.

killer ; destielOnde histórias criam vida. Descubra agora