Capítulo 5

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Não tive notícias de Peter. Cheguei a passar o dia inteiro no meu estúdio esperando ele aparecer, mas nada, nem uma sombra daquele homem. Depois que saí do café com Peter, fui para casa. Emily me ligou avisando que havia chegado viva e inteira. Deu uma vaga ideia do hotel incrível que estava hospedada e que Matheus tinha ido buscá-la no aeroporto.

Contou que iriam passear e que quarta-feira iram começar as gravações. Durante a chamada ela me questionou sobre Peter e apenas disse que tínhamos conversados e que talvez, ele fosse ao meu estúdio. Para Emily, era certeza que ele iria aparecer, mas eu tinha outro pensamento no momento. Peter já deveria está em Londres provavelmente com alguma outra mulher.

A fim de esquecer tudo, ponho uma calça jeans e uma blusinha folgada, amarro meu cabelo em um coque e vou para rua dar uma volta por Pompano Beach.

O sol me dá a luz que eu preciso e através das lentes de minha câmera vejo as pequenas coisas existentes no mundo. Reparo em um casal sentado na areia próximo ao mar translúcido e limpo, é interessante ver a conexão e a graça em suas conversas, a moça rir o tempo todo, em um segundo de descanso, ela encosta a cabeça no ombro de seu parceiro, ele a olha para o horizonte em ideias perdidas e... Clique.

Caminho mais um pouco seguindo pelo píer e vejo um pescador ao longe no instante em que pesca um peixe, noto sua agilidade em puxar a vara no equilíbrio mútuo com peixe, tudo para não perdê-lo, em segundos ele ergue a vara e... Clique.

Continuo minhas andanças e em pouco tempo minha câmera está cheia de fotos. Volto para casa, tomo um banho, preparo um almoço e descanso. O dia sem Emily fica entediante. À tarde, coloco um vestido longo e vou para meu estúdio editar algumas fotos. Subo as escadas para o segundo andar levando meu notebook e me aconchego na cama com um copo de vinho e uma música baixinha.

O tempo passa e só percebo isso quando alguém entra pela porta da frente fazendo o sino tremer. Droga! Esqueci de passar a chave. Pela janela vi que já era noite e fiquei assustada por poder ser alguém com más intenções. Busquei o telefone no criado-mudo preparada para chamar a polícia.

- Estamos fechados, volte amanhã. - grito de onde estou.

Rezo para que não seja nenhum maníaco e vá embora. Espero o tempo de alguém responder mais não ouço nada. Talvez fosse minha imaginação. Resolvo descer com cautela.

– Tem alguém aí? Estamos fechados...

- Não vim para uma sessão de fotos.

Giro meu corpo para ter certeza que aquela voz não foi minha mente me pregando outra peça. Sorrio mais ele continua sério eu, no entanto, não consigo desistir do meu sorriso. Peter está parado em uma distância mínima com uma cara de quem não teve boas noites de sono. É inacreditável mais para mim continua sexy.

- Achei que já estivesse em Londres. - murmuro vendo-o andar lentamente em minha direção.

Não ouso descer o último degrau da escada, minhas pernas parecem gelatinas. Ao chegar perto o suficiente, ele passa seu braço pela minha cintura me puxando para perto, estou um pouco mais alta de forma que assim posso sentir o seu coração bater forte e rápido. Seus olhos verdes tão misteriosos tiram meu equilíbrio assim como suas mãos espantando meus cabelos caídos.

- Eu não podia ir sem saber. - murmura e franzo minha testa curiosa.

- Sem saber o que?

Peter segura meu rosto entre suas mãos e me puxa lentamente até seus lábios tocarem os meus. Não me afasto, nem sequer êxito, a força que me leva até ele é mais forte. Levo minhas mãos para cima agarrando seus braços e gemo ao sentir seus músculos fortes e flexionados. Seus lábios são tão macios que só desejo mais a cada segundo, mordiscando e acariciando fazendo-o afundar sua língua. Ouço seu gemido e me contento com isso. Percebo meus cabelos antes presos agora soltos e amassados pelas mãos grandes de Peter. Ele interrompe ofegante, descendo por meu pescoço e em seguida descansando a testa na minha.

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