Sweet Dreams

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Ultima temporada amores, vamos ver como termina essa história! Não esqueçam de comentar e dar seu voto!

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─Seu bebê é lindo, senhor.

A voz irritante daquela mulher já estava me enchendo o saco. Fazia apenas três dias que trabalhava para mim, mas mesmo em tão pouco tempo já estava me deixando irritado.

O aparelho celular toca em minhas mãos, o número desconhecido fazia parte dos meus dias. Rapidamente levanto do sofá, do outro lado da sala, e saio deixando aquela criança irritante com a mulher. Tranco-me no quarto, depois de checar que não fui seguido e suspiro mexendo no cabelo.

─Fale. ─ não espero o segundo toque para atender.

─Ele não irá colaborar. ─ a voz dela era calma, o que me deixou nervoso.

Alguma coisa estava errada nessa história.

Porra, eu me juntei a você porque disse que conseguiria. ─ fecho as mãos em punhos, completamente irritado.

─Ele não é fácil de persuadir Travor.

─Tente de novo. ─ ordenei com a voz irritada.

─Eu estou fora. ─ sentencia sem piedade.

─O que quer dizer com fora? ─ aperto os lábios sentindo a tensão crescer.

─Fora, sem você. Consegui o que queria e não vou participar disso. ─ posso imaginá-la descruzando as pernas, despreocupadamente, e cruzá-las novamente, mas do lado oposto.

─Clarice... ─ a advirto.

Ninguém me deixa na mão, não vai ser agora que uma vadia como ela irá fazer isso comigo.

─Não Travor, se ele souber não vou apenas para a prisão, e você sabe disso. ─ sua voz denunciava o medo que sabia que sentia quando se falava dele.

─Você tem que terminar o que começamos PORRA! ─ grito conseguindo me conter e não chamar atenção da babá.

Escuto o telefone fiar mudo e encaro a parede branca em minha frente, a vadia simplesmente conseguiu o que queria e me deixou.

Solto um grunhido e jogo o celular na parede, o aparelho se parte e espalha pelo tapete em mil pedaços sujando o quarto. Vou ate o notebook em cima da mesa de cabeceira e coloco a senha, vejo minha conta com um saldo menor do que da ultima vez.

Saio do quarto vendo tudo vermelho na minha frente, volto para a cozinha para pegar uma cerveja, mas paro e vejo aquela criança rindo para a mulher de idade. Tinha que admitir, ele se parece muito com Victória, seus olhos claros eram exatamente como os dela e de sua mãe.

Paro ao lado da babá e ela me encara sorrindo, ainda chacoalhando a criança.

─Quando vou ver a mãe desse rapazinho? ─ pergunta inocentemente.

Pego o pequeno pulso da criança e a vejo olhando em meus olhos, sério. Dou um sorriso aberto mostrando todos os meus dentes, posso sentir que ela estremeceu um pouco de medo, mas não dou à mínima.

─Em breve querida, em breve você a conhecerá.

Deixo-os enquanto abro a geladeira e pego uma cerveja, Victória não perde por esperar nosso reencontro. Estou animado para ver seus olhos brilhantes e sua doce boca.

Estava perto, muito perto de esse dia acontecer, mas não era hora ainda, então o que tenho que fazer era esperar mais um pouco e ver se tudo estava certo com o meu pessoal.

Liberta por Você  Livro III *COMPLETO*Onde histórias criam vida. Descubra agora