León estava parado na porta do quarto completamente confuso com o que estava acontecendo. Não sei o que ele escutou, mas, pela cara que tinha, foi o bastante.
– León, eu posso explicar! – Ludmila procurou se justificar.
– Eu escutei tudo, não preciso de explicação! – Ele respondeu seco.
– Eu não tive a intenção, não dava pra saber que o León escutaria isso!
Em minha defesa sai do quarto e só então comecei a chorar mais. Eu queria silêncio, paz e um momento a sós comigo. Pena que não consegui.
– É mais ele escutou! É como eu disse agora pra você: VOCÊ ESTRAGA TUDO! – Ludmila gritou indo atrás de mim.– Ludmila, eu te peço que pelo menos hoje você me trate como sua irmã, não como sua inimiga! – implorei com lágrimas.
– Devo mesmo tratar a pessoa que acabou comigo por irmã? Eu acho que não, Violetta – ela riu irônica e foi para o seu quarto. Involuntariamente, acabei seguindo-a.
– Você fez de tudo para me magoar, não fez? No fim, conseguiu. Mas eu nunca deixaria de te chamar de irmã e jamais pensaria em te fazer chorar. Mesmo que você me odeie eu ainda sou sua irmã e nada vai mudar isso, nem querendo. Sempre teremos o mesmo sangue.
Sai do seu quarto, batendo a porta e fui para o meu. A porta estava entreaberta, o que não é estranho por que saímos de lá sem dar importância. Ao entrar, vi o estranho: duas embalagens de presente da livraria – obviamente, eram livros – e um buquê de flores acompanhado de um cartão. As flores eram gardênias e isso me fez questionar quem era. Nunca disse a ninguém que gostava dessas flores. Rapidamente peguei o cartão e li:
“Uma vez me disseram que os presentes mais simples são os melhores! Feliz aniversário, princesa!
– León”Era mais uma mentira? Da última vez que recebi um cartão dele acabei me magoando. Dei de ombros. Deixei os livros e as flores em cima da cama. Mas quando me virei para trás, lá estava León.
– O que faz aqui? – Perguntei assustada.
– Vim te ver, ué? Você também é aniversariante! – León respondeu como se fosse óbvio.
– Você quem me trouxe? – Perguntei referindo-me as flores.
– Sim. Me perdoa? – Ele pediu.
– Pelas flores? – Perguntei.– Não, pela carta que você recebeu. Eu não te chamei para ir na minha casa, nem muito menos chamei a Ludmila. Por favor, me perdoa? – León implorou me olhando nos olhos.
Procurei a verdade em seu olhar e lá ela estava insistindo para que eu o perdoasse. Eu sentia que era isso que devia ser feito agora.
– León... Tudo bem, eu te perdoo! – Falei por fim.
– Aquilo que você e a Ludmila estavam conversando era verdade? – Ele perguntou.
– Sim. – Falei baixo, mas acho que ele escutou.
– Não posso acreditar! – León disse passando a mão em seu cabelo.
– Você nunca mais vai querer olhar na minha cara. – Falei com cabeça baixa.
– Violetta...
– Só escuta – pedi.
– Uhum.
– Eu realmente pensei nisso, mas foi porque a Ludmila fez coisas horríveis comigo e sofri muito. Já não aguentava mais chegar na escola e escutar pessoas rindo de mim pelas características absurdas que ela dizia que eu tenho. Ela fazia questão de espalhar tudo sobre a minha vida. Além disso, eu era insultada, humilhada e excluída. Isso machucava e eu só pensava que com a minha mãe ao meu lado seria melhor.
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Um Amor Quase Impossível
Fiksi PenggemarQuando realmente se ama alguém, a única coisa desejada é a sua felicidade, mesmo que não seja você que possa dar. Violetta Castillo sempre viveu pensando mais nos outros que em si mesma, pois foi o que sua mãe disse antes de partir eternamente. E as...