Victória relembra o dia em que Nigel se declarou

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O ônibus da escola estaciona no ponto escolar, Joe meu primo é o único que segue comigo para a escola, Nigel e James tem a sorte de já terem concluído o ensino médio, Nigel estava prestes a seguir para Harvard, iria fazer economia e James ainda estava entre a Columbia e Stanford, já eu e Joe não tínhamos a mínima ideia do que fazer, por um lado sempre gostei de medicina, mas mamãe não estava disposta a abrir mão de mim assim, era sua única filha e de um ano para cá sua saúde estava precária e frágil, já meu pai queria me ver formada, eu insistia que iria para Washington estudar medicina, era minha melhor opção, mesmo assim, mamãe me matriculou na escola de enfermagem, assim eu saberia o que iria querer realmente. Me sentei no fundo do ônibus, Joe sentou-se ao lado de Lauren, sua namoradinha desde o quinto ano, nunca vi um casal tão apaixonado e a mais de três anos juntos, não conversava com ninguém dentro daquele ônibus, a maioria eram crianças e o único que poderia manter um dialogo seria Joe e sua namorada, mas fora de questão, os dois já estavam aos beijos e trocas de palavras carinhosas, olhei para a estrada e os carros que passavam por nós e tive que rir quando vi meu primo Nigel com a pick-up do meu tio Oliver ao meu lado, Nigel me olhava com seu sorriso encantador, era seu modo de me dar bom dia sem levantar suspeitas, acenei discretamente e passei a mão no vidro, sentia sua falta, logo ele acelerou e sumiu de minhas vistas, e relembrei o dia que nos beijamos pela primeira vez.

"Victória?", escuto Nigel me chamando embaixo da minha janela do quarto.

"O que você quer Nigel?", eu estava furiosa com ele, era meu aniversário de quinze anos e ele estragou meu primeiro encontro com Percy.

"Vem!?... Quero te mostrar uma coisa que achei aqui na floresta!", Seus olhos azuis sorriam para mim, era seu modo de pedir desculpas.

Abri a janela e desci puxando um casaco, a noite estava fria e Nigel me ajudou a descer da janela segurando em minha cintura, aquele contato me fez estremecer e ele pegou na minha mão e corremos para as arvores e caminhamos entre elas, rindo e correndo um a traz do outro, Nigel era meu primo mais velho e o que eu mais gostava nele era alegria e divertido e responsável até demais para certos assuntos, ele estava com 17 anos e era um gato, alto e forte, trabalhava na madeireira com meu tio e ajudava a puxar troncos e no final da tarde treinava Jujitsu, mas seu futuro ali estava ameaçado, sua vontade era de se mudar para acidade grande e fazer faculdade e virar um homem importante e cheio de dinheiro. Caminhamos em silencio por um bocado de tempo, ele sorria animado, mesmo escuro eu o via por causa da luz da lua que brilhava no céu, eu estava com o mesmo vestido rodado que tinha posto no final da tarde, meus sapatinhos pretos lustrados e meus cabelos soltos e compridos até a cintura, nem parecia ter 15 anos, minha mãe insistia em me vestir como uma menininha de dez anos e isso as vezes me irritava, Nigel se aproximou mais de mim e pegou em minha mão assim que atingimos uma clareira de pasto verde, bem no meio dela uma toalha estendida no chão e o telescópio que eu tanto queria usar um dia e ele sempre negando, olhei para ele e abri um enorme sorriso.

Amor de Primo (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora