Amor de Primo (COMPLETO)

Nigel volta para casa

No caminho ele foi me contando sobre o que escutou e que estavam fazendo apostas para saber se eu era ou não virgem ainda, aquilo me deixou com muita raiva, se visse Rômulo na minha frente juro que bateria nele, titia abriu os braços e me puxou para seu peito e beijou meus cabelos, era tão bom sentir aquele abraço, amava demais minha tia, fomos puxados para dentro, a mesa para o café da tarde estava posta e descobri que minha mãe estava lá, eu e Joe ficamos em silencio sobre o que ele me contou, Rômulo provavelmente iria bater lá em casa depois da aula, eu tinha ganhado algum tempo para pensar no que fazer, tomamos café e seguimos a conversa animada, Joe praticamente se trancou no quarto e foi estudar, eu fiquei na sala escutando a conversa entre minha tia e minha mãe e assistindo TV, ficamos para o jantar e meu pai se juntou a nós com o tio Oliver, e quando estávamos jantando, James e Nigel chegaram de viagem, foi uma festa, James como sempre era o que mais falava e contava o que tinha acontecido, Nigel me olhava lá da sala, eu fiquei apoiada na pilastra entre a sala de visita e a sala de jantar apenas escutando, minha mãe nos observava de onde estava, era nítido como nos comunicávamos pelo olhar, eu sabia que Nigel iria essa noite me procurar, baixei a cabeça e olhei para meus pés, e foi quando James contou.

"Esse cara aqui conquistou uma modelo loura e linda!", James bateu com a mão no ombro de Nigel e continuou, "Ele sumiu com a garota no meio do pub e só foi aparecer no dia seguinte!".

Meu estomago revirou, meu chão se abriu, eu pelo menos o traí com beijos, mas ele foi com o sexo e isso me deixou muito magoada, olhei para minha mãe, eu senti seus olhos grudados em mim, ela torceu a boca e eu entendi, jamais teria lugar para mim na vida de Nigel, seria sempre assim, eu em segundo plano, desencostei da pilastra e peguei meu material e meus pais se levantaram, nos despedimos e fomos embora.

O choro estava preso na minha garganta, eu queria gritar e descontar em Nigel minha frustração e tristeza, praticamente atravessei a sala rápido e me fechei em meu quarto, mas eu sabia que Nigel iria insistir em falar comigo naquela noite, resolvi tomar um banho e esperei meus pais se deitarem e troquei de quarto, passei a noite toda rolando na cama, mas era melhor assim, ignorar de uma vez por todas meu primo e o amor que sentia por ele, peguei no sono e só acordei com minha mãe se sentando ao meu lado.

"O que foi?... Sua cama não estava boa!?".

A olhei e me sentei na cama e a abracei em prantos, ela sabia o porquê e acariciou meus cabelos e me deu o conforto que eu precisava.

"Posso trocar de quarto?", perguntei assim que me afastei daquele abraço.

"Pode!", ela disse acariciando meus cabelos.

Fui informada de que Rômulo estava a minha espera e parecia chateado, sequei as lágrimas, "Poderia pedir para ele vir até aqui?... Eu realmente preciso ter uma boa conversa com ele!".

Minha mãe respirou fundo, seu rosto dizia que não era uma boa ideia, mas acabou levantando e o chamou, e o trouxe até o meu quarto, Rômulo me olhou desconfiado, mas se sentou na beirada da minha cama e me olhou, eu sequei as lágrimas, estava sensível, minha TPM estava batendo a minha porta, o encarei.

"É verdade que está rolando uma aposta para saber se eu sou ou não virgem?!".

Rômulo abriu a boca surpreso franzindo o cenho e sacudiu a cabeça negando. "Não seria louco de vir até aqui e me apresentar aos seus pais e pedir você em namoro na frente deles, pra depois fazer uma cachorrada desta!".

Rômulo parecia bastante perplexo e convincente, mesmo assim eu o olhei de lado e estreitei meus olhos e confessei, "Se o intuito de estar comigo é esse, então fique sabendo que não sou mais virgem... Então pode espalhar para seu amigos a noticia!".

"Para com isso Victoria!", Rômulo levou a mão aos meus cabelos e acariciou, "Eu estou aqui por que gosto de você e quero namorar você!".

"Estamos juntos então?". O encarei.

"Sim!... Nunca te trairia desta forma!", seu sorriso foi triste e eu pulei em seu pescoço e o abracei com força, grata por saber que era por mim.

Tomei um banho rápido e mal tomei o café por estar atrasada e saímos para a escola, fui agarrada ao seu peito enquanto ele dirigia, seu perfume era cítrico e eu adorava sentir aquele cheiro, ele beijou o topo da minha cabeça várias vezes e parecia grato por estar comigo, e o dia foi assim, cheia de carinho e beijos longos, na saída fomos para o shopping novamente tomar sorvete, passeamos e na saída, demos de cara com Nigel, James e Joe entrando, os três estavam rindo e pareciam bem descontraídos, mas Nigel assim que me viu agarrada na cintura de Rômulo se desfez do sorriso e nos encarou, Rômulo ainda o cumprimentou debochadamente, o soco que levou não adiantou de nada, ele tinha me conquistado, paramos e fiz as apresentações, Joe ainda demorou para apertar sua mão, já James como sempre simpático e alegre ainda o puxou para um abraço.

"Vamos ter mais um homem no sofá da sala para discutir sobre futebol!", disse James dando tapas no braço de Rômulo.

"É isso mesmo!", Rômulo foi simpático.

"Este é meu primo Nigel, ele é o mais velho de todos!", disse quase não o encarando.

Rômulo estendeu a mão, "O homem do soco de direita!", ele passou a mão pelo queixo e sorriu malicioso, "Devia lutar Box!".

"Eu luto jiu jitsu e vale tudo!", Nigel segura sua mão com força encarando-o nos olhos e ainda segura bem seu antebraço, "Se quiser fazer um treino é só aparecer na academia do Jesse!".

"Boa!... Me falaram desta academia!", Rômulo se soltou do aperto de mão e me puxou pela cintura me colocando ao seu lado, joguei meus cabelos para traz e apoie a mão no peito dele, um modo claro de obsessão por aquele corpo.

"Vocês estão indo para onde?", perguntou James.

"Para casa!... Tenho dever para fazer e Rômulo também!".Sorri sarcástica.

"Nos vemos depois então!", disse Nigel me encarando, não respondi e fiz meu namorado andar e saímos do shopping.