Nigel Tenta levar Victória com ele

1K 125 18
                                    

Na hora do intervalo me dirigi até a quadra da escola, eu tinha educação física, entrei no vestiário, e as cinco meninas que eram loucas por Rômulo fizeram uma roda a minha frente, todas de braços cruzados, na hora já pensei no meu modo de ataque que Nigel me ensinou se alguém tentasse me bater ou me pegar a força, as encarei sem temer ninguém, Sophia foi a primeira a falar.

"Você merece levar uma surra sabia!?".

"Não!... Pelo que eu sei, Rômulo é solteiro e não estava namorando com ninguém de vocês!".

"Ele estava comigo e você deu em cima dele!", Sophia veio para cima de mim e praticamente ficamos nos olhando, ela arfava de raiva, eu me mantive calma. "Você é uma vadia que merece levar uma surra!".

Sophia desfere um tapa no meu rosto, praticamente girei por ter sido forte, mas ao mesmo tempo lhe dei uma rasteira e pulei sobre ela e a imobilizei puxando sua camiseta e a estrangulando de leve.

"Se encostar a mão novamente em mim... Eu juro que quebro seu pescoço!", á soltei e fiquei de pé, arrumei minha camiseta, Sophia me olhou com a mão no pescoço e tossindo sem parar, as outras garotas se afastaram, "Fui criada com três primos e que entendem bem de luta!".

Peguei meu par de tênis no chão e saí para a quadra, sabia que da li até o final do ano ou enquanto estiver com Rômulo as coisas ficariam feias para o meu lado.

No fim de semana Rômulo me levou para o clube da cidade e me deliciei na piscina e com seu corpo malhado e musculoso, Rômulo era um belo homem só de sunga e me deixou com um tesão enorme, ri muito, era engraçado e animado e me jogou na piscina várias vezes, ate que sossegou na espreguiçadeira e ficamos tomando sol de mãos dadas.

"Quer ir comigo visitar o Grand Canyon?", ele sorriu para mim e apertou minha mão.

"Quando?!", fiquei animada.

"Nas férias!... Estava pensando em alugar um motorhome e fazer a viagem até lá e depois curtir aquele local, uma semana só escalando e contemplando a vista!".

"É um sonho!", disse sorrindo, "Eu aceito ir com você!".

Rômulo respirou fundo satisfeito.

À noite nos juntamos na sala de TV jogando vídeo game, era uma festa e nunca pensei que teria um adversário a altura, eu e ele gritávamos como dois loucos e nos divertimos e muito até tarde da noite, minha mãe já tinha se recolhido e meu pai cochilava na outra sala com o jornal no colo, nos agarramos ali mesmo e nos beijamos e muito, me sentei em seu colo, montada nele, suas mãos acariciavam minhas costas e o desejo um pelo outro era palpável, eu o queria e ele também me queria, faltava apenas três comprimidinhos para terminar a cartela e eu estava louca para fazer amor, Rômulo era uma delicia de se apertar, mas tivemos que nos desgrudar antes de cometermos uma loucura ali mesmo, deixei que se acalmasse e o levei até a porta e de lá nos despedimos, fiquei na soleira da varanda esperando que Rômulo entrasse no carro e saísse da propriedade, quando se distanciou e me virei, Gritei de susto e quase caí da escada, Nigel estava a traz de mim.

"Cale a boca sua maluca!", Nigel se agacha.

"O que você quer aqui!?", perguntei olhando pela porta para ver se meu pai tinha acordado.

"Preciso falar com você!", pede ele me pegando pelo pulso.

Eu lutei para não ir, "Me larga Nigel... Você está maluco!", falei baixinho, mas ele continuou me puxando.

"Nigel!", nós dois paramos de repente, minha mãe estava a traz de nós, estávamos praticamente descendo as escadas.

Nigel fechou os olhos e soltou o ar pela boca, mas não soltou minha mão.

"Eu só preciso me explicar Tia!", disse ele me olhando, "Me deixa conversar pelo menos mais uma vez com ela".

Sua voz era tremula, e eu sabia!... Minha mãe foi tirar satisfações, a olhei pelo meu ombro.

"Não tem mais nada o que conversar e o que você fez foi muito errado!".

"Não sou o único culpado aqui!", disse ele a encarando, mas ainda segurando meu pulso, subiu os degraus e me pôs a traz dele, "Eu vou levar Victória comigo e vou me casar com ela!... Eu dei a minha palavra!".

"Não mocinho!... Seu lugar é em Nova York e bem longe da minha filha!", Minha mãe o peitou, "Ela não sai daqui nem morta!".

"Você esta jogando sua infelicidade na sua filha, tia!", Nigel não se intimida.

"Nos deixe em paz Nigel!... Ou eu vou ter que contar tudo a sua mãe!".

Nigel sacudiu a cabeça e começou a arfar, "Tia!... Por favor!?... Me deixa falar com ela pela ultima vez!", ele a olhou, seus olhos estavam unidos, mesmo assim minha mãe não cedeu, pegou em sua mão e o fez me soltar e me puxou, praticamente me jogando porta a dentro de casa e fechou a porta de tela.

"Nigel!... Vá fazer sua faculdade e construir seu futuro com outra mulher... Você é bem capaz de ter uma vida linda e deixe que Victória construa a dela e com esse rapaz que tem demonstrado o quanto gosta dela e pode dar um futuro brilhante!".

"Esse cara não presta tia!... Todos na cidade de Martinsville sabe que ele é um canalha!... Ele sai daqui e vai para casa de qualquer uma que lhe dá atenção!", Nigel estava visivelmente irritado, "Eu amo Victória desde os meus dezesseis anos... Eu posso fazê-la feliz!".

"Vá embora Nigel e esqueça a minha filha de uma vez por todas!", minha mãe fala entre os dentes e cruza os braços.

"Você ainda vai ver Victória se afundar em uma vida que ela não quer!".

Nigel seca as lágrimas e me olha, eu estava grudada na tela de proteção da porta escutando tudo, "Eu vou estar te esperando na rodoviária amanhã Victória!".

Nigel vira as costas e sai, minha mãe respira fundo e me olha, "Se der um passo fora desta casa amanhã, eu juro que viro as costas para você e nunca mais terá meu apoio para nada... E nem de seu pai!".

Minhas lágrimas se transformaram em ódio, entrei para dentro de casa e me tranquei, era a ultima vez que via Nigel, provavelmente quando voltasse, já não seria mais o mesmo, ele estaria entrando em outro mundo completamente diferente, me joguei na cama e deixei que partisse, eu não podia ir a traz, minha mãe precisava de mim e eu tinha Rômulo agora e não podia quebrar seu coração, me cobri e deixei o dia amanhecer, as vezes escutava passos pela casa, provavelmente minha mãe passou a noite me vigiando e ficando a espreita para eu não fugir, acabei dormindo vencida pelo cansaço.


Amor de Primo (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora