Rômulo pede Victória em namoro

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Já estava escurecendo quando Rômulo me levou para casa, e fez questão de descer e se apresentar, (imaginem minha cara de desgosto), nunca levei nenhum colega da escola em minha casa, assim que desci do carro, meus pais se colocaram na soleira da porta e cruzaram os braços, Rômulo apertou os passos para me alcançar, o olhei e revirei os olhos, estava crente que iria levar uma bronca, mas Rômulo logo foi se apresentando, subindo os degraus e estendendo a mão para meus pais.

"Boa Noite!... Peço desculpas em trazer Victória há essa hora para casa, mas é que a convidei para tomar um sorvete no shopping!", ele apertou a mão de meus pais e sorriu e me puxou para ficar ao seu lado, praticamente passou a mão na minha cintura, meu sorriso saiu tímido, eu estava constrangida, "Meu nome é Rômulo e também estou no ultimo ano!".

"Por que não entra e janta conosco!?", pergunta minha mãe sendo amável.

Revirei os olhos novamente, contrariada, queria que desce meia volta e fosse embora, Rômulo bateu as palmas e me olhou. Sorri, mas não disse nada, "Tá!... Eu aceito!".

Entramos e ele reparou no tamanho da casa, meu pai já foi pegando duas cervejas na geladeira todo animado, eu e minha mãe fomos para a cozinha terminar de preparar o jantar, os dois se sentaram no sofá e meu pai contou como construiu a casa e o tempo que demorou para levanta-la, eu praticamente nasci na casa da minha tia Ema e só fui morar naquela casa quando completei seis meses de vida, logo de cara os dois se deram muito bem, minha mãe me cutucou me tirando da atenção da conversa.

"O que rola entre vocês dois!?", ela sorria animada enquanto colocava o bolo de carne no forno para esquentar.

"Nada Mãe!... Ele quer namorar, mas eu não quero!", disse pegando os pratos da prateleira.

"E por que não?... Ele é um gato!", disse minha mãe, baixinho e piscando para mim.

"justamente por isso!... É bonito demais e as meninas da escola vivem penduradas no pescoço dele!".

Rômulo deu um gole na cerveja e me olhou com os olhos sorridentes, se sentia em casa o rapaz, respirei fundo e coloquei os pratos na mesa e arrumei com os talheres e os guardanapos e voltei para a cozinha sem olhar para aqueles dois homens falando sobre futebol, ah!... Isso era irritante.

"Eu não vejo problema!... Essas meninas vão ver que agora tele tem namorada e vai se distanciar!", minha mãe pegava os copos da prateleira, eu a encarei e coloquei as mãos na cintura e estreitei os olhos.

"Mãe!... Eu sou ciumenta e isso não vai dar certo!... Vai por mim!".

Peguei os copos e levei para a mesa, logo minha mãe veio com a travessa de salada e legumes cozidos e voltou para pegar o bolo de carne e eu fui em busca do suco e voltamos para a mesa e minha mãe chamou os dois para se juntar a nós, Rômulo se apreçou e puxou a cadeira para mim e eu sentei me sentindo uma perfeita idiota, logo ele se juntou ao meu lado e sorriu pegando o guardanapo e colocando no colo sem tirar os olhos de mim.

"Corine!... Lembra quando nossa filha disse que teve um beijo roubado!?".

Meu coração gelou, "Pai!". Disse em protesto e chacoalhei a cabeça, "Que deselegante!", bufei, Rômulo riu e passou a mão no queixo.

"Então!... Foi o jovem aqui e ele pediu a permissão para namorar a nossa filha!", meu pai abriu um largo sorriso.

"Acho que quem tem que ser perguntada se quer namorar ou não sou eu!", arregalei os olhos e Rômulo pegou em minha mão.

"Quer namorar comigo Victória!?", seus olhos de jabuticaba brilharam, minha mãe escorregou na cadeira como se estivesse vendo um filme romântico, comecei a gargalhar, cheguei a por a mão na boca para tentar conter o riso.

Amor de Primo (COMPLETO)Onde histórias criam vida. Descubra agora