24 - Doce Enfermaria

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-Use o menino... Use o menino... -Foi a primeira coisa que Olívia ouviu quando acordou, forçando seus olhos a se abrirem. Estava novamente presa à cadeira.

Quirrell voltou-se para Harry.

-É... Potter, vem cá.

Olívia não entendeu. Ela forçou os olhos a se abrirem e foi quando viu que Harry estava lá. Cordas também o prendiam, mas, quando Quirrell as soltou, ele se levantou rapidamente.

-Vem cá. -Repetiu Quirrell. -Olhe no espelho e me diga o que vê.

Harry foi até ele. Fechou os olhos, adiantou-se para se postar na frente do espelho, e tornou a abrí-los.

"Minta. Minta. Minta"

-E então? -Perguntou Quirrell, impaciente. -O que é que você está vendo?

-Estou me vendo apertando a mão de Dumbledore. Ganhei... o campeonato das casas
para Grifinória.

Quirrell xingou outra vez.

-Saia do meu caminho. -Disse. Quando Harry se afastou, seu olhar encontrou o de Olívia e ele piscou, atônito, ao ver que ela estava acordada.

Mas não dera cinco passos quando uma voz alta falou, embora os lábios de Quirrell não estivessem se mexendo.

-Ele está mentindo... Ele está mentindo...

-Potter, volte aqui! -Gritou Quirrell. -Diga-me a verdade! O que foi que você acabou de ver?

-Deixe-me falar com ele... cara a cara...

-Mestre, o senhor não está bastante forte!

-Estou bastante forte... para isso...

Olívia novamente se debateu contra as cordas, mas, novamente, foi inútil. Quirrel ergueu os braços e começaou a desenrolar o turbante, que logo caiu. Harry não gritou quando viu o que estava por baixo do tecido. Na verdade, ele parecia paralisado.

-Harry Potter... -Falou o rosto de Voldemort. -Está vendo no que me transformei? Apenas uma sombra vaporosa... Só tenho forma quando posso compartir o corpo de alguém... mas sempre houve gente disposta a me deixar entrar no seu coração e na sua mente... O sangue do unicórnio me fortaleceu, nessas últimas semanas... você viu o fiel Quirrell bebendo-o por mim na floresta... e uma vez que eu tenha o elixir da vida, poderei criar um corpo só meu... Agora... por que você não me dá essa pedra no seu bolso?

Quando eles saísse dali, se saíssem, a primeira coisa que Olívia perguntaria era que diabos de pedra era aquela.

-Não seja tolo. -Rosnou Voldemort. -É melhor salvar sua vida e se unir a mim... ou você e sua irmã terão o mesmo fim dos seus pais... Eles morreram suplicando piedade...

-MENTIRA! -Gritou Harry inesperadamente.

Quirrell estava andando de costas. Voldemort sorria.

-Que comovente... Sempre dei valor à coragem... É, menino, seus pais foram corajosos... Matei seu pai primeiro e ele me enfrentou com coragem... mas sua mãe não precisava ter morrido... estava tentando protegê-lo... Agora me dê a pedra, a não ser que queira que a morte dela tenha sido em
vão.

-NUNCA!

Harry saltou para a porta em chamas, mas Voldemort gritou:

-AGARRE-O!

-NÃO! -Olívia berrou.

E, no instante seguinte, Quirrel puxou Harry pelo pulso, mas o bruxo soltou tão rápido quanto tinha segurado. Quirrell estava se dobrando de dor, examinando os dedos que se enchiam de bolhas, diante dos seus olhos.

OLÍVIA POTTER [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora