OLÍVIA POTTER [1]

8 - O Beco Diagonal

Olívia acordou empolgadíssima no dia seguinte, mal podia esperar para comprar os materiais da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, como George prometera antes de dormirem. Vez ou outra se beliscava para se certificar de que não era sonho nenhum.

-Bom Dia! -Jessica cumprimentou-a assim que sentou-se à mesa para tomar o café da manhã.

De repente, a mulher pegou a varinha do bolso da calça e a sacudiu sobre a mesa, que se encheu de comidas deliciosas. Olívia observou a cena com espanto.

-Ah, desculpe. É que nunca usávamos magia na sua frente, isso porque você não sabia a verdade, mas agora que sabe...

-Tudo bem, pode usar sua magia à vontade. -Disse, rindo.

George desceu as escadas com a mesma preguiça de sempre e sentou-se ao lado dela.

-Vamos hoje ao Beco Diagonal comprar seus materiais. Está ansiosa?

-Ah... Não, imagina. -Brincou, fazendo-o sorrir.

-Em que casa gostaria de ficar? -Perguntou Jessie, curiosa.

-Talvez Grifinória. -Respondeu, orgulhosa, lembrando da discussão que tivera na noite anterior consigo mesma pra decidir isso. -Era a Casa dos meus pais, não era?

-Era, sim.

Eles tomaram café e foram se preparar para ir ao Beco Diagonal; tudo parecia tão mágico e ela gostava disso. Havia um mundo que os trouxas não podiam ver, um mundo diferente, havia magia nele e ela fazia parte daquele mundo, seus pais fizeram parte dele e seu irmão fazia também. Era simplesmente surreal.

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Jessie e George a levaram para o Caldeirão Furado, um pub e hospedaria bruxo bastante popular, segundo eles, por onde passaram até chegar a um paredão de tijolos expostos com um latão de lixo encostado.

-Nossa que legal! Uma parede. -Comentou a menina com ironia, olhando para os dois adultos ao seu lado, que estavam com uma expressão divertida. -Há paredes lá em casa, sabiam?

George tirou a varinha do casaco e tocou os tijolos em uma sequência estranha: três para cima e dois para o lado, tomando como referência a lata de lixo.

-O que você...? -Ela não concluiu a pergunta. Antes que pudesse, os tijolos começaram a se reposicionar, abrindo um pequeno buraco. Então se expandiu mais e mais até abrir um grande arco.

-O que você estava dizendo, pirralha?

Olívia não acreditou acreditou de primeira no que estava vendo. Sua atenção foi chama por uma um morcego numa vitrine, ao seu lado havia várias corujas de espécies e cores diferentes, então viu uma loja que parecia ser a livraria do lugar. Floreios e Borrões. Logo mais à frente havia caldeirões de todos os tamanhos, feitos de Cobre, Latão, Estanho e Prata, como dizia o letreiro. Não sabia se precisaria de um, a única matéria que sabia que existia em Hogwarts era Feitiços, as outras teria que aprender com o tempo.

-Por que aqueles garotos estão se espremendo para ver uma vassoura?

-Por Merlim! Não te contei sobre a parte mais incrível de ser um bruxo! Quadribol. -George exclamou.

-Não é a parte mais incrível. -Jessica discordou.

-Claro que é!

-O que é Quadribol?

-É o mais irado dos esportes, nele você...

-George, pode contaminá-la com sua doença depois. Gringotes, está lembrado? -Jessica riu.