27 - Tempo Perdido

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O Salão Comunal da Grifinória era um aposento redondo cheio de poltronas fofas com uma lareira e carpetes, além de uma grande mesa de estudos e um quadro de avisos. Não era tão sofisticada quanto o da Sonserina, mas era definitivamente mais acolhedor, ao menos para ela. No alto de uma escada em caracol – à esquerda – encontraram finalmente suas camas: cinco com reposteiros de veludo vermelho-escuro. Estranhamente, suas malas junto a todos os seus pertences já estavam lá quando estavam lá chegou.

-Cinco camas. -Observou Hermione assim que entrou no dormitório, sentando-se em sua cama. -Estranho. Enfim, vamos dividir com Parvati Patil e Lilá Brown, elas são melhores amigas e vivem fofocando, então, felizmente, eu fico de fora na maior parte do tempo.

Olívia e Audrey riram, sentando cada uma em sua respectiva cama. As colegas de quarto das três chegaram minutos depois, lançando olhares estupefatos a Olívia.

-Você é mesmo Olívia Potter? -Parvati perguntou, admirada. -Uau! Incrível. Bom, é um prazer, sou a Parvati e essa é a Lilá.

-É muito inconveniente perguntar como você está viva? -Lilá Brown perguntou.

-Não que eu me importe. E eu também não sei, quando descobrir te conto.

Então, exaustas do dia cheio, as garotas foram dormir. Nas semanas que se seguiram para o fim do semestre Olívia buscou se atualizar ao máximo sobre tudo o que havia perdido, que havia sido muito conteúdo e, mesmo com a ajuda de todos os seus amigos, ainda teria de estudar nas férias para recuperar. No lugar dos exames, os professores decidiram aceitar sessenta centímetros de pergaminho sobre dois de quaisquer assuntos que eles tivessem dado no período em que ela estava fora, o que a ajudou a conseguir boas notas. Depois da noite fatídica em que houve a segunda seleção e a cerimônia da Taça das Casas, foi difícil para Olívia voltar a falar com Draco, já que ele aparentemente se sentirá muito ofendido com as pequenas omissões da parte dela.

-Me deixa em paz, Potter. -O garoto disse em uma de suas tentativas.

-Não me chame de "Potter" como se eu fosse sua inimiga. -Reclamou. -Eu não podia te contar, Malfoy, pare de ser tão sensível.

-Por que você não sai da minha frente e volta para os seus novos amiguinhos, hein?

-Porque você também é meus amigo e, diferente de você, eu sei socializar com pessoas de outras Casas. -Disse, fazendo-o se calar. -Somos amigos, você sabe disso, não seja tão idiota.

-Você mentiu e eu sou idiota?

Então ele a contornou para continuar seu caminho, mas Olívia segurou seu braço.

-Eu não podia contar e não me arrependo de ter contado. Se quer ficar com raiva disso, tudo bem, vá em frente, mas você está sendo infantil. Eu não sou meu irmão, se não consegue entender o problema é seu.

Não foi uma conversa bonita, mas depois disso as coisas entre eles começaram a se acalmar aos poucos, principalmente quando ele se ofereceu para ajudá-la com Poções.

-Só para deixar claro: o fato de você ser irmã dele não significa que eu vou ser legal com eles. -Draco disse numa tarde, fazendo-a rir.

-Nunca esperei isso de você, Draquinho. -Disse ela sorrindo.

de repente, seus guarda-roupas ficaram vazios, os malões arrumados, o sapo de Neville foi
encontrado escondido em um canto do banheiro; as notas foram entregues a todos os alunos, com o aviso matinal que não fizessem bruxarias durante as férias ("Eu sempre tenho a esperança de que eles se esqueçam de entregar as notas e o aviso" – lamentou Fred Weasley); Hagrid estava a postos para levá-los à flotilha de barcos que fazia a travessia do lago; e, no momento seguinte, estavam embarcando no Expresso de
Hogwarts; conversando e rindo à medida que os campos se tornavam mais verdes e mais cuidados; comendo feijõezinhos de todos os sabores enquanto atravessavam as cidades dos trouxas; trocando as vestes de bruxos pelos blusões e paletós; parando na plataforma nove e meia na estação de King's Cross.
Levou um bom tempo para todos desembarcarem na plataforma. Um guarda muito velho estava postado na saída e os deixava passar em grupos de dois e três para não chamarem atenção ao irromper todos ao mesmo tempo por uma parede sólida, assustando os trouxas.

OLÍVIA POTTER [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora