Capítulo 4

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Mais um porque vocês merecem <3

Ahh e desculpem a ausência de fotos...minha internet infelizmente não colabora.

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Samara

Uma cochilada de duas horas depois, eu era a face de minha própria raiva. A Samara de sempre, moldada a mocinha do filme de terror, disposta a alfinetar quem quer que ouse dirigir a palavra a mim com uma ponta que seja de alguma coisa que eu considere ofensivo e/ou perigoso.

Motivo?

Erick.

Ele que não apareça na minha frente.

Terminei de arrumar a mala e aproveitei para pedir mais um lanche. Em duas horas de relógio eu teria que me apresentar no saguão para o check out do hotel onde junto com os meus colegas de trabalho, irei ao aeroporto e voltar pra "casa".

Depois de encher a barriga e me sentir segura, tomei banho, coloquei minha farda, arrumei meu cabelo em um coque bem preso e decidi descer.

Pelo visto eu estava atrasada, todo mundo estava a postos.

Inclusive ele.

Eu não o olhei mais do que aos outros. Fui até a recepcionista e dei baixa na minha reserva entregando o cartão chave.

Quando eu terminei todo mundo foi seguindo até a porta. Eu me mantive no fundo do grupo, andando mais devagar que todo mundo. Ninguém se atreveu a se dirigir a mim para trocar palavras e eu agradeci.

Subi no ônibus na frente atropelando o trio de sem cérebro e me sentei no fundo.

Em algum momento, olhei pra frente e foi inevitável não ver Erick entrando e procurando um lugar. Ele me fitou com meia dúvida, abriu a boca como se fosse dizer algo, mas não se atreveu, talvez por eu ter virado e encarado a janela.

Mantive minha mente ocupada até o momento em que os passageiros estavam prestes a entrar no avião e eu precisava recebe-los com cortesia, sorriso no rosto. Eu fiz o melhor que pude.

Um senhor que parecia ter seus 70 anos tentava a todo custo que eu me abaixasse sempre que ele queria dizer uma coisa na desculpa de que era meio surdo, mas eu vi que ele queria observar meu decote que por sinal estava bem fechado.

Ele não teve sucesso comigo então na quarta vez chamou a ruiva que havia se "pegado" com Erick no banheiro.

Eu não prestei atenção, mas tinha quase certeza que com ela o velho teve sucesso.

Voltei a cozinha quando todo mundo decidiu que era hora de descansar, não de encher o saco das aeromoças.

Me sentei em um banquinho. Eu estava sozinha. A fome bateu, coloquei uma daquelas marmitas no micro-ondas para esquentar e fui na geladeira escolher uma bebida.

Teríamos muitas horas pela frente e eu torcia para que o piloto não aparecesse por aqui.

E ele não apareceu durante toda a viagem.

Quando pisamos em nossa terra, mais uma vez eu não falei com ninguém e me mandei.

A semana se passou longa e chata.

Eu pude observar que pra minha felicidade eu não o vi mais. Eu tinha mesmo que agradecer por isso, de verdade. Mas o estranho é que parecia que o homem tinha sumido.

A fugitiva perfeita - DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora