Saio em disparada para o elevador. Aperto o botão um, pois o meu carro está na garagem subterrânea.
Creio que quebrei todas as leis.
E as lembranças vem em minha cabeça sem autorização quando abro a porta e me deparo com Anne.
— O que você está fazendo aqui?
— O que essa piranha está fazendo aqui?
— Fala direito com a minha filha! Ela tem seus motivos, foi ameaçada. Fez isso por amor a você; iam te matar.
— Por favor, amor. Me escuta. Iam te matar.
— Ah, para.
Dou um sorriso irônico.
— Solte a minha filha!
Ela cai de joelhos.
— Filha!
— Não tem amor?
Saio da sala de espera. E no corredor me deparo com Jacke.
— Amigo! Posso te explicar.
Dou um soco em cheio em sua cara.
E uma batida me tira dos meus pensamentos. Não sei se dou graças aos deuses ou lamento não ter morrido.
Saio do carro. Graças aos Deus minha Ferrari está intacta, pois é blindada. Olho e vejo uma lata velha com a parte traseira toda danificada.
— Olha o que você fez!? — ouço uma voz de mulher. Viro-me para ver se ela se machucou.
— Está bem? —pergunto.
— Estou, mas meu carro não. Está cego!? Não é possível que não esteja vendo!
E essa lembrança volta a me assombrar.
Pego duas doses. Para ver se irá dar o efeito imediato.
Só me faltava essa, meu melhor amigo com pena de mim.
— Não quero. Estou bebendo. Não está vendo!? Está cego!?
— Sim, estou vendo. Pare de beber isso não ajudará.
— Vá embora. Não quero sua opinião, muito menos sua ajuda. Você também transou com Anne? Você é um imbecil, inútil por isso sua mãe te deixou. Não quero olhar para essa sua cara de coitado. Saia daqui agora!
— Eu não merecia isso. Nos momentos em que mais precisou, como esse, eu estava ao seu lado. E nós dois sabemos que isso com a minha mãe não é verdade. Mas tudo bem, já estou indo.
— Desculpe-me. O que a me?... — Olho para a garota em minha frente com uma saía amarela como a cor de seu fusca, e com a blusa cinza com girassóis vermelhos com o botão laranja e o cabelo verde com dois palitos.
Não me contive. Começo a rir.
— Que foi? Tem alguma palhaça aqui? — fala, revoltada.
— Tem. Você!
— Vou te processar — continua – vou tirar tudo que você tem.
— Me desculpe – me recomponho. – Darei um novo em folha para você. — Digo, agora sério.
— Sério? — pergunta ela sorridente.
–Sério.
— Olha, não brinque comigo.
—Pode ligar para o meu advogado. — Dou o cartão com os meus dados. — Ele marca uma audiência.
— Ok.
Entro no carro e vou para casa. Hoje foi um dia cheio. Muito cheio!
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VOLTANDO A AMAR¹ [concluído]
RomanceDepois que seu coração se esfria e qualquer pingo de sentimento se vai, a vida de Leonardo não é a mesma. Conflitos internos, inseguranças, raiva. Como é possível passar por esses obstáculos e voltar amar? Uma coisa sabemos, não será tão fácil! ⚠️Co...