»Capítulo Três«

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A porta do elevador abre. Vou em disparada, chegando ao balcão onde o porteiro fica. Ele me olha sorridente.

— Olá, senhor Mikaell. Como foi? Ela gostou, né!? Os presentes até ficaram com ela!

Olho-me e percebo que deixei cair tudo. Porteiro intrometido.

— Vá se foder! — esbravejo. E Logo após saio andando.

Chego à grande porta de vidro do hotel. A porta do elevador se abre e aproveito para olhar dentro, curioso.

— Por favor, Léuzinho; Lêlê! Amor...

Que diabos fui olhar? Mas que porra!

Paro no meio da calçada e viro para olha-la.

— Há quanto tempo? — Pergunto com os olhos fechados e abrindo-os logo em seguida.

— O quê? — Ela responde, cínica.

Falsa!

— Fala, Anne. — Digo num tom calmo.

— Érrr... Ahhh... — gagueja.

— Fala, caralho!

— Érr, três ano... no... três anos! — Ela fala com os olhos fechados.

— Vadia. — Pego-a pelos cabelos inclinando-a para trás.

- Por favor! Vo... você... está me... me... Machucando! — diz ela com lágrimas nos olhos.

Solto o seu cabelo e ela cai de cara no chão. Depois de alguns segundos ela levanta o rosto virando e me encarado com os cabelos desgrenhados na face. Vejo sua boca sangrando e a testa ralada, escorrendo um pouco de sangue no lado esquerdo.

— Não vou sujar minhas mãos com uma cachorra como você! Piranha! Vá botar uma roupa decente. Bom, isso nem é uma roupa, é um lençol. — Digo com desprezo, já dando as costas e saindo.

Só consigo sentir nojo dela.
Percebo que Ericke já pedira um táxi, pois já estava dentro me aguardando. Ele dá o endereço e caímos na estrada. Percebo que estamos indo para a minha casa.

VOLTANDO A AMAR¹ [concluído] Onde histórias criam vida. Descubra agora