»Capítulo Seis«

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Chego no hospital em 5 minutos. Graças à minha Ferrari. Estaciono o carro na garagem que fica no subterrâneo. Entro no elevador e pressiono o botão três. Depois de alguns segundos chego ao centro de atendimento.

— Vim aqui para saber em que quarto o Ericke está — falo, arrogante.

-— Ah, sim Sr. Mikell. Está no décimo terceiro andar, na sala oitenta e seis. — Explica.

— Bom dia, Sr. Mikell — ela diz quando eu já estava entrando no elevador. Olho-a com olhar de reprovação. Percebo que fica sem ação e se arrepende.

Sim, o antigo Leonardo morreu! O ingênuo, bom e sorridente Leonardo morreu ontem. Entro no elevador e espero chegar ao andar desejado. Depois de virar à esquerda ouço o sr. Mikell falar:

— A situação dele é delicada. O caminhão de carga estava em alta velocidade.

— Sim, Dr. Mikell. Conseguimos fazer a cirurgia local. O problema é a perna esquerda; fraturou em seis lugares diferentes — diz uma mulher que não reconheço pela voz. — O melhor a fazer — continua— é amputar...

— Bem, Dra. Vivian, não vamos tomar decisões precipitadas. Traga todos os exames e todos os papéis enquanto acalmo a família Zambaarír.

— Sim, doutor. — A tal mulher, conhecida como Dra. Vivian, sai em retirada virando à direita.

— Sr. Mikell! — Chamo-o.

— Sim, meu filho! Como está? Vimos aquela barbaridade. Aquela safadeza.

Ah, meu filho... — diz ele me abraçando.

A vontade que tenho é de desabar em lágrimas. Mas não. Agora mais do que nunca tenho que ser forte. Afasto-me do seu abraço.

— Como está Ericke?  — pergunto já sabendo a resposta. Mais para não o responder. Pois, não quero falar sobre isso.

— Ah, filho — diz ele com um sorriso fraco — se recuperando, está bem melhor.

— Mentira. Digo. — Ouvi tudo; toda a sua conversa com a tal mulher.

— Você estava bisbilhotando, Leonardo? — pergunta com um certo espanto.

— Não, estava virando para ir ao quarto do Ericke e escutei.

Ele passa a mão na cabeça, sua expressão muda. Tira os óculos de bordas preto revelando seus olhos azuis.

— É, a situação é delicada.

Ouço a sra. Mikell me chamar.

— Filho. — Soa como uma pergunta.

Vejo-a correr de braços abertos. Está com sua blusa azul escuro e calça marrom de sapatilha da mesma cor.

— Ligamos mais de oitocentos trilhões de vezes. Aonde esteve?

— Estou bem, sra. Mikell. Me leve até o quarto de Ericke. — Falo laconicamente.

Ela me encara com uma expressão de Ericke "cadê meu filho?"

É, mudei.

Ela faz bilhões de perguntas, mas não entendo nenhuma. Abro a porta e me deparo com Anne.

— O que você está fazendo aqui? — pergunta a sra. Mikell encarando-a.

VOLTANDO A AMAR¹ [concluído] Onde histórias criam vida. Descubra agora