Chego no hospital em 5 minutos. Graças à minha Ferrari. Estaciono o carro na garagem que fica no subterrâneo. Entro no elevador e pressiono o botão três. Depois de alguns segundos chego ao centro de atendimento.
— Vim aqui para saber em que quarto o Ericke está — falo, arrogante.
-— Ah, sim Sr. Mikell. Está no décimo terceiro andar, na sala oitenta e seis. — Explica.
— Bom dia, Sr. Mikell — ela diz quando eu já estava entrando no elevador. Olho-a com olhar de reprovação. Percebo que fica sem ação e se arrepende.
Sim, o antigo Leonardo morreu! O ingênuo, bom e sorridente Leonardo morreu ontem. Entro no elevador e espero chegar ao andar desejado. Depois de virar à esquerda ouço o sr. Mikell falar:
— A situação dele é delicada. O caminhão de carga estava em alta velocidade.
— Sim, Dr. Mikell. Conseguimos fazer a cirurgia local. O problema é a perna esquerda; fraturou em seis lugares diferentes — diz uma mulher que não reconheço pela voz. — O melhor a fazer — continua— é amputar...
— Bem, Dra. Vivian, não vamos tomar decisões precipitadas. Traga todos os exames e todos os papéis enquanto acalmo a família Zambaarír.
— Sim, doutor. — A tal mulher, conhecida como Dra. Vivian, sai em retirada virando à direita.
— Sr. Mikell! — Chamo-o.
— Sim, meu filho! Como está? Vimos aquela barbaridade. Aquela safadeza.
Ah, meu filho... — diz ele me abraçando.
A vontade que tenho é de desabar em lágrimas. Mas não. Agora mais do que nunca tenho que ser forte. Afasto-me do seu abraço.
— Como está Ericke? — pergunto já sabendo a resposta. Mais para não o responder. Pois, não quero falar sobre isso.
— Ah, filho — diz ele com um sorriso fraco — se recuperando, está bem melhor.
— Mentira. Digo. — Ouvi tudo; toda a sua conversa com a tal mulher.
— Você estava bisbilhotando, Leonardo? — pergunta com um certo espanto.
— Não, estava virando para ir ao quarto do Ericke e escutei.
Ele passa a mão na cabeça, sua expressão muda. Tira os óculos de bordas preto revelando seus olhos azuis.
— É, a situação é delicada.
Ouço a sra. Mikell me chamar.
— Filho. — Soa como uma pergunta.
Vejo-a correr de braços abertos. Está com sua blusa azul escuro e calça marrom de sapatilha da mesma cor.
— Ligamos mais de oitocentos trilhões de vezes. Aonde esteve?
— Estou bem, sra. Mikell. Me leve até o quarto de Ericke. — Falo laconicamente.
Ela me encara com uma expressão de Ericke "cadê meu filho?"
É, mudei.
Ela faz bilhões de perguntas, mas não entendo nenhuma. Abro a porta e me deparo com Anne.
— O que você está fazendo aqui? — pergunta a sra. Mikell encarando-a.
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VOLTANDO A AMAR¹ [concluído]
RomanceDepois que seu coração se esfria e qualquer pingo de sentimento se vai, a vida de Leonardo não é a mesma. Conflitos internos, inseguranças, raiva. Como é possível passar por esses obstáculos e voltar amar? Uma coisa sabemos, não será tão fácil! ⚠️Co...