»Capítulo Dois«

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Não faço nada. Mas a minha vontade é de socar a cara dele. Viro para sair dali e percebo que Ericke está gravando.

— Desliga isso agora, caralho!

Percebo que ele está atônito. Estarrecido.

— Desliga a porra da câmera, Ericke.  — Falo calmo por fora, mas por dentro queimando de raiva. Ele entende e sai de seu transe, desligando. Viro à esquerda para pegar o elevador e descer.

Ericke está ao meu lado sem ação. Percebo que quer falar algo, me consolar de alguma maneira, no entanto, não tem palavras. Entramos no elevador, aperto o botão um. Antes de a porta do elevador fechar, vejo-a com o lençol vermelho gritando.

— Eu posso explicar! Foi ele, meu amor!

A filha da puta ainda tem coragem de me chamar de amor.

— Me perdoe, querido — continua ela — por favor, Leonardo. Eu...

E a porta do elevador se fecha.

VOLTANDO A AMAR¹ [concluído] Onde histórias criam vida. Descubra agora