De repente, minha caneta segue os caminhos das quimeras
Ela vira pincel, desenha mundos moventes
É câmera – revela faces, desperta o fundo escondido do lago.
Ela mergulha no papel como na água
E ela quer ser o pássaro do belo dia, alar nos pensamentos
Levantar voo – sair dos dedos.
Ela deslumbra meus achadiços, abre o tapete colorido
Para a imaginação subir.
E, com ela, vou rabiscando, baixando a carga
Vou reescrevendo, molhando tinta nas folhas amassadas
Reconstruindo, rebordando o livro da história.
Vou erguendo balões de ar, viajando neles.
Balões de sonhos, apaixonando-me neles.
Vou embaloando meu mundo, feliz – ampliado
Vendo mil visões, vivendo mil lendas.
De repente, desenho nuvens sobre laudas: asas do céu
Coloco a leveza e claridade, para fazer dias valorosos.
As palavras giram, feitas parafusos
Juntando varas – tábuas de versos
Para construir o armário de poesia.
As palavras levitam, andam a passos de gelo nos cabelos
Fazem cócegas, chuva no céu dos olhos.
Minha caneta é maquina: engrenagem de fogo
Túnel do tempo, espaçonave dos sentimentos.
Minha caneta é água doce na garganta
A fruta fresca à mesa reunida
O chá que desperta e alucina.
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O Que é Poesia - O significado e o desafio
PoezjaA poesia é a ação que pertence as pessoas que acreditam poder mudar o mundo através da palavra. Mudar para um lugar mais digno, natural, afetivo, harmônico, belo, musical, justo, fraterno, esperançoso, amigo, construtivo... A poesia deve...