Vem, torvelinho, tornar-se forte vendaval
Vem voar comigo em assopros turbinosos
E girar meu cata-vento liberdade.
Vem aprender que nem todas as penas servem para voar:
As mais macias servem ao afago;
Penugens prestam-se à proteção e ao arrepio;
Penachos servem à beleza e à destreza.
Vem aprender que nem todas as asas alçam bons voos:
É preciso abrir as asas da utopia, encantar o peito;
Ser liberdade, pipa solta do cordão – sem comando;
Empinar-se ao alto, em grandes remígios, sem medo.
E nivelados, vamos conhecer os ventos:
O vento que apita e o vento que rosna
Que empurra o barco sem vela;
O vento que sopra doce ar à salgada onda
Que sopra nuvens amarelas ao céu azul.
O vento estremece e emociona
Que volteia na poeira da estrada, da solidão.
Vem voar em muitas asas: negras, rajadas, penujadas
Molhadas na face, gotas azuis, fantasiadas de céu.
Voar com barbatanas abertas e peito inflado
Molhar o bico no lago, soprar chuva das penas.
Vem abrir as barbas das penas alares, exibir o colar dourado
Dar grandes asadas ao largo, ao voo sublime da vida.
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O Que é Poesia - O significado e o desafio
PoetryA poesia é a ação que pertence as pessoas que acreditam poder mudar o mundo através da palavra. Mudar para um lugar mais digno, natural, afetivo, harmônico, belo, musical, justo, fraterno, esperançoso, amigo, construtivo... A poesia deve...