Capítulo 12 - Caixa de laranjas

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Na verdade não sei andar, só sei dançar.

     Não sei amar, só sei tentar.


Na verdade não sei navegar

     Só sei flutuar no vento.

Eu não sei viajar

     Porque sou a viagem.


Na verdade não sigo o tempo

     Sou quando, sou onde e sempre.

Não guardo memórias

     Eu as vivo e as invento.


Na verdade sou doido da moleira

     Sou moinho de vento.

Não sei aonde vou

     Mas sei aonde posso ir, estar;

     Sou o sopro do que devo ser.


Na verdade sou cais

     Ponto de chegada e partida

     Ponto de reparos e recargas

     Porto de descanso e saudade


Na verdade sou caixa secreta

     Bondades guardadas – box e presentes

      Caixa de correio esperançosa

     Caixa de laranjas doces.


E sou portador, mentor das entregas e colheitas.


Sou caverna – vestígios e lições do tempo.


Sou janela – vestígios do infinito.


(Do meu livro: Coração de Búfalo)


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⏰ Última atualização: Sep 25, 2017 ⏰

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