Epílogo - Parte 1

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Notas da autora: Esse capítulo vai ser em terceira pessoa porque eu acho que eu não conseguiria acompanhar os pensamentos dos dois nessa cena sem estragar ela.
Epílogo
Janeiro
Harry e Draco estavam passando suas merecidas férias na Grécia. Na verdade, eles rodaram a Europa inteira, e essa era a última parada, onde eles ficariam por apenas três dias. Esse era o segundo.
Os dois estavam em uma praia paradisíaca.
"Arme as cadeiras ali." - ordena Draco.
"Por que eu tenho que fazer isso em todo lugar? É a sua vez, seu preguiçoso." - responde Harry, irritado.
Draco não tinha uma resposta. Uma caixinha deveras peculiar estava no seu bolso, e ele não podia arrastar coisas para lá e para cá, ou elas fariam barulho, ou pior, cairiam. Ele definitivamente não iria arriscar perder a caixinha.
"Ok, ok. Veja para mim se alguém está passando." - diz Draco, puxando a varinha do seu shorts de praia.
Harry cruza os braços no peito.
"Você vai mesmo arriscar por pura preguiça?" - ele pergunta, rindo.
Draco sorri.
"Vou sim." - ele responde, e lança um feitiço, arrumando as cadeiras.
"Ótimo, agora você pode tomar sol e tentar bronzear essa neve que você tem como pele. Eu vou nadar." - Harry diz, tirando a blusa.
"Espera." - Draco diz, nervoso, sentindo gotinhas de suor se formando na sua testa.
"O que foi?" - Harry pergunta, curioso.
Draco pega a garrafinha de água e bebe tudo em quase um gole só.
"Ok. Isso vai ser difícil. Harry Potter - ele diz, e suspira profundamente.- , desde o primeiro dia que eu te vi, soube que queria estar perto de você. Eu era muito novinho e para mim ser seu amigo ia ser a maior honra possível. Quando você recusou minha amizade, eu ainda sentia isso. Até que chegou o terceiro ano e eu queria te beijar. - ele pausa e ri - Eu não sabia como lidar com aquela onda de sensações quando você chegava perto, não sabia porque aquilo estava acontecendo justo comigo, a pessoa que você mais odiava na escola. Então eu fingi que não era nada e segui com a minha vida. Três anos depois, o bendito Chapéu Seletor não seleciona ninguém para a Grifinória e precisamos ser sorteados de novo. Você chega no Salão Comunal meio magro e doente, e eu sinto aquele aperto no meu peito que eu não sentia há tanto tempo. Então o Chapéu me põem junto com você em um quarto! Eu não sabia se ria, chorava, agradecia ou queimava aquele chapéu na hora. Nas semanas seguintes, toda vez que você chegava eu dava um pulinho de ansiedade, me odiando por não ter esquecido o Santo Harry Potter. Então, querendo brigar com você, eu mudo todas as suas coisas de lugar. E você quase me mata por isso. - Harry ri baixinho - Estamos chegando na melhor parte. Então você me beija. Me beija. Eu fiquei tão chocado que nem reagi. Você me levou para a cama e cuidou dos meus machucados, e eu queria colocar você no abraço mais apertado da sua vida, você não tem noção. E nós começamos a ficar, até o dia que você, como pessoa inteligente, acidentalmente fala para a escola toda que eu te atraio. E então, nesse momento em que todos riam e apontavam e você saiu correndo e eu te segui, eu tive certeza de que mesmo você sendo burro às vezes, mesmo sendo nervosinho, mesmo com todas as briguinhas, eu sempre, sempre soube que você era feito para mim e eu era feito para você. Eu poderia falar o dia inteiro sobre nós, cada toque, beijo, abraço, decepção, mas eu não vou. Porque mesmo o passado sendo lindo, eu não quero me manter preso a ele. Eu quero construir uma história toda com você... Sendo assim eu tenho que fazer uma pergunta." - ele diz, e se ajoelha, finalmente.
Harry suspira e coloca a mão no coração.
Draco tira as caixinhas do bolso. Pega uma e abre, estendendo-a na direção de Harry.
"Harry Tiago Potter, você me concede a honra de me casar com você, sendo assim a pessoa mais feliz de todo esse mundo?" - ele pergunta, lágrimas escorrendo levemente enquanto ele sorri.
"Sim. Sim. Sim. Sim um milhão de vezes. Merlin, eu, eu não sei nem... Eu te amo. Eu te amo." - Harry diz, sorrindo e chorando ao mesmo tempo.
Ele estende a mão e Draco coloca um anel prateado, fino, e com uma esmeralda delicada no topo em seu dedo. Harry pega a mão dele enquanto pega o outro anel na caixinha, e o encaixa no seu dedo.
Ambos sorriem, o Sol se pondo em tons de vermelho atrás deles, e se beijam como se só eles existissem, feitos perfeitamente um para o outro naquele lugar que sempre estaria nas lembranças mais felizes deles.

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