Capítulo 11 - Más Notícias

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Eu e Celine acordamos ás 5:30 da manhã, e eu é claro, fui encarregada de acordar meus irmãos, sabia que seria mais fácil acordar Lilly, já Lucas seria quase uma missão impossível. Então preferi acordar Lilly primeiro. Bati na porta e não houve resposta, girei a maçaneta e entrei.

Lilly estava dormindo de bruços, e com os fones do seu IPod no ouvido, que é claro, ficou ligado a noite toda. Cutuquei Lilly, ela reclamou, a cutuquei até ela acordar. Ela deu um pulo e arrancou os fones de ouvido.

— Eu perdi a hora? — perguntou ela, ofegante — eu esqueci de colocar o despertador.

— Relaxa! Você tem tempo de sobra — disse, abrindo a janela — se arrume e desça para tomar o café da manhã, ele já está pronto!

Lilly se levantou e pegou uma muda de roupa que estava na cadeira da escrivaninha. Era disso que eu gostava em Lilly, ela era extremamente organizada. Ela já preparara na noite anterior a roupa que usaria e a mochila. Por outro lado, eu tinha certeza que Lucas não havia arrumado nada, e provavelmente, iria para a escola com o cabelo desarrumado e com remelas nos olhos.

Adiar meu estresse era inútil, eu tinha que enfrentar Lucas. Bati na porta e também não houve resposta. Abri a porta e entrei. Lucas dormia do jeito mais esquisito que já vi.
Sua cabeça estava para fora do travesseiro e ele estava atravessado na cama, um de seus braços pendia para o lado de fora e o outro sobre a cabeça, sabia que cutucá-lo não adiantaria. Abri a janela, mas Lucas apenas reclamou, então vi o objeto da minha adoração (a raquete de tênis). Fiquei ao lado da cama, ergui a raquete e comecei a distribuir raquetadas.

— Anda logo! Levanta! — disse, batendo em Lucas — você vai chegar atrasado, anda logo dorminhoco.

— Caramba Grace! — disse Lucas, pulando da cama — Tô indo! Sabia que eu preciso da minha cabeça para estudar?

Ele saiu do quarto e foi ao banheiro "Missão comprida", pensei. Resolvi que deveria me apoderar da raquete, ela ultimamente tem sido muito útil. Desci as escadas com ela nas mãos, Lilly já estava tomando seu café e Celine arrumava a bolsa.

— Lucas já se levantou? — perguntou Celine — já são seis e dez.

— Ah! Sim, a minha nova arma me ajudou — e ergui a raquete. Celine e Lilly começaram a rir.

— Grace, depois que eu deixar Lilly na escola, vou ao centro da cidade, comprar as outras coisas para a casa, Lilly, esse dinheiro é para você comprar seu lanche na escola — Celine entregou 10 dólares para Lilly.

Depois de dez minutos, Lucas chegara à cozinha, ele carregava sua mochila e para o meu total espanto, ele estava impecável. Ele usava uma calça jeans, uma camisa branca e uma jaqueta jeans, e seu cabelo estava pela primeira vez um pouco disciplinado. A primeira coisa que me ocorreu, é que toda aquela produção seria para impressionar Amy.

— E aí? Tá pronta pirralha? — perguntou Lucas, dando um tapinha no braço de Lilly.

— Eu já nasci pronta! — disse Lilly ao se levantar — e olha que isso já faz um tempo.

— Vamos? — disse Celine, pegando a bolsa e as chaves da van — Grace, eu vou demorar umas duas horas e depois vamos dar uma espiada na nossa loja!

Dei um abraço em Lilly e desejei boa sorte. Lucas é claro, já tinha saído, ele odiava quando eu tentava ser carinhosa com ele.
Fiquei na porta de casa para me despedir deles, o primeiro a sair, foi Lucas com sua Ducati preta e alguns minutos depois, Celine e Lilly na van. Celine buzinou e eu acenei. Voltei para dentro e fechei a porta.

Fui até a cozinha tirar a mesa do café e lavar a louça, percebi que a torneira estava com problemas. Quando a abri, a água saiu com muita pressão e fiquei com a camiseta ensopada. Fechei a torneira falando um monte de palavrões, o mais leve foi: "Droga"!

Lua Escarlate (Água/Vinho)Onde histórias criam vida. Descubra agora