Querendo ou não algo me chama para essa vida com meu pai, já é instinto. Me sinto eu, mas apenas aqui, com a minha família, e que família!!!!
É perigoso eu sei, mas não tem como evitar em proteger e comandar... Estou no nível do meu pai, mas não sou tão mal assim, não planejo ser.
— Eai Pedro!!!! – gritou um parça meu do outro lado da rua.
— Eai Cheet! – acenei com dois dedos.
— Vai pro baile hoje cara? – perguntou vindo em minha direção.
— Desta vez não – respondi continuando minha caminhada.
— Desta vez? Qual é John, é a terceira vez que vacila com nois cara! – exclamou irritado no mesmo chateado.
— Da próxima eu tento! – falei.
— Você tenta? – perguntou Cheet. Ri de sua inocência em acreditar.
— Flw Irmão! – ri e dei dois tapas em suas costa e seguindo em direção em minha casa que não estava tão longe.
••••
Já estava escurecendo enquanto eu zapiava os canais da tv, até que meu pai entra irritado batendo forte a porta.
— Ei ei ei eiiiii – exclamei – Vai com calma aí! – falei me sentando do sofá.
— Cala boca! – exigiu furioso.
— O que? – perguntei irônico, ele me mandou calar a boca????!
— A BOCA, CALA A BOCA! – gritou vindo em minha direção mas não recuei.
— HIGOR ROGÉRIO!!!! – gritou a minha mãe saindo da cozinha.
Isso fez meu pai parar de avançar mas continuou com seu olhar furioso.
— VOCE NÃO OUSA EM BATER NO NOSSO FILHO! – gritou entrando na minha frente — PRINCIPALMENTE ELE NÃO TER FEITO NADA!!!!
— Mãe... Deixa! – falei baixo, sabia que ia acontecer se minha mãe continua-se na frente entre meu pai e eu.
— Eu já te disse sobre isso Rogério se você não para de chegar assim em casa por.... – dizia antes de meu pai interromper com um grito.
— E EU ESTOU ME FUDENDO PARA O QUE VOCÊ DIZ! – gritou indo em direção a minha mãe o que fez ela recuar para trás — AGORA SAI DA MINHA FRENTE DEISE! – disse, mas ela continuou parada.
— Você não vai bater no meu filho Rogério! – falou calma.
Meu pai riu, parecendo ter ficado mais irritado do que já estava. Eu sabia que ele ia fazer...
Antes que eu pudesse tirar minha mãe da minha frente dele, lhe deu um tapa em sua cara tão forte quanto os outros. E xingou quando ela passava a mão em sua bochecha onde o tapa foi acertado.
— Seu desgraçado! – falei e fui para cima dele sem pensar em nada.
Meu pai não era mais alto que eu, era gordo, mas a raiva que eu estava isso não importava, eu dava soco atras de soco e claro ele revidava, mas me defendia muito mais.
Tanto eu quanto ele xingava alto.
Isso fez alguns dos vizinhos entrar em casa e separar nós dois.
— Relaxa aí caraaaa! – falava outro irmão meu, uns dos meu vizinhos Felipe, que segurava meus braços com força atras das costas.
— ME SOLTA CARALHO! – gritei ainda com raiva.
— Primeiro vou tirar você daqui! – disse me levando para fora de casa enquanto mais dois caras estava ajudando meu pai a levantar.
Quando passou umas três casas depois da minha Felipe me soltou, minha raiva diminuiu mas ainda eu estava com a mente do Rogério batendo na minha mãe.— Desgraçado!! – falava sozinho — Filho da puta!
— Relaxa aí parça! – disse batendo em minhas costas.
— Relaxa aí? Ele bateu na minha mãe e quer que eu fiquei calmo? – falei revoltado.
— Se toda vez você ficar assim por isso, vai ser difícil te segurar cara! – disse Felipe.
Eu não pude nem retrucar pois isso é verdade! Eu ainda não entendo por que minha mãe continua com ele, só a maltrata e eu não suporto isso, ele pode me bater sem motivo algum mas na minha mãe eu não aceito isso. Como eu disse não é a primeira vez que ele chega em casa irritado e vem querer descontar em mim ou na minha mãe, não é a primeira e está longe de ser a última. Sempre foi assim, deste criança mas agora mais velho eu posso me defender e defender minha mãe ou qualquer desgraçado que querer descontar a raiva.
— Fica em casa, até a poeira abaixar irmão – disse Felipe — Vem vamos!
O segui quieto e sua casa não era longe da minha.
Cheguei na casa de Felipe onde sua família estava jantando.— Cheguei!! – gritou ao fechar a porta.
— Oii meu filho! Oii Pedrinho! — cumprimentou sua mãe — Bem na hora, o jantar acabou de sair do forno! Vem, vamos sentar!
— Nossa Pedro! – exclamou a irmã de Felipe, Ana, ao me ver.
— O que? – perguntei estranhando.
— O que aconteceu com você? – perguntou, se aproximando de mim e tocando perto do meu olho que doeu.
Coloquei minha mão sobre a dela tirando.
— Nada! – falei e recuei seu olhar.
Ana e eu, sempre quando tem oportunidades a gente sempre se pega, na sua casa ou na minha, ou até mesmo nos bailes. Sei que é a irmã do meu amigo, mas ele já deve saber que ela é uma vagabundinha, quase em todos os bailes ela está dando sempre para algum moleque diferente e sempre quando eu quero uma rapidinha ela está lá esperando como uma cachorrinha. Não só ela como muitas outras meninas daqui...
•••••
Depois do jantar com a família de Felipe, fiquei mais um pouco em sua casa, oq já era de costume, lá era quase meu terceiro lar. Ana foi para o baile, os pais de Felipe já tinha ido dormi enquanto eu e Felipe ficamos na casa jogando Xbox.
Estava dando quase meia-noite eu teria muita coisa pra resolver amanhã e eu precisava voltar para casa, encerramos o jogo e despedi de Felipe.
Eu podia ir para casa da Dinda, seria até melhor, mas eu tinha que ver como minha mãe estava, mesmo sabendo como ela estaria...
Voltando para minha casa, quando eu chegasse eu sabia que todos estaria dormido, principalmente meu pai, ele estaria dormindo com a minha mãe como se não estivesse acontecido nada.
Chegando em casa estava tudo escuro, subi direto ao banheiro e vi que a maçã do meu rosto estava ficando roxa pelo socos e quando eu tocava doía. Peguei um saco com gelo e coloquei em meu rosto onde doía, deitando na cama em seguida. Isso estava fazendo eu adormece, meus olhos pesava cada vez mais desejando fechar que por fim acabei caindo no sono.
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O cara estranho do morro
RomanceDuas pessoas diferente com corações iguais. Sofia, uma menina rica que o mundo dela parece ser perfeito, dinheiro, roupas de grif, namorado, popularidade e tudo que ela quiser... Mas em um instante isso tudo pode mudar. Pedro, um menino humild...