O cara estranho do morro

Capitulo 17

Dinda me confortou com seu abraço, mas não o suficiente para o meu medo diminuir...

Fui para o quarto tomei um banho e fiquei sentada na cama, minha cabeça estava em um turbilhão de pensamento, não sei se eu dormisse adiantaria ou se até mesmo conseguiria.

Eu não sei o que querem ou precisam, mas vindo atras de mim de novo não vai adiantar em nada!!!!

Meu pai disse que estava mais "suave" e no dia seguinte alguém é espancado quase a morte. Alguém que me ajudou a me recuperar dos ferimentos com toda atenção... O doutor não merecia isso, ninguém merece!!!

Sem percebe eu já estava chorando, não conseguia conter as lágrimas, a imagem do Dr.Eduardo na maca ainda estava na minha cabeça, isso estava me atormentando...

Talvez tenha o machucado por saberem que eu esteve na seu consultório, se eles souber que estou aqui viram atrás de mim e irão machucar cada pessoa que esteve comigo... Dinda, Cheet e... Pedro ... Não não não!!!

Esses pensamentos estão me atormentando, aumentando meu medo e insegurança, não posso pensar que alguma coisa pode acontecer com Pedro ou com qualquer um em minha volta, isso não pode acontecer!!!

Eu chorava sem parar, minha cabeça dóia, precisava descansar, pelo menos parar de chorar...

De pouco a pouco fui me acalmando, difícil mas fui, pensei nas coisas boas, pensei em Pedro, na tarde de ontem e de tudo que passamos juntos... Isso foi me deixando mais calma e de pouco a pouco meus olhos estavam insistindo para fechar e não recuei, por fim acabei pegando no sono.

   Acordo com barulho de um tiro, ao abrir os olhos dou de cara com meu pai amarrado em uma cadeira caída no chão e Taylor guardando a arma.

Ouço gritos da minha mãe que estava em outra cadeira de costas para mim, ela gritava sem parar, talvez de desespero e tristeza, meu pai estava estirado no chão deixando sujo com seu sangue, ele estava morto.

    Aquele sonho... NÃO NÃO NÃO DE NOVO NAO!

    Recuo pra trás, até tropeçar em um vão do chão e cair, fazendo isso chamar atenção de Taylor, virando em minha direção repentino.

      — Olha só o que temos aqui... – falou Taylor com um olhar amedrontador, vindo em minha direção.

   Isso não bastava de um sonho, acorda Sofia!!!

   Tentei me levantar rapidamente, Taylor ainda vinha em minha direção e no seu olhar tinha um desejo maníaco. Olhei para porta de entrada de casa não estava longe, dava para fugir!

    Corri o mais rápido possível, sem olhar pra trás sabia que Taylor tinha acelerado os passos, o suficiente para eu não conseguir escapar.

    Tentava abrir a porta mais parecia trancada. Não não não, não pode ser...

   Olhei pra trás e Taylor estava centímetros de mim.

   Empurrei com toda minha força a porta, que por fim abriu...

   O ambiente ficou quieto, sem gritos da minha mãe ou passos de Taylor, eu não estava na garagem de casa, estava em um... Hospital???