Capitulo 2

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O sinal do intervalo soou, fiquei animada queria ver logo o Henrique.

Fui em direção ao pátio, onde estava cheio de gente, e eu as meninas sentamos em uma mesa na espera dos amigos de Henrique e o próprio Henrique!

Foram fofocas e fofocas desse final de semana e nada do Henrique, bom talvez ele não tenha vindo hoje... Isso me deixou deprê, mas tentei disfarça o máximo, de alguma maneira eu estava gostando do mulherengo do Henrique e eu não queria isso!

Meu celular tocou, era meu pai... Meu pai? Acho que ligou errado, mas atendi.

— Alô? – falei.

— Filha? Oi!!! – disse.

Não era errado.

— Oii... – falei estranhando.

— Filha o papai ligou para avisar ... – dizia mas eu não ouvia nada por conta da barulheira do pátio.

— Pai?? – perguntei – Não estou escutando, um minuto que vou lá fora! – falei, saindo do pátio.

Chegando atras da escola que estava em um total silêncio e vazio, um lugar ótimo para falar com alguém no telefone.

— Pai?? Pode falar agora! – falei, mas não ouve resposta, ao olhar no visor do celular a ligação havia caído.

Peguei o celular e fiquei refletindo sobre essa ligação do meu pai, ele ligou para que, avisar o que???? E agora? Ele nunca me ligou em horário de aula. Mas se for algo importante ele ligará de volta.

Guardei o celular no bolso da saia, mas antes de eu voltar para o pátio barulhento ouvi alguém falando, não tão longe.

Eu não vou fazer isso! – dizia rápido e irritado – Eu não vou fazer isso!!!!!! - repetiu.

Quando mais me aproximava do som, mas eu reconhecia a voz.

Foda-se o dinheiro, manda ele fazer essa merda então dizia irritado.

Vi que era o Garoto da escada, que ia pra lá e para cá com a mão na testa e estava com uma expressão de bravo.

Quando ia voltar para trás ele me viu, na hora ele parou de falar no telefone me observando.

— Depois a gente se fala! – disse o garoto e desligou o celular.

— É-éé... — gaguejei sem graça.

— Está perdida? — perguntou sério.

— Não? – respondi com uma pergunta meio óbvia.

— Então o que faz aqui? – perguntou sério, parecendo ficar irritado.

— Estudando? – falei mais uma vez com ironia, sua arrogância estava começando a me irritar.

   Mas ele riu da minha resposta.

— Na hora do intervalo?... – disse rindo da minha desculpa esfarrapada.

— Você sempre fica aqui no intervalo? – troquei de assunto ficando menos tensa.

— Essa resposta vai mudar sua vida? – perguntou, mas dessa vez não estava sério parecendo achar graça.

— Não, mas... – respondia.

— Então pra que quer saber? – perguntou seco.

— Você é arrogante assim sempre? – perguntei irritada.

O cara estranho do morroOnde histórias criam vida. Descubra agora