"A graça está no centro da tragédia. Porque se não há altura a se cair, se não há orgulho na vida, você não tem nada a perder. Mas, uma vez que se está caindo em desgraça, a única maneira de mudar a situação, é usando-a a seu favor."
Anteriormente em Grey's Rehab
– Não consigo parar. Arranco a gravata e enrolo no pescoço dela. NÃO CONSIGO PARAR! – Christian gritou e seu corpo tremeu violentamente – ela está morrendo, e eu gosto disso. EU MATO.
Em choque, fechei os olhos com força. Pela primeira vez em meses, eu rezei. Rezei para que aquilo fosse a porra de um pesadelo.
Agora...
Duas coisas aconteceram no momento em que Christian começou a gritar descontroladamente: Charlie trouxe-o com certa dificuldade de volta ao presente e eu surtei.
Não surtar, surtar, mas de alguma forma estranha não conseguia assimilar o fato de Christian ter matado Leila. Enxerguei sem realmente ver, Charlie e Taylor levarem Christian para algum lugar. Não consegui absorver muita coisa, pois tinha a sensação de estar no oceano em meio a uma tempestade turbulenta.
Em algum momento meu cérebro pareceu despertar para o fato de que algo sério poderia ter acontecido com Grey. Como médica era minha função verificar se estava tudo bem. Seguindo tal logica um tanto quanto idiota levando-se em conta meu estado, levantei rapidamente. De maneira brusca o mundo saiu de orbita ao mesmo tempo em que minhas pernas pareciam terem sido feitas de borracha.
Antes de mergulhar na escuridão, duas certezas martelaram em minha cabeça:
1- Christian Grey é um assassino.
2- Eu estou muito ferrada.
***
Se você já foi atropelada por um veiculo de grande porte e sobreviveu para contar historia, sabe o que eu senti quando acordei. Meus olhos doíam como se houvessem farelos de caco de vidro dentro deles. Minhas têmporas latejavam como se alguém tivesse batido nelas com um martelo. Meu estômago revirava como se eu estivesse em um avião cujo piloto havia decidido fazer acrobacias loucas e suicidas no ar. Enjoo não era nada.
Franzi o cenho lutando para assimilar toda a dor, o que foi um grande erro, pois senti uma dor aguda e súbita na lateral da cabeça e por puro reflexo levei a mão direita até o local, constatando logo em seguida que ele estava coberto por um curativo de tamanho considerável que ia do canto da testa até próximo ao ouvido. O movimento brusco retirou a agulha ligada ao cateter do lugar.
– Droga – murmurei, puxando o esparadrapo. Retirei a agulha e de imediato fiquei assustada com a quantidade de sangue que escorreu do ferimento – mas que diabos...?
– Mas que diabos você pensa que está fazendo? – Charlie rompeu porta adentro com os olhos arregalados – que droga, Ana! – interceptou uma enfermeira branca baixinha de cabelos loiros que passava pelo corredor – uma ajuda, por favor?
– Claro, o que aconteceu? – questionou com a voz firme, vindo em minha direção. Ergui o braço e ela notou de imediato o sangue que escorria por minha mão e manchava o lençol da cama – Ok, vamos cuidar disso – murmurou, seguindo rapidamente até a estante do lado oposto da cama.
– Levantei minha mão rápido demais e o cateter saiu – expliquei meio grogue – onde eu estou? Isso não é o HCTP – murmurei analisando o quarto de hospital – por que estou sangrando tanto? – questionei para ninguém em especifico, e logo em seguida, encarando Charlie – o que aconteceu com meu paciente?
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Grey's Rehab
FanficEle é um criminoso. Ela teve sua vida modificada em virtude de um crime. Ele é fogo. Ela é gelo. Ele é um Dominador nato. Ela não gosta de ser comandada. Ele está trancafiado em um manicômio judiciário. Ela é psiquiatra forense. Ele é o paciente. El...