Capítulo 22 - Rehab

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Às vezes a chave para progredir é reconhecer como dar o primeiro passo. Então você começa a sua jornada. Você espera pelo melhor. E você fica com isso, todos os dias. Mesmo que esteja cansado, mesmo que queira desistir, você não desiste. Porque você é um pioneiro. Mas ninguém falou que seria fácil.

Anteriormente em Grey's Rehab

– Objeção, meritíssimo! – o advogado de defesa levantou de forma desengonçada da cadeira. A expressão de fúria que ele dirigiu a Elliot, por outro lado, parecia mortífera – todos os fatos apresentados pela acusação soam como uma tentativa pífia de ludibriar este tribunal.

(...)

Encarei o par de olhos cinzentos sem piscar. Assim que os tremores alcançaram meu corpo, o impulso foi fechá-los, mas forcei a continuar fitando Christian. O silêncio era rompido apenas pelo barulho de nossos corpos chocando-se um contra o outro.

– Eu te amo – foi tudo o que eu disse antes de sentir o orgasmo alcançando-me e fazendo meu corpo explodir em mil pedaços.

Agora

O amor é racional?

Uma simples pergunta. Quatro palavras.

Na universidade estudando a neurociência, aprendemos como o cérebro funciona. Temos a parte primitiva, responsável pelos instintos básicos: fome, fuga, etc. Em uma camada mais acima, está o famoso sistema límbico, que envolve nossos sentimentos, medo, ódio, ciúmes... A parte mais evolutiva do cérebro é o córtex, que cuida da razão e logica.

Acontece que a paixão ou amor, como queira, começa no sistema límbico e acaba envolvendo as outras partes. Tanto a primitiva quanto a evolutiva acabam envolvidas no processo.

Com base em meus estudos, achava que o amor era irracional, mas agora, em termos práticos eu tinha absoluta certeza de que era algo fudidamente irracional.

Claro, só isso explicava a minha completa falta de senso ao fazer sexo com Christian Grey em um banheiro do Tribunal de Justiça de Manhattan.

Apesar da tentativa insana em tentar disfarçar o suor pegajoso que impregnava minha pele, fato típico do pós coito, a consciência alfinetava-me a todo momento.

Todo mundo sabe que você transou! Francamente, Anastasia Rose Steele!

– Ah, pelo amor de Deus! – exclamei de maneira entrecortada tentando silencia-lo ao mesmo tempo em que corria em direção a sala de audiências.

Abri a porta da maneira mais silenciosa que consegui.

– Senhoras e Senhores – começou o juiz Albernathy levantando-se com elegância da cadeira de mogno. Na bancada havia duas pilhas de pastas, provavelmente os papeis que compunham o processo. – fazendo uma recapitulação rápida do caso em questão temos que Christian Trevilyan-Grey, preso na data de 30 de janeiro de 2010 cujas acusações se resumiram em homicídio qualificado da vitima Leila Romanoff. O senhor Christian T. Grey foi encaminhado ao Hospital de Custodia e Tratamento Psiquiátrico de Manhattan para cumprir a pena, pois na ocasião do julgamento foi considerado incapaz através do exame de sanidade mental – notei que minhas mãos tremiam de ansiedade já que a qualquer momento o juiz daria a sentença. Sentei em um banco mais afastado evitando chamar atenção – Christian T.Grey permaneceu recluso no Hospital em questão até o presente ano de 2015 – Albernathy juntou as mãos até o rosto e com um pigarro forte prosseguiu – através de investigações recentes instruídas pela policia de Manhattan, juntamente com a promotoria descobriu-se um esquema comandado pelas rés Mia Trevilyan-Grey e Elena Lincoln. Descobriu-se também que a ré Mia Trevilyan-Grey é responsável pelo homicídio de José Rodrigues, conforme confissão presente nos autos do processo anexo.

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