Capítulo 13 - Found my faith living in sin

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"Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperavam a convicção de fatos que não se veem." - Hebreus 11:1.

Segundo a definição, ter fé é crer firmemente em algo sem ter em mãos nenhuma evidência de que seja verdadeiro ou real o objeto da crença. A fé pode ser cega, nascida da confiança irracional em algo ou alguém. As experiências de causa um, intransferíveis e totalmente pessoais dão origem a este sentimento.

... Eu encontrei minha fé vivendo no pecado...

***

Você procurou por isso ao chama-lo aqui! Sabe que ele é previsível, assim como completo boçal, mas aguente! Fique calma respire fundo!

Após o aval de Flynn na semana anterior, agendei com urgência a vinda de Charlie a Manhattan. A viagem súbita, somada ao trabalho exaustivo característico da profissão, marcou seus traços com algo que julguei ser cansaço, porem, tal fato não anulou sua beleza. A pele branca ressaltava os olhos grandes cor azul intenso, o cabelo castanho claro que batia na altura do ombro, fora amarrado para trás numa espécie de coque. Os traços suaves somados as mãos grandes e dedos compridos, davam-lhe um ar tipicamente americano. Tudo isso envolto em um elegante terno preto.

– Simplesmente não entendo por que trocou sua carreira em Seattle por isso aqui – murmurou Charlie Harris, pela milionésima vez, com a expressão recheada de incredulidade – você sairia em breve do exaustivo trabalho de psiquiatra na penitenciária e iria para o tão sonhado instituto de psiquiatria forense – afirmou, franzindo o cenho -, mas ao contrário disto – parou, unindo as mãos e apoiando-as no rosto – escolheu vir para este manicômio chulo.

– Não entendo por que se importa tanto com isso – respondi, por fim, erguendo a sobrancelha.

Christian já vai chegar, a sessão irá começar. Você só precisa morder a língua por mais alguns segundos.

– Por que gosto de você – respondeu com simplicidade.

Levantei rapidamente da cadeira e segui para o lado oposto da sala, bem próximo a porta. O consultório cuidadosamente preparado para realizar a sessão de hipnotismo era quase igual ao meu, exceto pelo sofá cama cor vermelho sangue cuidadosamente posicionado no canto direito.

– Não – retruquei – ambos sabemos que na verdade você gosta de ter uma parte de você dentro de mim – falei em tom afiado – só para esclarecer; chamei você aqui para trabalhar e não para trepar.

– Eu só posso dizer sim quanto a primeira afirmação – respondeu, girando a cadeira levantou e seguiu calmamente em minha direção – em relação a segunda afirmação, bem é sempre pos...

– Pode ir parando por ai – avisei, encostando a mão espalmada em seu peito de maneira indelicada – já chega. Christian chegará em breve, e eu preciso acertar alguns detalhes com você – afastei-me dele, indo em direção ao aconchegante sofá – quero filmar tudo para rever depois e fazer anotações – apontei para a câmera suspensa em um tripé de frente ao sofá – espero que não tenha problema.

– Não, mas... – antes que pudesse completar, alguém bateu fortemente na porta.

Graças ao meu bom Deus!

Em silêncio, desviei-me de Charlie e abrir a porta, dando de cara com Taylor e Christian. O primeiro abriu um sorriso tímido enquanto o segundo permaneceu com a expressão séria no rosto.

– Dra. Steele, bom dia! – exclamou Taylor rompendo o silêncio.

– Bom dia – sorri – como vai? – questionei, lançando um olhar demorado na direção de Christian.

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