"Longe se vai
Carregando dores
Para longe flutua
Para longe foge, às inúmeras perguntas
Descendo escadas em rangidos dolorosos,
De seus olhos se vê nuvens
É a tempestade que desencadeia trovões assustadores,
Assustando tua criança, que para longe se vai,
fora do mundo se vai,
procurando as órbitas do sol,
porque mesmo que a queime,
é belo e a atrai.
Corre das sombras risonhas que de tua vida aflora,
Percorre rios, o vento é forte, gelado, lhe leva de volta para o céu
De volta para nuvens,
corra pelo cemitério à fora.
Ó por do sol,
que tanto a acalma,
que dela lhe tira o desespero,
calmaria de braços de mãe,
casa em luminosidade de velas,
teto confortável, ponhe-a para dormir.
O sol ainda cuida dela,
o sol lhe passa luz pela lua.
Janela tão aberta,
cortinas livres pelos ventos ruidosos
que brincam em teus cabelos,
tirando o quente de tuas lágrimas.
Ponhe-a para dormir,
amanhã fugirá novamente,
por campos,
por longas colinas,
se despedindo do chão,
para longe se ir,
no longe sumir."
**
Sam
O celular de Logan tocou pela terceira vez. Eu sabia que era o pai de Arya. Ela também sabia, pelo visto. Taylor terminou de nos explicar as coisas. Aparentemente, o que deveríamos fazer é simplesmente esperar. O nada. Ou o tudo.
- Ok... não, tudo bem. Vamos, eu vou dizer à ela. Fique tranquilo, está tudo bem. - Logan dizia, com a voz mais calma que conseguia ao telefone. O olhando bem agora, sua aparência era quase normal. O rosto corado, porém os olhos nutriam de um azul desbotado. Distantes, quase apagados. Parte do estilo daquele Logan de antes permanecia, como algumas roupas. Muita coisa aconteceu. Creio que não gostava de lembrar do tempo que ele não era realmente ele.
- Arya, seu pai pediu para irmos no hospital. - Disse, depois de alguns segundos, com a cabeça levemente inclinada, ainda olhando o celular, embora a tela estivesse desligada.
- Ele finalmente me dirá o que aconteceu com minha mãe? - Ela perguntou, erguendo os olhos para ele - Como irá dizer? Dirá que houve um acidente? Que agora mais do que nunca, teremos que nos juntar para criar meu querido irmão direito? - Perguntou. A ironia em sua voz machucava. Mas eu sabia que ela não iria derrubar uma lágrima sequer.
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Tem Alguém Ai? - Volume 3
Terror[Oi! Bem, se você está aqui e não leu os primeiros livros, aconselho muito que você leia antes, para melhor entender a história. Tais livros se encontram no meu perfil.] ® Todos os direitos reservados Havia drogas na mamadeira do bebê que chorava c...