Eu?

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Eu recebi algumas ameaças de leitores (alerta, hipérbole!) e por isso resolvi acatar seus pedidos.

Pediram que eu dissesse um pouco mais sobre mim.

Bem, bem... eu nunca fora de falar sobre mim, tirando pessoas próximas. O fato é que minha vida se desenha um tanto peculiar demais perto dos olhos de fora. Porém eu contarei o que me apetece contar.

Tivera uma infância conturbada. Algo particular demais para expor de tal forma; mas útil, gosto de ângulos diferentes. A verdade é que talvez (só talvez) eu tenha sido uma criança peculiar (para uma vida peculiar).

Eu amo música e isso é um ponto que vocês já devem saber. A partir de meus doze anos, digamos que as coisas passaram a "melhorar" para mim. Logo após essa melhora, aos treze anos passei a escrever "Tem alguém aí?".

Foi ali bem aleatório de se acontecer, porquanto eu era uma criança totalmente desprovida de experiências em escrita (talvez eu ainda seja, não estou nem um pouco satisfeita ainda e, creio eu, que por um longo tempo não ficarei).

Meu fascínio por terror e horror começou quando eu ainda era pequena (o que é estranho, repito, fui uma criança peculiar).

Quando comecei a escrever "Tem alguém aí?", talvez tenha sido a maior burrada ou acerto de minha vida.

Essa história me trouxe tantas, mas tantas coisas que vocês não têm noção. Abriu portas e fechou tantas outras. Provavelmente isso vai acabar sendo um desabafo do que um capítulo sobre mim.

O que provavelmente desatou em mim, foi a sede de explorar o desconhecido; embora eu nem tenha nenhuma base parecida sobre o assunto.

Eu comecei a trilogia há três anos. Nesse tempo eu consegui amigos, contatos, aborrecimentos, perdas de tempo, irritações e coisas do tipo. Talvez esse fato me fizera inúmeras vezes relutar em continuar a história.

Mas a continuei, confesso, entre crises existenciais e depressões aleatoriamente sem sentido no momento.

A princípio eu tinha mais amigos virtuais do que pessoalmente; até meus quatorze anos, quando algumas coisas subiram de humor e pude encontrar perto de mim o que eu procurava longe. O livro me trouxe muitas pessoas totalmente ridículas e aleatórias, cujo repugno por terem começado a ler.

Mas por outro lado, me trouxera experiência. Relações profissionais, amorosas e muitos amigos que por um lado, são bons.

Em meio a uma família totalmente desestruturada, pessoas retardadas é uma vida a princípio de merda, eu continuei a primeira parte do querido livros que vocês leram.

Digamos que eu construí a trama levando os reflexos de toda a minha frustração pessoal para as páginas e isso me desgostou demasiadamente. "Tem alguém aí?" fora um prato de estrada. Um rascunho, a princípio apenas uma brincadeira de criança, para talvez, no futuro, eu realmente ser profissional no que faço.

Atualmente eu olho para trás e vejo o quanto evoluí; ou não.
Vejo o quanto as coisas mudaram em mim. O quanto mudaram ao meu redor.

Eu peço desculpas pela escrita simplória do primeiro e segundo livro; talvez terceiro também e mesmo aqui, acredito não fazer o gosto de escrita de todos. Mas por problemas particulares, eu sou o que sou atualmente. Com as falhas no que faço ainda. Não quero que esqueçam que, nunca, ninguém estará preparado totalmente para algo. Nós apenas projetamos algo em nossa mente e tentamos converter para a realidade, aprimorando. Então em forma de desabafo, eu direi algo que, talvez, quem esteja lendo, não precise ler.

Mas nunca, em hipótese alguma, fale com pretensão de ofender ou desmerecer ou trabalho de alguém. Porque o seu também pode ser meia boca. O seu pode não ser o gosto do outro. O seu pode ser um lixo; mas tem valor, ainda assim. Se um lixo tem valor, o trabalho dos outros tem mais ainda. Então nunca se ache melhor que alguém. Jamais. Você estará fazendo um trabalho para sim mesma e para o mundo. Não seja alguém desprezível. Eu e muita gente agradece.

Tem Alguém Ai? - Volume 3Onde histórias criam vida. Descubra agora