Irei rezar por você, mais tarde

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 Eles lembravam de como estavam felizes 

 Eu lembrava de como estava escuro aquele sol por de trás das arvores. 

 Todos queriam ir embora, 

 mas não sabem que apenas o relógio pode apresentar a ilusão de parar no tempo? 

 Os céus, 

 eles não se acalmam. 

 São tuas lágrimas, 

 tuas lágrimas que correm rios. 

 Calma...

 Pequena, pequena criança, o ponteiro chega. 

 O vento corre, 

 trás a noite, 

 traga para o alívio, 

 desça as estrelas por aqueles prédios velhos, 

 ninguém sabe qual fora o fim. 

 Ninguém sabe como aconteceu, 

 como se sentiu ferida, 

 como se feriu; 

 Ah, terra

 anjos com asas arrancadas, 

 urram em silêncio. 

 Deus vos abençoe. 

 Calma...

**

Logan 

 - Ela está liberada por agora, Logan. - O médico falava em inglês. Eu concordei, levemente retraído. Hospitais era um trauma para mim. Lembro de quando eu não era eu. Em um estado de torpor, quase morri de overdose a base de drogas. O hospital não fora o melhor lugar para ficar marcado em minha memória. E eu tinha vergonha daquilo. Tinha vergonha de mim, do que eu fiz. Por isso ninguém saberia da história toda. Não poderiam. E eu também não queria lembrar. 

 Ele me entregou a fixa de minha mãe. Esclerose múltipla.

 Suspirei, em silêncio. Ok, essa doença não tinha cura. O médico alegou que estranhava minha mãe te-la com idade já um pouco avançada, mas disse que sua idade não influenciou. Disse que por causa da doença, seus distúrbios no cérebro são maiores. 

 Com isso, ela precisava ir ali diariamente para rever se não havia danos. Falei que era mais fácil ela continuar internada, mas diante da possibilidade, minha mãe mesmo negou, decididamente. Queria ir pra casa. 

 Nos recomendaram que eu a mude de casa. Principalmente depois de tudo que aconteceu, ela alega ver meu pai, ver demônios pelos corredores, marcas de solas de sapato pelo chão. Mas manchadas de sangue. Ela repetia que meu pai mataria ela. Eu a tentava acalmar. Dizia que nada iria acontecer. Ela dizia que eu havia mudado. Bem, essa ideia não é tão absurda assim, sei que mudei por algum tempo, e que nem ao menos era eu. Sei que exstem coisas sobrenaturais e tenho provas suficientes para não duvidar da minha própria mãe. Mas as coisas que ela diz muitas vezes parecem alucinações. E não quero arriscar. 

 Eu teria que achar uma outra escola sozinho, pelo visto, junto com a ajuda de Arya e Sam. Eu me sentia sozinho. Mas tinha muitos problemas rodeando todo mundo. Eu não queria despejar mais deles em cima dos meus amigos que já estavam em uma condição psicológica um tanto machucada. Não era justo enche-las assim. 

 - Senhor Logan? - Uma das médicas chamou, e pelo seu tom, não era a primeira vez. Pisquei, erguendo os olhos da fixa médica, abrindo um sorriso forçado, indo atrás dela. 

Tem Alguém Ai? - Volume 3Onde histórias criam vida. Descubra agora