Durante o meu namoro com a colombina, pois esse era o modo carinhoso como eu chamava Marina, quando estávamos só nós dois, o que também era uma forma de relembrar nossa primeira noite, conheci novas pessoas, de uma classe social acima da minha, o que de forma alguma me deixava encabulado ou me sentindo desmerecido de frequentar tais círculos de amizade.
Pelo contrário, eu me sentia no meu lugar, o que contribuiu para meu crescimento pessoal e profissional, pois foi nessa época que me decidi a frequentar a faculdade, estava surgindo uma nova modalidade de cursos de graduação de nível superior, os cursos tecnológicos, de curta duração, em média dois anos, dois anos e meio.
Como Marina cursava publicidade e propaganda em uma faculdade particular de renome e eu achava a profissão legal, decidi fazer um curso na área, optando por fazer um curso de tecnologia em marketing, que depois, veio bem a calhar no meu trabalho atual.
Como eu já disse antes, cursei o ensino médio em escola pública e por isso tinha direito a um programa do governo que oferecia bolsas de estudo pra pagar a faculdade, sem que houvesse por parte do aluno nenhum ônus posterior.
Infelizmente, durante a minha estadia na faculdade, meu namoro com Marina, terminou, mas, como já aprendi, a vida é como uma redação, tem introdução, desenvolvimento e conclusão, todo relacionamento tem início, meio e fim, quanto mais cedo a pessoa se conscientizar desse fato, melhor será a vida amorosa, pois manterá na lembrança os bons momentos que viveram juntos, que são os que guardo até hoje na memória, os momentos felizes e prazerosos que tive com a minha colombina.
Foi também, durante a faculdade, que conheci as duas protagonista desta história as gêmeas Chiara e Thiara.
Duas baixinhas, roqueiras, muito loucas, que amavam tatuagens, as duas eram iguais em quase tudo, mesma cor e tamanho de cabelo, cor dos olhos, altura, peso, até as tatuagens as duas faziam idênticas.
Porém, quem as conhecia mais intimamente, sabia que elas tinham um diferencial, ambas tinham uma caveira tatuada na virilha, bem próximo do lugar mágico dos prazeres, porém, Thiara tinha a sua tatuagem, do lado esquerdo e Chiara do lado direito, vocês devem estar se perguntando, como que eu descobri essa diferença, pois bem, irei satisfazer a curiosidade geral.
As gêmeas frequentavam o mesmo curso que eu, dessa forma acabamos nos tornando amigos, embora eu reconheça que todo relacionamento tem início, meio e fim, nenhum término de namoro é fácil, sempre rola uma deprê e coisa e tal, foi nesse período de "luto", que comecei a sair com a galera da faculdade e conheci melhor Chiara, acabamos ficando numa festinha, só uns beijos e amassos, o máximo que rolou, foi uma mão boba de ambas as partes.
Depois desse episódio, começamos a sair, ficar mais vezes e coisa e tal. Foi quando chegou o feriadão da semana santa, a galera da faculdade se organizou pra ir curtir um feriadão num hotel em recife, especificamente na praia de boa viagem, éramos oito no total, quatro rapazes e quatro moças, Chiara, Thiara, Veronica e Raquel, Carlos, Lulinha, Serenata e Eu.
O serenata se chama na verdade José Luiz, chamávamos ele assim, porque a cantada dele na faculdade era sempre precedida pela entrega de um bombom serenata de amor, para a moça que ele então desejava levar pro abate.
Ele chegava com uma conversa de que o bombom era pra adoçar mais ainda os lábios da jovem donzela, não sei como, mas, na maioria das vezes a cantada barata dele funcionava, eu chamava barata, porque um serenata de amor, custava na época, trinta centavos.
Tudo organizado, hotel reservado, passagens compradas, fomos curtir o feriadão em Recife, em nome da moral e dos bons costumes, alugamos quatro quartos duplos, tendo ficado assim a distribuição, Chiara e Thiara juntas, Raquel e Veronica em outro quarto, Lulinha e Carlos no terceiro, sobrando o ultimo pra eu dividir com o Serenata.
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Diário de um GP
NouvellesNeste livro, vemos as aventuras e desventuras de Rocha, um jovem garoto comum, que se envereda no mundo dos GP's!