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Deitamos no chão e ficamos, olhando para o teto.

- sabe? - Thomaz fala sorrindo.

- oque? - pergunto.

- sei que parece insencível em meio a morte de minha mãe, mas... Estou bem. - ele sorri.

- eu também. - Lorena segue conforme a conversa.

Abro um sorriso, para mim mesma. Se eu pudesse guardaria Thomaz e Lorena, em uma bolsa e os levaria para todos os lugares.

Nós, nos preenchiamos.

Sem Lorena não existia o grupo, e sem Thomaz também não.  Éramos igual um corpo, me adaptei aqueles gêmeos de uma forma que não sabia explicar.

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Lorena foi em bora, ela sabia que eu não estava desejando muitas companhias ao decorrer desses dias horríveis. 

Era sabado, o dia que eu costumava ficar com Thomaz. Nós íamos visitar meus pais e comiamos  no shopping.

Era algo simples, mas que eu amava..
Pelo simples fato de estar com ele. 

Mas agora, ele não estava mais lá. Se ele não aparecer, eu precisaria me acostumar com uma nova rotina, dessa vez sem ele.

Tomei um banho demorado.

Gostava de pensar, enquanto sentia a água quente cair.

Fiquei só de toalha, vagando pela casa, a procura de algo para fazer.

Avistei uma caneta e um papel em cima da mesa, e não resisti.

Me sentei, e comecei a derramar meus sentimentos, naquele material.

Amo cada pedaço seu.
Oque é Eponine, sem seu amor?
Saudades e mais saudades, só enchem meu interior.

Entrei em uma crise de pensamentos.  Ao ler aquilo, e ir pelo contexto, começo a chorar, minhas lágrimas era a maior expressão da minha dor.

- cade você, meu bem?- choramingo,para o papel.

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- só pode estar de brincadeira. - falo sorrindo quando Thomaz liga o rádio.
Lorena preferiu subir para meu quarto, ela estava super com sono.

- Lorena está dormindo. - falo cruzando os braços.

Thomaz ignora minha preocupação é me puxa para dança.

- a nãoooo... - choramingo com a cabeça para trás.

Ele sorri.

- a Epô.. vamos, não tive a chance de dançar com você na festa, mas vou ter agora.

Olho para ele.

- vamos lá.. - ele fala colocando as mãos em minhas costas.

Reviro os olhos e entre laço, meus braços em seu pescoço.

Thomaz sorri.

- ja falei que, você é complicada? - ele murmura.

- já falei, que tenho pena de Lorena? - retribui o murmuro.

Sinto o sorriso dele por traz do meu ombro.

A música é lenta, de uma banda que eu amo.  Thomaz me gira fazendo eu cair em seus braços, na volta.

Solto uma gargalhada e ele também.

- Uou... Onde aprendeu a dançar assim? - sorrio.

- ah, eu sei que danço bem... - ele revira os olhos, com um sorriso.

Thomaz desliza as mãos para minha cintura.

- você é uma ótima pessoa sábia?- ele fala encostando o queixo em meu ombro.

Me sinto envergonhada, pelo elogio.

- faço apenas, oque devo. - sorrio, meio tímida.

Ele levanta a cabeça e me olha.

- não devia, me deixar ficar na sua casa, devia? - ele sorri.

- como você, disse... Sou uma ótima pessoa. - ele solta uma risada,
enquanto eu encosto a cabeça em seu ombro.

- é sério que está com, aquele cara? - Thomaz pergunta em um tom mais curioso.

Ao falar " aquele cara", me lembro da madruga com Guns.

- sim. - sorrio meio chateada.

- e você... Gosta dele?- Thomaz, pergunta tentando pescar mais informações.

Fico em silêncio, refletindo nos meus sentimentos tão confusos por Guns.

- acho, que gosto. - sorrio, no ombro de Thomaz.

- " Acha"? - ele pergunta.

Solto um suspiro. E me volto, para olhar em seus olhos.

- Thom... Eu, eu não sei. - falo me soltando de seu corpo.

Thomaz, permanece em silêncio.

- ele meche de uma forma, tão grande comigo. Seus olhos, seus cabelos eu não sei... Sinto algo por Guns. Não consigo imaginar ele me machucando. - desabafo, aquilo que estava preso em mim.

O sorriso de Thomaz me acalma.

- será que ele sente isso, também? - Thomaz cochicha.

Arregalo os olhos.

Não parei para pensar daquele ângulo, será que Guns realmente gosta de mim? Será que ele realmente, não quer se aproveitar de mim?

- não sei. - dou de ombros.

[...]

O fim de semana, passou voando. Mas o interrogatório de Thomaz não saia de minha cabeça.

- oi Epô!!! - Margô, vem correndo em minha direção.

Dou um abraço nela.

- oi querida! - sorrio.

- soube que está namorando! - ela cochicha irônica.

Fico vermelha.

- é... - coloco as mãos para trás.

- Guns! - ela pula.

- você conhece ele? - perguntei confusa.

Margô solta uma gargalhada.

- muito bem! - ela
sorri.

- vocês são irmãos?- pergunto apontando para o cabelo dela.

Ela sorri.

- ah , não... Eu e Guns namoramos.

- oque? - engasgo.

Ela faz que sim.

- ah, mais não tem problema, ele é todinho seu. - ela arregala os olhos, me deixando mais curiosa.

Margô se vira e vai andando.

- hei, como assim?! - vou atrás dela.

- ah Eponine..sério mesmo que não conhecia Guns? - ela da um sorriso malicioso.

Fasso que não.

- então conheça. - Margô da um tapinha em meu ombro e sai.

Uma explosão de perguntas, surgem em minha cabeça... Oque Guns tem, que eu não sei?

- oi, meu amor. - me assustei ao sentir as mãos de Guns, deslizando nas minhas costas.



Onde está Thomaz. - EM REVISÃO -Onde histórias criam vida. Descubra agora