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O despertador tocou. Era um eco irritante que tomou conta de todo meu quarto.

Puxei as cobertas rapidamente, estava ansiosa para meu primeiro dia de aula, óbvio, primeiro ano do colegial não é para qualquer um . Nunca tive tanto animo para ir ao colégio, então  vamos aproveitar.

Ao abrir a janela consegui sentir uma brisa suave, entrar e criar forças para levantar meus cabelos. Senti cócegas, então sorri para o sol.

- bom dia Eponine. - mamãe falou ao entrar no quarto sorrindo.

- dona mamãe - provoquei - como vai, vossa senhoria?

- pois bem, madame - ela falou fazendo uma reverencia, enquanto eu sorria - oque acha de iniciar seu ano letivo com... Brownie?

- acho de mais!

Desci até a cozinha, e em cima da mesa vi uma bandeja cheia de Brownies fresquinhos e prontos para serem devorados.

- bom dia minha gata. - surgiu papai com um sorriso malicioso nos labios.

- bom dia pai - sorri com os dentes sujos e a boca cheia. - tudo bem?

- Tudo tranquilo. - ele se senta e  rouba a cobertura do Brownie.

Termino o café e vou de barriguinha estufada, para meu quarto. Precisamos iniciar o ano letivo, pelo menos com uma carinha de humana, não é mesmo?







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ATUALMENTE, AONDE NADA ERA TÃO MÁGICO ASSIM.

- bom dia, sou Kátia Casinos e estamos em mais um jornal da noite. - esta tarde de Domingo o casal Klaus estava voltando de sua lua de mel em Finlândia, quando foram surpreendidos por um grande acidente.

Desligo a Tv rapidamente, sem pensar duas vezes. Não conseguia mais assistir a reportagem. O hospital estava frio , e meu quarto vazio. Eu chorava ao relembrar nosso carro capotando para o outro lado da pista... Não sei daonde tirei forças para chorar com tantos pontos em meu corpo. Me endireitei na maca, voltei a pensar no que me acalmava Thomaz.

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- sabe que te amo né Eponine?

- sim papai, você diz isso todo dia. - falei revirando os olhos.

- ruim seria se eu não falasse - ele sorriu batendo o indicador no meu nariz - passo para te buscar 17:00 boa aula querida.

Abraço meu velho, e então saio do carro .

- Te amo - ele gritou de dentro do carro enquanto acenava - nunca se esqueça.

- jamais - gritei.

Observei o carro ir, e pensei ''o que faria se meu pai partisse?'' . Mas logo expulsei aquele momento depressão da minha cabeça, então me liguei no colégio... Uou , era um lugar lindo! Havia um jardim na entrada, salpicado de flores coloridas e que estavam dançando ao soprar do vento.

O colégio era um casarão gigante meio creme ( algo bem cliche.) ,e bem no seu topo estava uma bandeira gigante pendurada, que dizia "COLÉGIO LAWRENCEVILLE" . Bem na entrada do local havia uma bandeira dos EUA, que balançava ao ritmo do vento, sorri para mim mesma e caminhei em direção ao futuro.

Eu era nova em Lawrenceville School, então não conhecia ninguém. Avistei uma garota ruiva com mechas brancas na ponta do cabelo, e me encorajei de ir falar com ela. Ela parecia simpática... Então o que custava tentar?
A garota estava encostada na parede, ao lado de uma porta ela lia um livro, e parecia estar em outra galáxia.

Onde está Thomaz. - EM REVISÃO -Onde histórias criam vida. Descubra agora