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* Mensagens*

- E o que voce respondeu?

° Aceitei... ir ao baile com um garoto não mata ninguem.

Thomaz demora para responder. Imagino que esta ocupado, ou sei lá.

- Acho isso idiotice...

Ele demorou anos, para criar coragem de ser sincero e grosso ao mesmo tempo.

°  O que foi senhor Klaus? acha que vou transar com ele também?

Ele manda carinhas de riso, mas por trás sei que queria mandar carinhas furiosas.

- Voce pode transar com quem quiser Eponine... Só expressei minha opinião, que é de achar isso tudo, uma completa idiotice.

Fiquei com o polegar sem rumo no teclado. Não sabia o que responder. Sera que ele estava com ciumes, ou realmente ''expressando sua opinião''?

° Já que é assim, levarei camisinhas extras.

Ele visualiza e não responde. Fico com raiva daquilo... Desligo o celular e me jogo na cama. Sera que aquilo foi uma espécie de DR da amizade? Não queria que ele ficasse bravo comigo. Gostava da companhia de Thomaz... gostava disso quase mais do que chocolate.

Pensei em mandar mais alguma coisa, mais não queria parecer desesperada.

Fiquei pensando na minha fantasia novamente, quando ouço meu celular apitar.

Vou correndo achando que é Thomaz, expressando sua opinião novamente. Mas antes de visualizar a mensagem esperei mais alguns segundos... Não podia ser burra. Tinha que dar um gelo nele... ele deveria achar que eu também estou pouco me lixando, e visualizar só alguns minutos depois, e responder também... só mais alguns minutos depois.

Fico morrendo de curiosidade... Olho no relógio e quando da uns cinco minutos abro as mensagens.

* Mensagens*

- Oi Epoooo!!!! Vamos ver uma fantasia comigo amanhã?

Reviro os olhos e me sinto uma idiota, quando vejo que a mensagem é de Lorena e não de Thomaz.

Vou ver se ele respondeu... Apenas encontro ''último online dez minutos atrás''.

Isso me da uma raiva.... Eu aqui, usando minhas melhores táticas de mensagens com garotos e ele lá... nem ligando pra mim.

Deito na cama novamente. Fecho os olhos tentando dormir.

Ouço a porta do quarto abrir.

- Pai ou mãe.... precisa bater. - Murmuro sem abrir os olhos para ver quem pode ser.

- E se... por acaso não for nem a mãe e nem o pai. Também precisa bater?

Ouço a voz de Thomaz acompanha de seus passos.

Arregalo os olhos que anteriormente estavam fechados e sento na cama em um salto.

- Isso vale pra todos... eu podia estar pelada aqui dentro.

- Isso seria um privilégio pra mim. - retruca.

- Idiota. - me deito novamente. - já deve ter visto meus peitos no dia da piscina mesmo...

Thomaz deita ao meu lado sem ser convidado. Não me importo...Apenas olho para ele, que esta concentrado olhando as estrelinhas florflorecentes penduradas no teto do meu quarto. Meu pai colou aquilo quando eu era criança... ao apagar a luz da um efeito legal, quando chovia e fazia trovões eu ficava observando elas..assim dormia rapidamente.

Lorena tinha razão, ele se impressionava com tudo. E isso era fofo e engraçado.

- Por que veio até aqui... Achei que ia me deixar no vacuo no telefone.

Ele sorri sem tirar os olhos do teto.

- Não acredito em ''mensagens'', quando se trata de conversas sérias.

Começo a rir, oque é muito desconfortável de se fazer quando esta deitada.

- Conversa séria? Nossa...papai.

Thomaz deita de lado e apoia a cabeça nas mãos, ele olha para mim com seriedade.

- Sabe quando disse dos seus peitos na piscina?

Tampo meu rosto. Aquilo era tão constrangedor, eu preferia imaginar que ele nem sonhasse que eu tinha peitos.

- Eu vi eles.. - ele sorri. - Acha que sou idiota? A agua não tampa nada.

Olho para ele com desespero, minha cara já esta um pimentão.

- Calma... - ele me abraça. - São... apenas... peitos.

Começo a rir meio tensa.

- Thomaz...são os MEUS peitos!!!

Ele esfrega o rosto com as mãos.

- Eu não acredito que estou dizendo isso..mais... É isso que torna eles mais especiais. São seus.

- Isso não deixa a situação mais fofinha...

Ele bufa.

- não nasci com o dom da fofura. - diz se jogando na cama, voltando a olhar para o teto.

Acompanho seu olhar.

- Obrigada por me contar.

- Obrigado por confiar em mim...

Sorri. Thomaz entrelaça minha mão com a sua e me olha com um sorriso aberto nos lábios.

- Levarei mais camisinhas para festa se precisar.

Reviro os olhos.

- Thomaz...veio aqui para falar disso?

- Desculpa Eponine, mas... me preocupo com voce.

Me levanto, sentando na beira da cama enquanto ele continua deitado.

- Disse que eu posso transar com quem eu quiser...

Ele se levanta.

- Isso não significa que vai fazer isso...

- E se eu quiser? - provoco.

Ele sorri e da de ombros.

- Ai..eu não posso fazer nada. Só juntar seus caquinhos depois que vier chorando, quando o cara tiver te dado um ponta pé. Porque afinal... hoje é assim. Ele conseguiu o que queria...Sexo. Vai te descartar feito uma latinha de refrigerante.

Fico indignada com oque ele diz... O que era pra ser uma provocação minha, se tornou algo sério para Thomaz.

- Ok papai... não preciso de lições de moral. Eu sei oque acontece no mundo em que vivo.

Thomaz segura minha mão novamente, convidando para eu sentar.

- Desculpa... - ele sorri triste.

Dou um abraço nele.

- Thom... não é nada. Eu juro. Só vou com ele para ver se para de me encher o saco.

Ele assenti.

- Eu sei disso.

- Não é nada sério migo..

Ele me abraça um pouco mais forte e funga no meu pescoço.

- Não faça isso comigo ok? Não deixe esse cara te machucar e fazer eu acabar com ele. Se eu for preso a culpa é sua.

Abro um sorriso por trás de seu ombro.

- Ok...eu assumiria a culpa.

Ele se levanta e ajeita o cabelo que esta em uma bagunça completa.

- Agora.. preciso ir. - Leva as mãos ao bolso. - Chaves? estão aqui. - Sorri ao achar a chaves do carro.

Thomaz sai, mas coloca a cabeça na porta novamente e aponta para mim.

- Beleza?

- Beleza... - confirmo.



Onde está Thomaz. - EM REVISÃO -Onde histórias criam vida. Descubra agora