Capítulo 3

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Acordo com muito barulho, e algumas coisas caindo em cima de mim. Eu me cubro ainda mais e alguém tira toda a coberta de mim.

Max: ACORDA DORMINHOCA!! - grita no meu ouvido e levanto da cama num pulo.

Alice: Precisava gritar, pai? - pergunto ainda com sono.

Max: Fazia um tempão que eu estava tentando te acordar! - da um sorrisinho e abre os braços.

Corro em sua direção e lhe dou um abraço apertado, que saudades eu estava do meu pai.

Alice: Que saudades, senhor Max! - beijo seu rosto.

Max: Vá tomar um banho e vamos sair, tomaremos café fora. Irei resolver algumas coisas mais tarde, então o Nicolas ficará responsável por te mostrar a cidade, aposto que vai adorar Fortaleza. - da um tapinha no meu ombro e sai do meu quarto.

Antes de tomar banho eu me ajoelho e oro, logo em seguida vou direito pro banheiro. Descubro que minha mãe estava enganada realmente e meu pai estava certo. Vesti a roupa menos quente que trouxe, cheguei a sala e meu pai estava conversando com um moça, loira, não muito alta, bonita, parece ser mais mais nova que minha mãe.

Max: Filha, essa é a irmã Luciana! Uma grande amiga minha. - meu pai a apresenta.

Alice: A paz do Senhor, sou Alice! - aperto sua mão.

Max: Estávamos indo tomar café, quer vim conosco? - se direciona a ela.

Luciana: Ah não Pastor, seria muito incômodo.

Alice: Que nada, não seria incômodo algum! Vamos. - sorrio pra ela que cede.

Vamos andando mesmo até uma padaria próxima de casa. Assim que chegamos eu peço um café e algumas bolachinhas que até agora não sei o nome, mas são muito deliciosas.

Alice: O que é isso que eu tô comendo? - pergunto me deliciando mais ainda.

Max: Isso são bolachinhas de goma, filha. - meu pai fala me observando enquanto como.

Luciana: Voltando ao assunto Pastor. - meu pai volta a sua atenção a senhora Luciana e eu também. - Eu realmente não sei mais o que fazer com meu filho, ele já terminou o colégio faz três anos é inteligente e tudo o mais, porém não quer saber de nada além de festas, bebidas, eu não aguento mais quase todos os dias aquele garoto levando uma menina diferente lá em casa, e desculpe a expressão, mas fica se pegando com elas na frente da pequena Jennifer. Depois que o Marcus morreu ele mudou totalmente e se jogou nesse mundo. Não quer saber de fazer faculdade ou trabalhar... - algumas lágrimas escapam dos olhos dela.

É triste ver uma mãe chorando pelos atos de seus filhos.

Max: Luci, o Christian daqui a um mês vai fazer vinte anos, já é responsável por si mesmo. Não é mais criança, ele tem que enxergar a realidade, ele não pode viver toda a vida em sua casa, você já aconselha ele, eu já aconselho ele, o Nick até já tentou, mas você sabe que ele não gosta muito do Nicolas não sabemos o porquê. Então a única coisa que nos resta é orar! Creio que o Senhor vai ouvir nosso clamor e fazer algo a respeito. Permaneça firme, confie Nele, coloque-o em primeiro lugar, na frente de tudo, e sua situação vai melhorar, tenho certeza.

Luciana: Amém Pastor! Ele agora fez uma outra tatuagem e quando falo a ele que nosso corpo é templo do Espírito Santo ele reclama.

Me dói o coração ver essa senhora que não conheço sofrer por seu filho que não quer nada com Deus.

Alice: Senhora Luciana, eu não sei o que está acontecendo em sua vida, mas creio que o Senhor já enviou a sua resposta, a solução pra seus problemas, Ele não deixa oração nenhuma passar desapercebida, ainda mais de um justo, Ele é contigo! Se alegre Nele que a senhora vai ver o quadro de sua vida mudar.

Falo enquanto ela chorava em minha frente. Eu nunca fui muito boa em conselhos, mas as vezes eu falo coisas que nem percebo. Minha mãe fala que é Deus me usando pra falar com as pessoas e é bom saber que sou ferramenta de Deus.

Me levanto e dou um abraço nela, as batidas do seu coração que antes se ouviam em bom e alto som foram de acalmando.

Alice: Estarei orando pela senhora e sua família, e se precisar de algo além disso pode falar comigo, ficarei feliz em ajudar. - sorri gentilmente pra ela que retribui.

Luciana: Obrigada querida.

Terminamos de tomar café e meu pai fala que precisa ir em um lugar resolver algumas coisas, então ele liga pro Nick que chega rapidinho. Me cumprimenta com um abraço apertado que eu pensei que meus ossos se quebrariam.

Max: Nick, pode ser guia da minha filha hoje? Apenas hoje? - pergunta meu pai.

Nick: Claro, não apenas hoje, faço questão de acompanha-la amanhã também se quiser. - olha pra mim.

Alice: Sem problemas! - respondo.

Max: Não cheguem tarde, hoje terá culto! - confirmamos.

Me despeço do meu pai e da senhora Luciana e sigo o Nick.

Alice: Aonde vamos, Nick? - pergunto e percebo que vamos de carro.

Nick: Você não veio preparada pro clima daqui, não foi? - me olha de cima a baixo e entra no carro.

Alice: Infelizmente não. - suspiro.

Nick: Então nossa primeira visita vai ser ao shopping, não se preocupe eu pago. - liga o carro e da a partida.

Pelas ruas onde passamos pude contemplar um pouco da beleza de Fortaleza, eu realmente estou ansiosa pra ir à alguma praia daqui.

Nick: Agora você sabe que terá um irmão mais velho, não sabe? - desvia o olhar pra mim dois segundos.

Alice: Sabia que eu sempre quis ter um irmão mais velho?

Nick: Agora você tem! - sorri.

Fico o observando por um tempo, mas logo desvio o olhar. Não demora muito para que chegássemos no shopping. O Nick sabe exatamente pra onde ir. Compramos algumas roupas e acessórios e depois fomos comer, no caminho ele encontra uma amiga.

Nick: Amanda! Que bom te ver! - fala abrindo um sorriso, a garota por algum motivo cora.

Amanda: Nick... - ela parece envergonhada.

Ela é mais ou menos do meu tamanho, magra, porém tem um corpo de dar inveja, morena de olhos super azuis, seu cabelo é tão liso, ela é muito bonita.

Nick: Alice, essa é a Amanda! - aperto a mão da garota e sorrio. - Ela é a filha do Pastor Max, lembra que ele só falava dela?

Amanda: Ah! Paz do Senhor! Seja bem vinda, espero que esteja gostando daqui! Ficará quanto tempo?

Alice: Eu cheguei ontem, então ainda não vi muita coisa. Ficarei três meses aqui, pois espero passar no vestibular e se tudo der certo precisarei voltar para as aulas. - explico.

Nick: Nos vemos no culto hoje, Amanda, temos que ir em mais alguns lugares ainda hoje. - Nick fala e eu me despeço dela.

Ele a abraça, como ele é forte e mais alto que ela faz com que ela suma totalmente da vista das pessoas.

Vamos recomeçando a andar, a respiração dele está alterada e posso ouvir seu coração de onde estou.

Alice: Está tudo bem, Nick? - pergunto e ele se embola todo pra falar.

Nick: Ahn, claro, por que não estaria?

Alice: Por nada... - dou de ombros e continuo andando.

Depois de comer eu troquei de roupa e fomos visitar alguns pontos turísticos de Fortaleza, deixamos pra ir a praia amanhã...

Quando chegamos em casa fomos direto nos arrumar pra ir à igreja, a ansiedade está batendo na porta. 

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Espero que tenham gostado

Quando a primavera voltar - Livro 1 DEGUSTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora