Uma Patricinha Fora De Beverly Hills

CAP 7

    -- Ai Anna... Só você mesma. - rio do seu estado. - Tudo bem. - respiro fundo. 

    Temos um grande caminho até a minha casa e uma longa história a ser contada

    Quatro anos atrás, em uma noite muito chuvosa (coincidentemente no mesmo dia em que eu e Thomas tínhamos nos beijado pela primeira vez ), quando eu ainda morava na fazenda do meu avô, meu pai me chamou pra conversar... 

        FLASH BACK ON

     -- Jenny, meu anjo. Posso entrar? - Meu pai está parado ao lado da porta do meu quarto. E eu, que escrevia no meu diário sobre o fato ocorrido no dia de hoje. 

     -- Pode sim papai. - Sorrio e guardo rapidamente meu diário, não querendo que meu pai veja.

    -- Filha, temos que conversar. - ele diz se sentando em minha cama. 

    -- Tudo bem. - arrumo minha postura e me sento como o meu pai - Diga.- sorrio

    -- Tenho medo de como você reagirá, mas eu recebi uma proposta de emprego. Meu salário aumenta'ra cinco vezes! - ele fala animado.

    -- Uau papai. Isso é ótimo! O senhor vai aceitar não é. Eu sei que o senhor sempre quis ser um médico famoso. - me animo também.

    -- Eu sei! Isso é ótimo, não é? - ele sorri mas muda sua expressão- Mas... 

    -- Mas o quê? 

    -- Nós temos que nos mudar... Pra cidade. - ele diz receoso. - Beverly Hills

    -- O quê? Você tá' brincando né'?- pulei da cama- Tudo o que eu tenho na vida . Escola, amigos, Tho... Quer dizer... Tudo. - ando de um lado para o outro falando alto. - Se vocês me amam de verdade não levaram daqui. Podem ir e eu fico com a vovó e o vovô- começo a chorar desesperada.

    -- Jeniffer, eu não posso e nem vou fazer isso. Você vai conosco. Ponto final. - ele fala decidido.

    Saio correndo do meu quarto ignorando os gritos do meu pai dizendo pra eu parar. Bato a porta de entrada e corro mais rápido sentindo as gotas fortes de chuvas batendo em meu corpo e se misturar com minhas lágrimas, mas não ligo para elas. Nesse momento eu só quero ver Thomas, abraçá-lo e nunca mais soltar.

    Estou indo em direção a fazenda dos Backers Eu preciso encontrar Thommy. Preciso. 

    Chego na fazenda, pelo contrário dos meus pais, os senhores Backers gostam bastante de mim e sempre me deixam ver Thomas, menos sua irmã, Vanessa. Ela realmente me odeia.

    ÓDIO. 

    A única coisa que eu consigo pensar no momento. 

    Bato na porta da casa dos Backers. Dou socos fortes sem cessar, minhas mãos já estavam doendo de tanto bater até que alguém abre a porta.

    -- O que é isso? - Vanessa abre a porta assustada com o semblante bastante irritado. - O que você quer aqui garota? 

    -- Só... Só quero falar com o Thom... Thomas - digo soluçando de tanto chorar.

    -- Beleza, espere aqui - Ela diz seca, não ligando pro meu estado deplorável. 

    Ouço berros de Vanessa gritando o nome de Thomas e o mesmo também grita dizendo que já vai.

    -- Quem está querendo falar comigo? Quem é o louco de vir aqui nessa chuva? - Ele pergunta revirando os olhos em direção à Vanessa. - Ai meu Deus Jenny. O que aconteceu? Por que você está aqui nessa chuva? - Ele me puxa pra dentro da casa fechando a porta atrás de nós e me abraça. - Você está chorando? - Thomas segura meu rosto. - Por que está chorando? - Ele se desespera. - Desculpa, eu estou fazendo muitas perguntas. 

    Rio um pouco com o seu desespero. 

    -- Eu estou bem. Só queria te ver. Queria muito. - O abraço forte. 

    -- Que gritaria é essa na minha sala? - Senhora Backer, Emma Backer no caso, chega na sala e ao ver como estou ela se assusta. - Jenny, querida. O que aconteceu com você? Espere, vou buscar uma toalha pra você.

    -- Vamos para o meu quarto, você tem que me explicar isso direito.

    Subimos em direção ao quarto de Thomas que era bem grande, a fazenda Backer faturava tão bem quanto a da minha família. Dona Emma me deu uma toalha e um chá bem quentinho. Depois que eu me acalmei e me sequei, agradeci ao favor prestado pela mãe do meu namorado e ela saiu do quarto, nos deixando á sós. 

    -- O que aconteceu Jenny? - Thomy pergunta assim que Emma fecha a porta. 

    Não digo nada e chego mais perto, colocando minhas mão em seus cabelos. Fito seu rosto por um tempo, como se estivesse memorizando-o.

    Me inclino mais para ele e o beijo. Um beijo lento, cheio de carinho. termino o beijo com um selinho demorado.

    -- Eu vou embora. - digo e fecho os olhos, com medo do que ele iria dizer.

    -- Mas você acabou de chegar, e está chovendo muito. Vamos esperar a chuva acabar - ele diz voltando a me beijar.

    -- Não. - seguro seu rosto fazendo- o olhar para mim- Eu vou embora daqui. Vou morar na cidade. Beverly Hills. 

    -- O quê? Ir embora? Você vai me deixar? Pra sempre? - Ele tira minha mão do seu rosto e começa passar a mão pelo seu cabelo freneticamente.

    -- Não é porque eu quero meu amor. Eu estou tão surpresa quanto você. Não quero ir. Mas o meu pai vai me obrigar. - começo a chorar. - Por favor, não me odeie.

    Ele se vira e vem em direção à mim e me abraça forte. 

    -- Eu NUNCA vou te odiar entendeu? NUNCA.Eu te amo.- ele me dá um selinho demorado.

    -- Mas eu não quero ir. Eu quero fica aqui com você. Pra sempre. - choro no seu peito.

    --Eu também não quero que vá, mas nós podemos fazer dar certo. Podemos escrever um para o outro. E no próximo verão eu vou começar a trabalhar para o meu pai e vou receber uma certa quantidade de dinheiro. Eu posso comprar umas passagens para ir te ver lá em Beverly Hills. Vai ficar tudo bem. A gente nunca vai se separar. - ele me promete. 

        FLASH BACK OF

   -- Ele nunca escreveu. Nem uma vez. - meu peito aperta só de pensar em todas as noites em claro esperando um email, uma ligação, uma carta, uma visita, um pombo correio. Mas nada.

    -- Eu não me conformo com isso. Ele te prometeu. E nunca mandou nem um email? - Anna passa um dedo embaixo do olho pra limpar uma lágrima solitária. 

    -- Nadinha. - Sorrio triste, balançando a cabeça de um lado pro outro.

    -- E você nunca procurou saber? Vai que ele mandou mensagens sim. Seu pai deve ter desviado. Eu sei que ele odiava Thomas. E muito. Você não pode ficar culpando-o sem saber os dois lados da história. Agora que você o reencontrou pode perguntá-lo - ela sorri pra mim.

    -- É, talvez- dou de ombros. - Mas de uma coisa eu estou certa. A volta de Thomas Collins não vai afetar minha vida e nem minha relação com Christian.

    -- Tenho certeza disso - Anna zomba. 

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    CAPITULO PROMETIDO, CAPITULO POSTADO.É ISSO.MAIS UMA PARTE DA HISTÓRIA DE THOMAS E JENNY FOI REVELADA. O QUE VOCÊS ACHARAM? POR QUE SERÁ QUE THOMY NÃO MANDOU AS CARTAS PRA ELA? DEIXEM NOS COMENTÁRIOS E NÃO SE ESQUEÇAM DE FAVORITAR.

BOM FERIADO.

Um beijo e um queijo. 

<3