Cap.22

4.8K 340 15
                                    

Alex narrando:

Mas que merda tá acontecendo comigo? Toda vez que a vejo meu coração acelera, da uma enorme vontade de beija-la, fico até com água na boca só de lembrar nossos beijos.
Depois de me certificar que ela estava bem - Não sei o por que, mas sinto que tenho que protege-la -, fui até a mesa onde estavam o André e o Cody, fiquei com uma mina mo gostosa, mas não chegava nem perto de quem eu queria pegar.
Percebi uma rodinha se formando no meio da cantina, e como não sou nado curioso, fui ver o que era. E me arrependi amargamente, o rodinha era porque a Alexia estava implicando com uma mina ruiva, e como sempre a Maluquinha se encontrava no local da treta, mas ele interviu, e por incrível que pareça, a defendeu.
   Com que direito, com que Max, tem de defende-la?
   Não me aguento, e vou até ele tirar satisfação.
   A cada passo que dava, minha raiva aumentava, meu sangue fervia, meu punho estava cerrado com tanta força que aposto que minha palma estava branca.
   — Mas que porra foi aquela?!— falo, chamando atenção dos amigos de Alice e da própria Alice, Max também me olhou, mas nem dei bola, pra falar a verdade, tava pouco me fudendo pra ele!
   — Ahh, agora vc aparece, né? Mas quando a Lice precisava de ajuda, você estava aonde? Isso mesmo! Comendo aquela vadia! — esbravejou Max, desde quando ele virou o anjo da quando da Alice? E desde quando ele tem intimidade para chamar ela de Lice?
   — Da pra vocês dois pararem! Max, agradeço a ajuda,— Max acenou com a cabeça— e Alex, não enche!
   Ela simplesmente saio, sem falar mais nada. Absolutamente, nada! Que raios de garota!
   Logo que minha Maluquinha saio o pessoal(Lari, Miguel, Gus, Gui, Matt, Bárbara, Alec Bela e a mina ruiva que ainda não sei o nome, mas a conheço de algum lugar) saíram atrás, fiquei a encarar Max, desde o começo nunca gostei dele, só paramos de nos encarar quando o sinal da aula tocou, meio que fui obrigado a ir, se não, o André e Cody iam ficar na minha orelha. Max fez a mesma coisa que eu, e para melhorar(sintam à ironia) ele é da mesma sala que eu.
   Ao entrar na sala, encontrei o pessoal lá, mas nem dei bola, fui direto para a direção de Cody e André.
   A aula seguiu normalmente, os professores chatos, as meninas se jogando em mim, as zueiras...
  
   [...]

   Finalmente!!
   Nunca pensei que ficaria tão feliz ao ouvir o bendito sinhal tocar, fui uns dos primeiros a sair, lá eu não ficava nem mais um minuto, tava passando por um quartinho, o mesmo que quartinho de hoje mais cedo com a Alice, quando do além, sinto uma mão me puxar para dentro do lugar pequeno e mal iluminado.
   Sou prensado contra parede, e meus lábios são atacados, foi um beijo rude, selvagem, não continha nenhum sentimento, era frio.
   Mas como sou carne fraca me entrego ao beijo.

   Alice narrando:

   Depois daquela pequena treta com a lagartixa azeda, sai dali, estava me sentindo mal em ficar no mesmo ambiente que Max e Alex, eles conseguiam me sufocar sem nem menos perceber. Logo que sai, meus amigos me acompanharam, ficamos conversando num curto tempo, até a porra do sinal tocar, avisando que as portas do inferno estavam abertas para nós.
   A aula segui tranquila, como sempre algumas trocas de olhares entre Babi e Alec, André e Isadora, Bela e Matt, e a ruiva— descobri que o nome dela é Amanda, ela é a "amiga" do Gus, eu me lembro de Gus falando dela, para ser mais exata, falando que é afim dela, ela é super gente boa— e Gus, Gui e Livia— também gente boa, nada de patricinha— e até mesmo o Cody e Isabelly— bom Isabelly, ela tem o estilo patricinha, mas de patricinha não tem nada, sei que ela gosta de música eletrônica, fala palavrão e o melhor de tudo, não leva desaforo para casa—, quando finalmente o sinal tocou, guardei meu material, e pedi pra que ele irem para seus quartos se trocarem, hoje planejamos curtir. Terminei de guardar meu material, e fui em direção a porta de saída, quando sinto fortes dedos segurarem fortemente meu braço, com a força do puxão, fez com que meu corpo se colidisse com o da pessoa, dando de cara com um muro de músculo, um forte perfume masculino invadiu minhas narinas, olhei para cima, nossos olhos se encontraram, estávamos tao próximo que senti sua quente respiração forte perto da minha, nossas respirações estavam misturadas, em questão de segundos ficamos nos encarando, seus olhos pareciam analisar cada parte de meu rosto, cada expressão, com isso encolhi.
   — O que você quer? — falei com a voz falha e trêmula, com nossa aproximação, minha voz se perdia, minha respiração acelerava.
   Ele levou uns leves segundos a me responder, ainda analisando minha face.
   — Você — Falou sem hesitar, não tive tempo de agir, foi tudo muito rápido.
   Ele simplesmente me beijou, mas não que nem das outras vezes, dessa vez foi real, dessa vez teve sentimento, pelo menos de sua parte, tentei recuar mas ele era mais forte e mais que eu, o beijo estava bom, mas meu subconsciente gritava para mim parar, afasta-lo, qualquer coisa, só sair dali.
   Tentei de tudo, tudo mesmo, empurrar... falho, chutar...falho, até morder seu lábios... mas como as tentativas anteriores... falhou.
   Até que ele se afasta bruscamente, por causa de alguém falar:
   — Mais que porra é essa?!

...Onde histórias criam vida. Descubra agora