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"Quem poupa o lobo, sacrifica a ovelha.
Victor Hugo."
Dito e feito, Sehun pulou em minha direção, até consegui desviar, me jogando para o lado, com certeza vou ficar todo roxo. Me arrastei até a porta, porém ele foi muito mais rápido e assim que eu virei, fincou os dentes na minha coxa esquerda e me puxou. Ele me mordia profundamente, senti seus dentes quase chegando no meu osso.
- Sehun! Aaaaaaah...... Sehun me larga – Eu gritava, mas não adiantava de nada, ele continuava me mordendo – Sehun, é o Kyungsoo... Hun está machucando.... Para!
- Soo?
Finalmente aquela praga me largou, parecia estar recobrando a consciência aos poucos e ficou andando de um lado pro outro. Eu tentava pensar no que fazer, porque minha perna doía demais, mas com Sehun zanzando do meu lado só me deixava irritado.
- Fica quieto, estou tentando ver o quanto você me machucou.
- Desculpa Kyungsoo, eu não queria morder você, pelo menos não dessa vez.
- Cala a boca e me ajuda – Falei enquanto colocava a mão na perna – Presta atenção, você deslocou meu osso, eu preciso colocar no lugar e lavar a perna pra não infeccionar.
- Ei eu não tenho doença!
- Não disse isso, seu monte de pelo, qualquer ferida aberta assim infecciona, ainda mais estando nesse muquifo que é meu apartamento. Agora me ajuda.
- Kyungsoo, ainda estou em forma de lobo, não consigo voltar ainda.
- Me ajuda a rasgar a calça, preciso ver o que estou fazendo.
- Como você sabe de tudo isso?
- Sou um médico, você não leu minha mente?
- Ah verdade, você tá transando com o Chanyeol, seu chefe.
- EU NÃO ESTOU TRANSANDO COM O CHANYEOL, AI QUE RAIVA.
Abri os botões da calça, pra ajudar eu vestia uma calça jeans justa, ou seja, seria bem mais difícil de tirá-la. Sehun aproximou seu focinho e enquanto eu segurava um canto, ele puxava de outro, ajudando a rasgar boa parte.
- Ai meu deus me ajuda, que dor da porra.
- Você acredita em deus?
- Não, mas tá doendo tanto que preciso de ajuda de qualquer entidade pra fazer o que preciso fazer agora.
- Eu posso lamber sua perna Soo... Vai curar.
- Mas não com o osso deslocado. Vou ter que pôr no lugar, puta merda Sehun, acho que te odeio – Sentia tanta dor, que estava perdido meio a esse sentimento, junto da raiva.
O lobo marrom se sentou ao meu lado e encarava qualquer movimento que eu fazia. Colocar o osso no lugar correto não era difícil de fazer, é algo até meio que instintivo, mas fazer em você mesmo é uma dor do cacete. Juro que tentei não gritar, não queria assustar mais Sehun, e olha que ele estava bem assustado, mas não teve como, assim que coloquei a mão na perna e forcei o osso a se encaixar soltei um berro.
