Convivência

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"Pois deixe que a convivência deixe falar o coração

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"Pois deixe que a convivência deixe falar o coração

Machado de Assis".


Assim que cuidei do machucado me joguei na cama. Tentava não pensar muita merda porque tinha certeza que Xiumin ficaria prestando atenção.

Todos os dias de manhã ele vinha me perguntar se eu estava pronto pra pedir desculpas, e eu respondia que não. Depois do primeiro dia trancado, Xiumin cortou minha água, ou seja, além de ficar sem comer nada, não podia beber nem água da torneira.

Pensei que aguentaria de boa, mas não sou estúpido, depois de quatro dias sem comer ou beber nada, minha boca estava rachando, eu passava muito mal e perdia a consciência algumas vezes por dia.

Tentava me manter positivo, pensar o quanto que eu amava Sehun e as vezes que nos tocávamos só pra irritar Xiumin, tenho certeza que estava conseguindo mas a cada vez eu conseguia me concentrar menos.

Na manhã do quinto dia eu tive que ceder, não aguentava mais ficar naquele quarto, nunca tinha me sentido tão mal nessa vida então assim que ouvi aquela perguntinha "está pronto para pedir desculpas?" eu apenas falei baixo que sim, então vi a porta sendo aberta.

Minha vontade era correr daquele quarto mas meu corpo não respondia, fiquei apenas deitado no colchão e ele veio até mim.

- Estou esperando – Ele falou.

- D-Desculpa Xiumin, por favor me dá água – Essas palavras tiveram um gosto tão amargo na minha boca, mas foi necessário.

- Claro que sim, era só pedir.

Uma mulher entrou no quarto com uma bandeja, eu passava tão mal que não estava reconhecendo todos os alimentos. Xiumin me ajudou a sentar na cama e infelizmente precisei da ajuda dele para me alimentar.

Os primeiros goles de água desceram queimando minha garganta, mas eu me senti levemente melhor. Em seguida comi algumas frutas e um pedaço de pão.

- Está melhor? Você é muito teimoso Kyungsoo. Era só ter pedido desculpas.

- Nós humanos temos algo chamado "orgulho", não sei se no céu eles passaram essa definição pra você.

- E onde está esse orgulho todo agora? – Ele sorriu ao me perguntar isso, e eu nem tinha o que responder – A gente não precisa viver nessa guerra.

- O que você realmente quer de mim? Eu te dou qualquer coisa pra você nos deixar em paz.

- Eu já te disse, quero que você apenas fique aqui comigo. Me faça companhia e quando perceber que eu não sou tão ruim, escolha a mim ao invés dele.

O que eu podia responder sem me fazer receber outro arranhão? Ele pensa que meus sentimentos pelo Sehun são fracos o suficiente para serem esquecidos tão facilmente, mas não são.

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