Maybe a new life

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Meu pai já havia depositado os euros em um cartão internacional, chegando lá, atravessamos a pista de pouso, pegamos as malas de mão e esperamos as outras na esteira, mostrei a um americano o documento que comprovava que eu, Cassie e Daniel íamos passar as férias na universidade e nossa certidão de nascimento.
A universidade ficava a alguns quilômetros da cidade. Foi realmente difícil por as nossas bagagens no porta-malas do taxi, o motorista nos olhava com uma cara antipática de que tinha mais o que fazer. Depois de muito sacrifício o mesmo nos levou a universidade.
_ Toma, cinco pratas a mais por ter esperado tão de bom grado a nossa demora é dificuldade para por as malas no carro. - Eu falei ironicamente entregando o dinheiro ao taxista ao chegarmos em frente à faxada da faculdade. O mesmo pegou o dinheiro e foi embora com a mesma cara.
Paramos e olhamos em volta: era maravilhoso, a universidade tinha as paredes revestidas de tijolos a vista, o campus era enorme.
_ E agora? - Daniel perguntou olhando em volta.
_ Vamos. - Eu respondi confiante é animada.
Ao entrarmos deparamos com inúmeros alunos.
_ Oi. - Uma menina estranhamente familiar com cabelo castanho claro e olhos azuis veio em nossa direção nos cumprimentando. - Meu nome é Hazel Anderwood, sejam bem vindos, - ela continuou com um sorriso amigável e ainda familiar.
_ Sou Cassie Martin, - minha amiga foi logo se adiantando com um inglês, ao contrário do meu quase fluente enquanto eu olhava para a menina curiosa e Dani sorria para cada líder de torcida que passava com aquele vestidinho curto e o desenho do  lobo o mascote desenhado no mesmo. - Viemos do Brasil. Esse é meu irmão Daniel e essa olhando para você com cara de paisagem é minha amiga Katerina Delevingne, é universitária também?
_ É um prazer. Na verdade ainda estou no ensino médio, só vim confirmar a inscrição do meu irmão. - Ela respondeu.
_ Desculpa eu te conheço? - Mesmo sabendo que a pergunta era muito idiota, não pude deixar de faze-la, aquela menina nao me era estranha. Ela riu assim que me ouviu.
_ Acho que não. Bom, meu pai e meus irmãos moraram lá mas eu nunca fui para o Brasil.
_ É claro, desculpe. - Eu disse sem graça.
_ Imagina! Não se sinta mal por isso. - Ela respondeu ainda sorrindo, - Artie! - Hazel disse indo em direção a uma mesa, onde havia um garoto magro, ruivo e sardento, o mesmo parecia ser o único dali com coragem de usar pulôver de lã e gravata borboleta, - Artie esses são Katerina Delevingne, Cassie Martin e Daniel Martin, gente esse é o Artie, assistente do laboratório de idiomas e o aluno predileto da maioria dos professores. Artie se importa de ver onde é o dormitório deles?

_ Oi Hazel! Claro que não. Deixe-me ver... - O menino disse olhando uma longa lista de papéis, - Cassie e Katerina no dormitório 557, e Daniel no número 612.
_ Valeu Artie! Agora você pode me fazer outro favor e leva-los lá? Ainda não tenho o mapa completo desse lugar na cabeça.
_ Tudo bem Hazel. Venham, - o menino disse saindo de trás da mesa e subindo alguns lances de escada conosco, - é um prazer. Bom esse é o 557, aqui estão as chaves, - ele falou nos entregando uma chave para cada uma, - se confirmarem suas inscrições dividirão o quarto com mais uma menina, - concordamos com a cabeça, agradecemos o Alex e nos despedimos de Dani combinado de encontra-lo que continuou subindo mais alguns lances.
Eu e Cassie nos olhamos e sorrimos e entramos no grande quarto, logo começamos a tirar as roupas das malas e colocar no armário que havia no quarto, Cas foi tomar um banho em quando eu guardava minhas coisas, coloquei o porta-retrato que ganhei de aniversário na criado-mudo ao lado da cama em que eu ficaria e guardei todas as roupas que eu trouxera em uma parte das gavetas, depois que Cassie saiu e eu fui tomar banho.
Quando tudo estava arrumando deitamos para dormir.
_ Você acha que tudo vai dar certo? - Eu perguntei deitada olhando para o teto.
_ Tenho certeza. Você vai ver: ano que vem estaremos estudando na Western Oregon University!
Eu ri com a empolgação dela depois fechei os olhos e cai no sono.
Acordei às sete da manhã com a ligação de minha mãe.
_ Oi mãe, como você está? - Perguntei sonolenta.
_ Oi Kat. Você está bem? - Ela perguntou um tanto desesperada.
_ É claro que sim. Porque?
_ Ah... Nada filha, só estamos com saudades e aí, como está?
_ Não deu tempo de fazer muita coisa ontem, chegamos, arrumamos as coisas e dormimos. O colégio é lindo estou amando.
_ Que bom, que bom. Você merece filha. - O tom na voz dela estava estranho como se estivesse preocupada e cada palavra que eu a ouvia dizer soava como uma despedida. - É... Bom... Eu tenho que ir, seu pai está me chamando.
_ Ah, ok. Mande um beijo para ele. Tchau mãe, até mais tarde.
_ É... É claro. Adeus Kat. - Ela respondeu estranha encerrando a ligação.
Depois me levantei tentando não fazer barulho, coloquei uma calça preta, uma blusa rosa e uma jaqueta por cima.
Cas acordou logo em seguida com batidas na porta do dormitório.
_ Acordem! - Era Daniel, Cassie resmungou, - as oito me encontrem em frente a universidade, nós vamos sair.
_ Você já está acordada?
_ Não. Sou sonâmbula. - Respondi olhando para o nada.
_ Sério?
_ Não! - Disse rindo, - minha mãe me ligou mais cedo.
_ Ata. Falei com meus pais ontem quando você dormiu... Você anda estranha... O cara de quem você nunca fala mandou uma mensagem de texto?
Interrompi meu pensar filósofo sobre o nada e olhei séria para ela.
_ Tá desculpa, mas por que você está tão estranha?
_ Meus pais tem agido estranho, só isso.
_ Talvez eles estejam se divorciando.
_ Não estão. É outra coisa.
_ Viu me trocar, - ela disse indo ao guarda roupa e pegando um vestido vermelho de manga comprida, - esse está bom?
_ Você. Cassie Martin. Me pedindo conselhos do que vestir?
_ Tem um bando de jogadores de futebol americano suados e gostosos lá fora, você deveria seguir o meu conselho, esquecer o Erik e procurar outra pessoa para ser feliz.
_ É. Quem sabe? Esse tá ótimo.
_ Valeu!
Cas demorou um tempo para se arrumar, eu apenas penteei o cabelo. Saímos do quarto e descemos as escadas e fomos ao encontro de Dani em frente à faculdade, o mesmo estava sentado em um banco com calça jeans, um moletom cinza, gorro e óculos escuros.
_ Ola meninas! Reconheceram o meu charme? - Ele disse sorrindo
_ Não. O é o meu radar de chatice que não falha. Por que está tão feliz?
_ Estamos livres! Podemos sair e beber...
_ São oito da manhã. - Eu o interrompi.
_ Nós não vamos beber agora. É triste beber de manhã. Vamos a um jogo de basquete.
_ E você está chamando a sua irmãzinha para ir com você? Aí que fofo... - Cas ia dizendo em terceira pessoa.
_ Te chamei por educação. Algumas líderes de torcida vão estar lá e eu quero que a Kat faça ciúmes comigo. - Ele disse.
_ Eu não vou fazer isso! - Respondi imediatamente.
_ Não custa tentar. Comprei três ingressos com um amigo. Vamos.
Chamamos um táxi, pelo o que parecia Dani já sabia onde seria o jogo. Chegando lá pedimos cachorro quente e refrigerante. Foi ótimo. Basquete na minha opinião é um esporte perfeito para assistir, mesmo sendo alta, quando tentei jogar a bola ia a todos os lugares menos na cesta.

Na segunda feira seguinte assistimos a algumas aulas e fizemos um tour pelo colégio. Artie nos apresentou a maioria dos professores, Dani estava saindo com algumas líderes de torcida e levando as curtas aulas que Artie lhe dava a sério por incrível que pareça, Cassie andava me ajudando a melhorar o inglês, eu e ela íamos bastante a biblioteca. As vezes íamos a Portland fazer algo mais divertido, eu estava amando. Quase decidida que era aquilo que eu queria.








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